treze

65 8 1
                                    

Por uma fração de segundos me senti realmente em um filme, Claus estava preparando as panquecas e eu havia arrumado a mesa para o café, ambos estávamos com grandes e volumosos roupões, era engraçado e chique ao mesmo tempo.

— Nossa! Essas panquecas estão incríveis, Claus — digo de olhos fechados saboreando a refeição.

Ele sorri orgulhoso cortando um pedaço e levando a boca.

— Você precisa se alimentar muito bem para mais tarde — pisca com um olhar devasso.

Eu estava tão feliz, em uma plenitude incrível, era praticamente impossível não me sentir daquela forma, ele gostava de mim, disso eu tinha certeza, não poderia ser mais perfeito.

— Me sinto feliz aqui com você — digo o observando.

Ele larga o garfo e segura minha mão, seus dedos acariciam meu pulso de forma delicada, depois beija minha pele com seus lábios quentes e úmidos por conta do café.

— Também me sinto assim, é uma ótima sensação.

Queria perguntar se ele realmente estava apaixonado, se queria algo sério, se momentos como esse iriam se repetir, mas percebi que essas coisas somente o tempo diria, não se pode atropelar o tempo, muito menos tentar controlá-lo de forma ríspida, a vida acontece no seu devido tempo e eu deixaria tudo como está.

— O que vamos fazer hoje?

— Pensei em tomarmos um banho no lago aqui perto.

— Não é muito frio? — questiono com receio.

Ele toma um pouco de café e analisa o tempo pela janela pensativo.

— Se ficarmos bem agarrados dentro e fora d’água não sentiremos tanto frio.

Eu seguro um sorriso com sua ideia, ele me deixava desconcertada com seus planos, mas devo admitir que todos eram muito bons.

                     *****

O tempo estava incrivelmente bonito naquele sábado, o sol estava brilhante e as nuvens não impediam que os raios iluminassem todo o lugar com precisão, era o tipo de clima que eu gostava, nem quente, nem frio.

Claus estava na água fazia um tempo, já eu estava sentada na pequena estrutura que lembrava um píer, não havia levado biquíni, então me permiti usar apenas calcinha e sutiã.

— Você é uma tentação, Jude Whide — grita Claus quando submerge do fundo do lago.
Eu estava precisamente me apoiando nos cotovelos com o queixo erguido, então me sentei de forma ereta e retirei os óculos escuros.

— Está dizendo isso só porque estou usando peças íntimas? — provoco.

Ele se aproxima um pouco e bagunça o cabelo para retirar o excesso de água.

— Também, mas principalmente porque você brilha ao sol.

Acho que fazia sentido o que Claus havia dito, a lingerie vermelha em contraste com minha pele branca chamava muita atenção e os raios de sol que me atingiam evidenciavam tudo.

— A água está muito fria?

— A gatinha tem medo de água fria?

Estávamos em um joguinho insano para ver quem se soltava primeiro.

— O que ganho se entrar nessa água aparentemente fria? — questione arqueando uma sobrancelha.

Ele parecia pensar nas possibilidades, então seus lábios se contorceram em um sorriso cínico.

— Pode me ver pelado.

Joguei a cabeça para trás gargalhando, acredito que o movimento fez com que meus seios sacudissem levemente pelo tecido fino do sutiã.

— Isso eu já vi ontem e de várias formas. Mas quer saber? Já que não consegue disfarçar sua atração por mim e pelos meus seios quando eu estava rindo, posso fazer uma coisa que nunca fiz.

Ele parecia muito interessado, então se aproximou ainda mais.

— Sou todo ouvidos minha jovem.

Mordi o lábio inferior, pensando se seria uma boa ideia, mas estávamos sozinhos naquele lugar magnífico, os dias quentes não durariam muito já que o outono praticamente batia a porta, eu estava apaixonada por um homem incrível, então por que não fazer uma loucura de verão?

Fiquei de pé determinada a fazer o que tinha em mente, joguei os óculos no chão com cuidado para que não quebrasse e encarei Claus por mais um instante, respirei fundo e então levei as mãos para trás do corpo e desabotoei o sutiã sentindo o calor do dia abraçando meus seios expostos ou talvez fosse o olhar penetrante de Claus em mim.

Sem pensar duas vezes pulei do píer direto na água um pouco ao lado de onde Claus estava ainda parado, demorou questão de segundos para que meu corpo emergisse e eu encontrasse os olhos daquele homem em mim.

— O que achou? — perguntei me sentindo completamente exposta.

A boca de Claus estava levemente aberta, não era para menos, ele provavelmente não esperava nada do tipo vindo de mim.

TóxicoOnde histórias criam vida. Descubra agora