capítulo vinte e seis.

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Jason Carlos
Você perdeu.

— E você também, se não cumprir o que eu pedi não vai ter nada, principalmente o que você pediu. — ela falava simples  e eu ergui as sobrancelhas. — Eu tô falando sério, Xamã.

— Pô...amor.

— Você que lute, eu quero o meu gato!

— E eu quero esse rabão aí.

— Meu deus, vergonha pra que né?

— Nunca existiu. — completei e ela deu risada, selou minha boca e foi ajudar a Ju com a guardar as coisinhas que sobraram.

Geral já tinha ido embora e só tinhamos nos quatro e o Théo que já dormia horrores. Mais tarde, nos despedimos do casal e eu dirigi direto pra minha casa e Melinda carregava a Akasha no colo que também já dormia abessa.

Ajudei ela a arrumar a minha filha na cama, limpei o pé da dondoca, liguei o ar e saí de lá com a baba eletrônica na mão. Entrei no quarto de hospedes e peguei lá um presente que eu fui atrás hoje cedo e deixei ele ali para que a Mel não descobrisse e entrei no meu quarto indo atrás da Melinda que estava no banheiro.

— Mel... — chamei e ela me olhou deu uma risada.

— Que isso aí que você tá escondendo? — tentou olhar atrás de mim e eu a roubei um beijo.

— Presente. Pra você.

— Ué? — enrrugou a testa. — Meu Deus amooooor! É sério?

Ela faltava pouco pular quando eu tirei a caixa de trás de mim, ela apoiou em cima da tampa do vaso e abriu, tirando a gatinha de lá, era com os pelos bem branquinhos e olhos claros iguais da dona.

— Ai meu Deus que coisinha mais linda, mais gostosa, mais maravilhosa da minha vidinha. — ela falava toda manhosa com a gatinha e eu dei risada. Parecia uma criança quando ganha um brinquedo novo. — Meu Deus, como você é lindona.

— Gostou?

— Amei, amei. Amor, sério... melhor presente de todos!!! — ela sorriu e estava agarrada na gatinha, selei sua testa e ela foi quase saltitando para o quarto enquanto conversava com a gata. — Vida, que nome vamos dar para ela?

— Não sei, amor.

— Hum.... vamos ver.... deixa eu olhar pra essa carinha! — ela estava vidrada na gata e eu achava aquilo engraçado demais, terminei de escovar os dentes e fechei a porta para tomar um banho rápido.

— E aí? Decidiu? — perguntei já fora do banheiro e secando o cabelo na toalha.

— Ai, amor... me ajuda. — fez um bico e virou a gata pra mim. — Cê acha que ela tem cara de que?

— De gata ué.

— Ai, trouxa! — me tacou um travesseiro e eu gargalhei. — Teu pai nem pra me ajudar né? Esse arrombadinho do caralho.

Ela ficou lá conversando com a gata um tempão, como se a bichinha entendesse as bobeiras que ela falava. Tirou tanta foto que até eu já estava com ciúmes, no fim de tudo nos dormimos com a gata na cama.

Aúdio Falso 》XAMÃOnde histórias criam vida. Descubra agora