ENTRE LINHAS

A viagem

LAUREN

Era sexta-feira 18:00, já havia saído do escritório e avisado Camila que estava a caminho para busca-lá, eu não esperava que ela fosse aceitar ir comigo para Starling City ou como chamam atualmente Star City, nossa conversa na quarta-feira foi bem intensa eu diria, rolou algumas alfinetadas naquela sala, mas quando saí ela fez questão de jogar baixo comigo " não precisava saber", quem ela pensa que é pra poder falar isso pra mim? Eu não sou mais um cachorrinho que fica no pé dela implorando atenção ou querendo fazer parte de sua vida.

Calei meus pensamentos de ódio por ela quando a vi sair do prédio, ela estava levando apenas uma mala de mão e uma bolsa, coloquei as coisas no porta-malas e entrei no carro, estava bem silencioso até ela resolver quebrar o clima.

C: Quanto tempo daqui até lá? 

L: Umas 5 horas ou 6 dependendo do trânsito.

C: Jura que é tão longe assim?

L: Um pouco, mas vai passar rápido, relaxa só te chamei para vir junto porque realmente acho que pra você será bom ter amigos de outras cidades e que pode te ajudar quando precisar.

C: E o que te leva a pensar que eu vou precisar de ajuda?

L: Todos nós precisamos Camila, é um fato que não se pode contestar e aliás, melhor ter ajuda do que perder tempo sozinho, existem coisas que são necessárias termos uma segunda opinião ou até mesmo uma mãozinha extra.

C: Eu sei e agradeço, como é lá?

L: A cidade tem um histórico bem conturbado, atentados terroristas, pessoas querendo dominar a cidade, homens do alto escalão querendo dizimar a população mais pobre.

C:  Entendi e como você foi parar lá?

L: Conheci o Oliver a trabalho, na verdade me mandaram até Moscow pra tirar ele de lá.

C: Oi? Você foi pra Rússia Lauren?!

L: É , fui sim.

C: Tá, mas e aí?

L: É uma longa história, sério não vai querer escutar.

C: Temos pelo menos mais 4 hora e 40 minutos nesse carro e na estrada, é tempo de sobra.

L: Tá bom, ok eu conto. Quando terminei a faculdade em Miami vim para NY fazer algumas especializações, direito Imigratório e Internacional, me saí muito bem nas apresentações finais me envolvi o máximo com as coisas da universidade e como resultado ganhei uma bolsa para outra especialização, dessa vez em direito criminal , no dia da apresentação final um dos integrantes da banca era um dos advogados da Argos.

C: A Argos realmente existe? Eu achava que era uma instituição morta... nunca ouvi falar deles na TV nem nada do tipo, só alguns comentários mas pouca coisa.

L: É ela realente existe e funciona, uma semana depois da apresentação eu recebi um e-mail desse advogado ele queria me oferecer o emprego lá, eu achei a proposta ótima levando me consideração que eu não tinha tido nenhuma experiência ainda na advocacia, trabalhar para um órgão do governo me pareceu uma boa ideia. Aceitei, era um ótimo salário, condições e benefícios, porém eu não imaginava que o conto de fadas ia se tornar um péssimo negócio.

C: Explica isso.

L: A Argos ela aparece quando a C.I.A ou o F.B.I já não conseguem resolver o assunto, são eles que dão nó na água e limpam a bagunça, a minha responsabilidade como advogada deles é não deixar que os agentes de campo fossem presos ou julgados em outros países, como parte do protocolo eu passe pelo treinamento básico, manuseio de armas de fogo e armas brancas, defesa pessoal enfim.