Dollhouse - Dreams are dangerous

Capítulo 14

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☆~. Astoria .~☆

- E então Asty querida, o que me diz? - perguntou Lady Beverly a mim.

Lembrei do que Coraline havia dito pra mim: "Se não quiser me escutar tudo bem, ótimo, vá em frente. Mas quando ela pedir para costurar botões no lugar de seus olhos, faça o máximo que puder para adiar isso." Suspirei devagar e pisquei os olhos calmamente.

- Lady Beverly, será que posso pensar um pouco sobre isso? Estou começando a ficar cansada e preciso ir para o meu quarto.

Lady Beverly pareceu ficar desapontada, mas assentiu.

- Claro Asty querida. Mas assim que tomar a decisão, por favor me avise. Estávamos esperando você a tanto tempo.

Eu sorri e fiz que sim com a cabeça, enquanto me dirigia ao meu quarto tentando esconder o horror na minha face. Quando cheguei lá, tranquei a porta e suspirei, Coraline havia dito para adiar o máximo possível, sentei em minha cama peguei a harpa e comecei a tocar uma música em Faux French que refletia todo o terror que eu estava sentindo naquele momento, minha avó contava muitas histórias maravilhosas sobre bruxas e como elas podiam ser boas ou não, sempre cantava essa música no final, tocar a harpa sempre me ajudava a deixar o coração mais leve.

- 🎶Creaking van iddli fla lu va
Pretty sah lu feh iddli twu ki padi
Trelly goilly doilly seli pretty chedi
Emi swalin gwoh

Seri ferin dorin greh
Fairy seiry don
Sweedes machin twinky doo
Fweeden soreti

Creaking van iddli fla lu va
Pretty sah lu feh iddli twu ki padi
Trelly goilly doilly seli pretty chedi
Emi swalin gwoh

Seri ferin dorin greh
Fairy seiry don
Sweedes machin twinky doo
Fweeden soreti🎶

Quando acabei fechei os olhos com força, tudo aquilo era um sonho só podia ser. Mas quando abri os olhos continuava no mesmo lugar, no meu outro quarto. Certo, aquilo realmente estava virando um pesadelo; mas eu tinha um plano esperava até que todas as luzes estivesse desligadas e não houvesse mais movimentação nos corredores.

Enquanto esperava isso acontecer eu tocava melodia leves e suaves com a harpa, não altas o bastante para que Lady Beverly ouvisse e pensasse que eu estava mentindo. Quando finalmente todos os barulhos cessaram e a última luz acesa restante era a do meu quarto, eu sai na pontinha dos pés até a sala onde ficava o guarda roupa que me levaria de volta para casa, a minha não tão maravilhosa mas igualmente aconchegante casa de verdade.

Quando fiz menção de abrir o guarda roupa, ouvi alguém se levantar de uma das poltronas, tudo estava escuro então não tinha visto ninguém sentando ali, era Lady Beverly.

- Então Asty querida, pensou sobre minha proposta?

- S-sim, sabe Lady Beverly eu realmente amo isso tudo, amo como vocês agem, amo como se importa comigo...

Lady Beverly deu um sorriso que nunca tinha visto em toda minha vida, ele era meio sinistro.

- Continue, Asty querida.

Respirei fundo e coloquei tudo pra fora, da maneira mais gentil possível, talvez assim ela me deixasse ir embora.

- E eu queria te agradecer por tudo que fez por mim, de verdade, esse lugar é o sonho mais maravilhoso que alguém poderia ter. Mas realmente não acho uma boa ideia ficar aqui para sempre, minha outra família ficaria preocupada.

Lady Beverly se levantou da poltrona e fez uma cara tristonha.

- Mas nós somos sua Outra Família, Asty querida. Acha mesmo que eles vão se importa se você sumir? Nunca te dão atenção mesmo, aqui você poderia ser feliz para sempre.

Meus olhos começaram a marejar, Lady Beverly havia sido muito bondosa comigo, e agora eu queria sair sem lhe dar nada em troca?

- Venha cá Asty querida. - disse Lady Beverly me abraçando.

Não, tudo aquilo era real, e ela estava tentando me comover para que eu realmente ficasse ali para sempre.

- Não... - eu falei me afastando dos braços dela.

- Isso é tudo um truque, não é?

Lady Beverly mudou o semblante para um raivoso que eu nunca tinha a visto fazer.

- Como ousa falar assim comigo? Sou sua mãe!

- Não é não! Eu deveria ter ouvido o que Coraline disse, talvez assim poderia estar fora daqui.

Lady Beverly começou a crescer e seus ossos e sua pele começaram a ficar cada vez mais cadavéricos.

- Venha cá sua menina tola! - ela me disse e quando ela fez menção de atacar alguém a parou, estava segurando os braços mecânicos dela como se já tivesse lutando contra eles antes. Quando olhei para frente vi uma garota mas não qualquer garota, era Coraline com o Gato que sempre a acompanhava, ela olhou para mim com o semblante de terror.

- Astoria! O guarda roupa! Corre!

Eu assenti e sai correndo guarda roupa adentro, quando finalmente cheguei do outro lado, fiquei pensando em como havia deixado Coraline lá sozinha, mas tempos depois ela apareceu na porta do guarda roupa acompanhado pelo gatinho e suspirou de alívio.

- Acabou. - disse ela enquanto ajeitava o broche de libélula no cabelo.

Me sentei em sua frente, sorri e lhe deu um abraço, tínhamos escapado e tinha sido por um triz.