capítulo seis.

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Jason Carlos.

Já estava esperando o pai da Melinda lá na sala dele, pois segundo a secretária dele, ele havia ido no andar cima mas logo voltaria. Eu estava tenso, lógico, pois provavelmente ele não sabia que o caso era meu, já que a Maria me disse que só tinha contado as coisas por alto e não mencionou mais nada.

— Bom dia... Você?

— Bom dia, seu Luiz. — respondi sem graça e ele me encarou uns minutos, negou e se sentou na minha frente.

— Bom, você pode me explicar mais a fundo sobre o que você quer e o que aconteceu para te trazer até ao ponto de abrir um processo? — ele dizia encarando os papéis que eu havia trago, engoli a seco, endireitei minha postura e tomei coragem.

— Eu conheci essa moça, há uns quase três meses atrás. — ele levantou o olhar pra mim e me encarou uns segundos e depois desviou. — Ela foi em um show que fiz em búzios no dia vinte de fevereiro, acabou que nos... ah... nos transamos, mas tudo com consentimento. E depois eu não a vi mais, até ela aparecer há poucos dias dizendo que está grávida.

— Hmm... Qual a probabilidade de isso ser verdade e essa criança ser sua?

— Eu diria altas, eu... — porra, vou fuder tudo.

— Você? Eu preciso de todos os detalhes possiveis, Jason... para que eu monte uma boa defesa.

— Nos não usamos preservativos. — ele soltou a caneca na mesa e eu vi se rosto começar a ficar vermelho e lógico, ele pensou na Melinda.

— Desculpe, acho que não entendi. — disse entre os dentes.

Cocei meu rosto, ajeitei o cabelo, bigarreei e ele continuava me encarando sem dá uma  piscadela. — Nos não usamos camisinha... Eu, caralho.... eu tinha bebido demais, tava louco... não lembrei na hora.

— Sim e transou com a minha filha, seu filho da puta! — deu um murro na mesa e eu tomei um susto do caralho.

— Me desculpe, senhor. Eu sei que eu estava saindo com a Mel e tudo... mas... mas... olha, eu posso me explicar?

— Não quero explicações algumas! Procure outro advogado, Jason... — ele me entregou os papéis mas eu não os peguei e então ele soltou sobre a mesa.

— Naquela época eu ainda não sabia que estava apaixonado pela sua filha. — comecei e ele me olhava atento. — Eu sei que agi errado, eu sei... Eu tô arrependido disso, seu Luiz. Eu só quero resolver toda essa história logo e poder me entender com a Mel.

— Você sabe que ela tá sofrendo com toda essa situação?

— Eu sei e não vou me perdoar nunca se eu não conseguir que a Melinda fique comigo. — comentei sincero e ele se debruçou mais sobre a mesa. — Eu amo a sua filha, estou louco por está todos esses dias sem ela e recebendo desprezo. Por favor, eu sei que você pode me ajudar a resolver tudo isso.

O olhar que ele tava me passando era foda, não dava para que eu pudesse decifrar nada dali. Ele ficou assim, me encarando por uns minutos enormes pra caralho, eu já estava para desistir quando ele começou a falar e catar todos os papéis de volta para ele.

— Vou entrar com um pedido de DNA. E você vai pagar atravez do juiz um valor para os gastos da gravidez,  alimentos gravídicos. Assim manteremos ela minimamente quieta enquanto resolvermos tudo.

— Ela está me ameaçando de que exponha tudo e diga que foi um estupro. — ele assentiu.

— Já estou apar disto, o valor que ela receber deve deixa-la em silêncio por algum tempo. Vou entrar em contato com o advogado da família dela e tentar algum acordo enquanto o DNA não sair. — ele ficou explicando um monte de coisas e eu me pus bem atento a tudo, cheguei até a gravar algo no celular.

No final da reunião eu já estava um pouco menos tenso e talvez aliviado, ele era muiro reconhecido por casos como o meu em 99% deles, ele ganhava a causa. Isso me trouxe uma tranquilidade ainda maior.

— Qualquer tipo de contato que a moça fizer com você, você me repasse. Preciso está ciente de tudo, absolutamente.

— Sim, claro. Obrigado. —  o cumprimentei com um aperto de mão.

— Além de tudo isso, eu estou fazendo tudo pelo bem de minha filha... se tudo for mesmo apenas um golpe como estou pensando. Eu vou ajudar você... Agora, se for verdade...

— Não precisa continuar... eu sei o que tenho que fazer se toda essa gravidez e tudo o mais for verdade, mas eu sei que não cometi nenhum crime. Mas se a criança for mesmo minha, eu vou assumir. — eu respondi firme e ele assentiu.

— A qualquer novidade, eu entro em contato com sua acessora. — nos cumprimentamos outra vez e eu sai de lá.

Estava me sentindo um pouco confortável, talvez com o pai da Melinda ao meu lado, seria mais fácil de conseguir alguma treguá... se bem que eu só comecei tudo isso por ter sido burro e ter agido por puro impulso, mas tudo vai ficar de boa de  novo e eu vou ter a Melinda de volta.

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hi rapaziadinha

Aúdio Falso 》XAMÃOnde histórias criam vida. Descubra agora