doze

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O chalé dos Connelly era definitivamente a coisa mais linda que já vi em toda minha vida, era grande, iluminado e chique, porém, não deixava de ser rústico, fiquei encantada com todas as luzes que tornavam o lugar aconchegante.

— E chegamos — diz Claus saindo do carro.

Eu parecia uma criança admirando tudo ao meu redor.

— Claus o chalé é maravilhoso — falo maravilhada.

Ele pega nossas coisas no porta-malas e me conduz até a grande porta de madeira, larga as bolsas no chão e procura as chaves no bolso.

O chalé era ainda mais lindo por dentro, definitivamente não conseguia decidir para onde olhar primeiro, era perfeito, sofisticado, quentinho, era como estar em um bom filme americano onde famílias ricas interpretavam o papel principal, bem, os Connelly eram ricos, então basicamente eu estava vivendo essa experiência.

— Nossa! Estava com saudades desse lugar — diz Claus se jogando no sofá em frente a uma linda lareira.

Eu ainda estava em pé, parada no mesmo lugar.

— Se eu tivesse um chalé desses também sentiria saudades.

Ele deixa escapar uma de suas risadas e então dá tampinhas no lugar ao seu lado para que eu me sente, faço isso e me acomodo em seus braços, era tarde e estávamos cansados, mas também felizes.

— Durante esse fim de semana, será nosso chalé — sussurra beijando meu pescoço.

Tenho certeza que naquele momento parecíamos um casal, mesmo no fundo sabendo que não éramos exatamente um. Isso estava me deixando pensativa, no entanto, mandei os pensamentos negativos para longe, eu precisava viver o momento.

— Nem lembro mais a última vez que saí para me divertir assim — falo me aconchegando ainda mais em seu abraço. — Acho que foi na adolescência.

Claus me aperta em seus braços e beija minha testa.

— Por falar em adolescência, quem era você no colegial?

Sorri de imediato porque a pergunta era boa, quem eu era no colegial? Hoje em dia isso parecia algo insignificante, sem muita importância, mas na época era algo pelo qual minha mente vivia viajando, a Jude Whide de dezesseis anos não sabia quem era.

— Hoje imagino que eu era uma garota normal, nem nerd, nem popular. Eu era a garota que hoje provavelmente ninguém lembraria mais.

Me sentei de forma ereta no sofá e encarei Claus por um tempo, queria fazer a mesma pergunta, mas tinha receio de que sua resposta apenas confirmasse o que Nina vinha querendo me dizer a dias.

— Eu era um cretino miserável — diz olhando para mim como se pudesse ler meus pensamentos. — Gostava de matar aula, esbanjar dinheiro e beijar garotas.

Nina estava certa!

— Você abalou muitos corações? — perguntei me encolhendo.

Ele ficou em silêncio pensativo, como se precisasse analisar minha pergunta.

— É, acho que sim.

Sua resposta não me surpreendeu, aquilo era seu passado e eu não fazia parte dele, seja lá quem Claus namorou ou magoou não tinha absolutamente nada a ver comigo. Se eu quisesse que déssemos certo precisava separar muito bem as coisas.

— Não ligo para o seu passado Claus, mas realmente não quero ser magoada. Todos sabem na cidade que você tem quem quiser e que todas se apaixonam por você, isso tomou meus pensamentos por dias, no entanto, estou aqui e espero mesmo que isso signifique algo para você.

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