onze

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Eu estava agitada há algumas horas, na verdade há alguns dias.

Pensar no fim de semana ao lado de Claus me causou ansiedade, eu não pensava em outra coisa que não fosse aquele homem insano e as coisas que ele pretendia fazer comigo.

— Acho que deveria ter colocado mais roupas na bolsa — digo enquanto arrumo os copos no pequeno armário atrás do balcão.

Na noite anterior arrumei roupas e produtos de higiene em uma bolsa para a viagem, não queria exagerar então resolvi ser prática e levar apenas o que realmente precisasse.

— Não sei por que você quer levar mais roupas já que vão passar mais tempo sem elas — Nina diz com um olhar sugestivo.

— Não consegue pensar em nada que não seja sexo?

Ela olha para os lados, provavelmente conferindo se algum cliente nos ouvia, então se aproxima de mim para cochichar:

— Você está indo passar um fim de semana no chalé luxuoso dos Connelly com o mais gostoso dos herdeiros, acha mesmo que vai precisar usar roupas?

Era impossível não rir com suas conclusões bobas, no entanto, aquela era bem intrigante já que eu também não parava de pensar nas coisas que Claus provavelmente poderia fazer comigo.

— Sabe Nina — digo a encarando. — Mesmo parecendo tentador tudo o que você disse, está esquecendo que já faz muito tempo desde a minha última relação. Só transei duas vezes.

Mesmo sendo nítida minha cara aflita Nina sorri com ironia, ela era mais velha, vinte quatro anos para ser exata, uma mulher experiente no sexo, então me parecia óbvio pedir conselhos a ela.

— Olha, você vai transar com Claus Connelly — diz segurando meus ombros. — Nenhuma garota do colégio conseguiu esquecê-lo depois de ter aquele homem dentro de si — faz uma pausa pensando no que dizer e continua. — De todas as formas.

Ouvir aquilo me causou um grande arrepio, eu sabia exatamente o tipo de homem que Claus era e sabia mais ainda do seu possível apetite sexual.

— Tudo bem, não sei ao certo o que pensar, porque estou bem nervosa.

— Não precisa, confia em mim, sempre ouvi boatos de que o cara era incrível.

Definitivamente era muito estranho saber que Claus era e é um cara totalmente cobiçado entre as mulheres, sei que muitas ficariam eufóricas em meu lugar, querendo exibi-lo a todos, mas eu queria simplesmente que ele não fosse tão famoso assim em Valley City.

— Como sua avó reagiu a tudo isso? — pergunta depois de atender um cliente.

— Ela ficou estranhamente feliz, disse que já estava na hora de ter novas experiências.

Lembro o quanto vovó ficou feliz quando contei sobre o fim de semana com Claus, para ela minha vida pessoal andava um tanto “morna” para uma garota de dezenove anos, então me proibiu de desmarcar a viagem até o chalé.

— Gosto dela por isso — Nina sussurra. — Mas tem uma coisa que quero perguntar.

— Então pergunta.

Nina olha novamente para todos os lados e puxa meu braço para que eu me aproxime antes de murmurar:

— Está levando alguma lingerie?

Estava prestes a responder quando a porta do bar se abre assim como meu sorriso ao ver Claus entrando.

— Como um verdadeiro cavalheiro aqui estou na hora marcada — diz com um ar orgulhoso.

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