capítulo vinte e sete.

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Jason Carlos.
Estavamos no lual já tinha um tempo e a Mel estava bebendo feito doida, ela e as meninas dançavam descaradamente e a Juliana era a mais doida dali. O Théo havia ficado em casa com os avós e o noivos estavam aloprando geral. Terminei minha cerveja e  fui atrás da Melinda que dançava um funk com uma taça de gin na mão, ela me olhou bem quando eu parei em sua frente e deu um sorrisinho malicioso.

— Oi, gostoso. Vai dançar comigo? — passou a mão livre por minha nuca e eu apoiei minhas mãos em seu quadril.

— Tá bom de beber já né, vida?

— Tá não, amor. — fez bico  e eu neguei mas acabei rindo dela. Ela segurou meu rosto, apertando e formando um bico para ela selar e depois me soltou indo pra perto da Luiza e Cecília.

Eu dei as costas e sentei num dos sofá de madeira lá que a Juliana botou pra dar uma decoração. Ret passou por mim e depois voltou me entregando um latao, ele sentou ali comigo e ficamos bebendo e trocando uma idéia.

— Ah, caralho.

— Que foi?

— A Mel só pode tá de putaria com a minha cara né? — resmunguei puto e o Filipe gargalhou quando viu que o Caio estava lá no meio da rodinha das meninas.

— Relaxa mano, ele tá com a Lu.

— Meu pau que tá.

— Jason, eles tão namorando pô... A Lu tá pra ir falar com a Melinda, tipo, pra explicar né... por causa do rolo lá.

— Esse cara é maior cuzão, pô. — dei uma golada enorme na cerveja e o Ret gargalhava da minha cara dizendo que eu estava quase me mordendo de tanto ciúmes. — Ó, fala agora seu arrombado, fala.

— Pô, ai não né? Minha mulher caraio. — resmungou e foi atrás da Juliana que estava quase se jogando no colo de um carinha lá.

Eu me ajeitei no banco e a Mel veio meio tonta já, jogou o corpo em minhas coxas, tirei a taça de sua mão e ela enlaçou os braços no meu pescoço.

— Cansou do teu show, foi?

— Porque você tá bravo, delicia?

— Melinda, tô falando sério...

— Vida... vamos fuder ali.

— Mel, vou suspender teu alcool.

— Que? Amor, me dá aí. — apontou para a taça e eu neguei, joguei o líquido fora e ela choramingou. — Ei, eu ainda iria beber.

— Vai beber porra nenhuma mais!

— Ah, nem a sua porra? — questionou já com a boca selando meu pescoço e brincava de ficar dando até umas mordidas por ali.

— Para, Melinda. — dei uns tapinhas em suas coxas e ela resmungou, mordeu o lombo de minha orelha e eu puxei seu rosto pra mim.  — Quer água?

— Quero vomitar. — fez careta e eu bufei, já era pouco mais de meia noite e tinhamos chegado aqui ás nove e ela tava louca. — Mô, quero vomitar... bem muito.

— Eu sei... ahn.... vamos ali. — Bati em sua bunda  e ela levantou remungando, levei ela para o banheiro do quiosque que estava responsável sobre o lual e ela vomitou pelo menos umas quatro vezes, lavou o rosto, a boca e saiu de lá. — Toma água.

— Ah não... tô enjoada. — passou a mão pelo alto do estômago e eu arqueei as sobrancelhas e abri a garrafa e entreguei para ela. — Chato.

Resmungou mas acabou bebendo quase a água toda, pegou dois chicletes no meu bolso mas ainda ficou reclamando que tava enjoada e eu preferi que fossemos embora. Nos despedimos do pessoal e eu a ajudei a entrar no carro, entrei no lado do motorista e coloquei o meu cinto e o dela. A ida pra minha casa não deu nem cinco minutos, estava tarde e as ruas vazias. Estacionei e Melinda já estava bem sonolenta, se apoiou em mim e entramos em casa.

Aúdio Falso 》XAMÃOnde histórias criam vida. Descubra agora