𝑴𝒐𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐𝒔 𝒎𝒆𝒎𝒐𝒓𝒂́𝒗𝒆𝒊𝒔-DabiHawks/Hotwings

Um tempo de paz

      Leves batidas na porta interromperam nosso momento, o que salvou minha pele, então uma voz masculina saiu do outro lado da porta.

-Seu café, senhor.

      Olho para ele sorrindo de lado com um olhar debochado então ele solta a gola da minha camisa que estava sendo amaçada pela força que ele usava para segurá-la.

-Senhor?

-Entre.

      Ele fala e aproveito para sair, quando o novo secretário daquele tarado me viu estranhou mas passo reto por ele, não lhe dando a oportunidade de falar comigo, sem vestir  casaco levanto voo deixando o aparelho preso no meu casaco jogado em cima de um prédio qualquer e vou direto ao meu apartamento o mais rápido possível para ver se ele está bem. Assim que chego não o vejo no sofá onde eu havia o deixado, procuro na cozinha, no meu quarto e no banheiro e não o encontro, olho para a varanda e lá estava ele, olhando os carros e pessoas passarem nas ruas naquele fim de tarde, fecho os olhos e sorrio suspirando, chego por trás dele e o abraço por trás.

-Alguém pode te ver aqui e me causar problemas.-Falo com meu queixo apoiado em seu ombro.

     Não escuto uma resposta e estranho, ele sempre tinha uma resposta para essas provocações, ele me faz soltá-lo e entra, só depois que ele faz isso que percebo o que fiz, somos apenas parceiros de foda, não fazemos nada além do prazer... Né? Sigo ele e sento ao seu lado, esperando ele falar o que lhe incomodava.

-Você sabe de onde aqueles caras eram?

-... Não? Por quê?-Ouço um suspiro vindo dele.

-Eles fazem parte de uma gangue muito poderosa mas pouco conhecida, eles podem te matar a qualquer segundo.

-O quê?! Mas o que você estava fazendo com aqueles caras?!

-Isso não importa! Agora você também está envolvido nisso e por minha causa você pode morrer!-Vejo alguns pingos de sangue caírem de seus olhos, o abraço tentando reconfortá-lo.

      Passamos um bom tempo daquela forma, não falamos nada, apenas o som dos carros e das pessoas conversando na rua nós escutávamos, até que ele suspira e me abraça de volta, o que eu realmente não esperava vindo dele, faço ele deitar sua cabeça em meu ombro.

-Não se preocupe com isso agora, a prioridade é que você se recupere, tudo bem?

      Não recebo resposta, me deito no sofá com ele por cima e então depois de um tempo vejo que ele estava dormindo, começo a mexer nos seus cabelos bagunçados, os desajeitando mais ainda, passou-se mais um tempo e eu acabo dormindo também, e assim passamos a noite. No outro dia, para a minha surpresa, ele ainda estava ali, deitado em cima de mim porém acordado, apenas olhando para um canto qualquer calado, começo a me mexer e ele percebe que eu acordei.

-Finalmente, pensei que fosse passar o dia inteiro dormindo.

-Você sabe que poderia ter saído quando bem quisesse.-Falo sorrindo porém sonolento.

-É eu sei, mas eu não quis, ouvir você roncar é uma coisa divertida.

      Tiro ele de cima de mim sorrindo e me levanto, indo fazer o café da manhã, ou melhor, fazer o pedido da entrega do café da manhã. Quando termino Dabi estava querendo se levantar mas o impeço o sentando no sofá de novo.

-Não pense que você com esse corte vai ficar andando por aí.

-Quer que eu fique então?

-Claro! Você não po-

      Antes de conseguir terminar a frase percebo o que tinha acabado de falar, sinceramente, meu plano para me afastar daquele pão queimado já estava no fundo do poço há muito tempo e eu nem tinha percebido, acabo corando um pouco por minha escolha dele ficar.

-Ah que fofo, sente minha falta quando não estou aqui?

-Quê? Claro que não! Eu só quero ter certeza de que você não se machuque mais! Só isso.-Falo um pouco corado mas tento disfarçar.

-Um herói querendo ter a garantia da proteção de um vilão? Essa é nova para mim.-Ele fala sorrindo e desvio meu olhar do dele o empurrando para se deitar no sofá enquanto ele ria de mim.

Ouço batidas na minha porta e vou atender, pego o café da manhã entrego o dinheiro e fecho a porta, me sentando no chão da sala para assistir a televisão então entregando o café d manhã de Dabi.

-Asas de galinha assadas? É sério?

-É ué, são boas.

-Não sei como você ainda está vivo.

      Ligo a televisão para assistir um canal qualquer, depois de um tempo quando nós dois terminamos nosso café pego as pequenas caixas que vieram nossa comida e as jogo fora. O cobertor que Dabi usava na noite passada estava no chão, o pego e cubro ele de novo, depois indo em direção ao banheiro.

-Ei ei! Onde vai?

-Ao banheiro, não posso?

-Mas e o coitado machucado aqui?

      Olho para ele com um olhar de "é sério?" então volto ao meu caminho até  banheiro, tomando um banho e colocando minhas roupas na lavanderia, vou até meu quarto e visto uma roupa confortável então volto para a sala.

-Não vai trabalhar hoje?

-Não, é o meu dia de folga. Pensei que você saberia disso.

-Eu não sou uma porra de um stalker.

-Eu sei, mas sabe o horário de cada lugar que eu fico quando trabalho.

      Percebo ele corar e desviar o olhar se escondendo entre a coberto, me fazendo rir e voltar a me sentar no chão. Enquanto assistia um programa qualquer sinto seus dedos entre as penas das minhas asas e coro na mesma hora me afastando.

-Mas que merda que você tá fazendo?!

-Queria tirar uma curiosidade minha, aparentemente a resposta é melhor do que eu esperava.-Coro mais ainda e ele ri de mim.

      Tenho uma ideia e sorrio de lado para ele, o que deixa ele confuso, vou até ele e sento no colo dele, me movendo devagar mas com experiência, o fazendo suspirar, suas mãos tentam chegar até a minha cintura porém as impeço antes.

-Eu te dei permissão para isso?

      O olhar dele confuso me faz rir então coloco suas mãos em cima da sua cabeça enquanto as seguro forte para não soltar, dessa vez rebolo mais rápido sentindo suas mãos tentarem se soltar, e o seu membro começar a dar sinal de vida. Tiro sua calça e sua box e ameaço passar minha língua, mas paro no meio.

-O que está fazendo?

-Te deixando na vontade.-Falo soltando suas mãos e me levantando, indo até meu quarto, então escuto uma pequena risada dele vindo da sala, o que me fez dar um pequeno sorriso.

Desculpe qualquer erro.

Número de palavras: 1071

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