Malévola - Era Sombria

Início de Uma Guerra

Malévola sentiu seu coração se partir ao meio mais uma vez. A dor era tão poderosa que trazia ao alto suas piores lembranças, como a de quando perdeu suas asas, Aurora não estava lá, Diaval não estava lá. Se é que ela ainda podia chamá-lo daquela maneira.

Não demorou até que outras fadas se juntassem a fada negra, todos em busca de informações. De repente o céu se tornou escuro, nem o mínimo brilho do sol ultrapassava a manta negra que cobriu o céu. Malévola se lembrava, tinha visto isso em um sonho. Era real, Diaval não era mais seu. Era Gilic. Por quanto tempo havia sido ele?

- O que está havendo? - Udo Foi o primeiro a questionar, o medo era quase tão bem mascarado em seu rosto quanto o de Malévola. Ao lado do fada estava Malek, Mas esse não escondia o horror em seu coração. Era a primeira vez que a fada negra viu o sorriso abandonar o rosto do moreno.

- O cruel retornou. Aquele que teve o coração corrompido, o filho devastado pela maldade. - Malévola falou em bom tom para que todos os que estavam ao seu redor escutassem.

Borra se aproximou da filha da Fênix, mas já se encontrava vestido e armado para um combate.

- Nós da tribo do deserto somos guerreiros naturais, e nos oferecemos mais uma vez para lutar ao lado da rainha herdeira. - o fada avisou com sua voz potente. Malévola sabia que devia rejeitar a idéia.

Gilic é um ser mágico, Malévola não poderia garantir que sua magia é mais poderosa do que a de seu irmão. Não queria que ninguém se ferisse por ela, não de novo.

- Eu agradeço a oferta, mas...

Um buraco se abriu no manto escuro, e três enormes formas de vida emergiram da fenda. Eram seres horripilantes que ninguém alí havia presenciado antes. Nazca se juntou ao grupo de fadas trazendo com sigo alguns seres mágicos a quem conseguira enviar uma mensagem de socorro. Dois dos seres gigantes que surgiram da fenda, desapareceram em seguida, apenas um permaneceu na ilha.

- Você não pode lutar contra tudo sozinha. - Nazca tocou o ombro da jovem fada afirmando a ela que eles não a abandonariam.

Malévola sentiu seus olhos queimarem, ela estava cansada. Muito cansada.

- Os que sabem guerrilhar, destruam a criatura. Shrike e Malek, tirem as crianças e os cidadãos da ilha, leve-os para Moors. - no segundo seguinte ao que cada equipe se direcionou para onde havia sido mandado, Malévola deixou a magia mais pura que havia em seu ser, fluir, misturada a sua raiva. A magia de cor alaranjada fluiu por seus dedos, dando um contraste diferente aos olhos esverdeados. - Gilic é meu. - ela afirmou mais para si mesma, nem que custasse sua vida, ela mataria Gilic, afinal ele já havia tirado tudo que era dela.

(...)

Ária não sabia porque estava fazendo aquilo, mas cada músculo no corpo da jovem fada dizia a ela que era a coisa certa a fazer. Ela tinha visto sua mais nova amiga Aurora e Diaval entrar na floresta, por um acaso estava sobrevoando por ali em busca de Kaion, irmão de Shrike. Havia perdido o pequeno maroto de vista, mas era sempre assim que brincavam. Passou a seguir os dois.

Aurora falava animadamente, com muitos gestos e olhares. Era engraçado pois a princesa estava quase toda coberta de lama e a energia qua havia nela parecia cada vez mais forte, conforme a princesa parecia mais feliz. Ária estava a ponto de deixar a sua marotice de lado para voltar a busca por Kaion quando percebeu que a energia da princesa não estava mais se tornando mais brilhante, ela estava enfraquecendo. Isso significava obviamente que a princesa não estava bem.

A fada estava prestes a descer em direção a menina, quando viu o homem-corvo olhar para a princesa. Ária imaginou que ele fosse ajudá-la pois percebeu que ela caiu, mas ao invés disso ele usou sua magia? Ária não sabia que o corvo possuía magia. Para sugar toda anergia restante da princesa. Depois da atitude inesperada do homem, a fada não precisava ser um gênio para saber que aquele homem não era bom, temendo ser descoberta a moça voou para longe da vista do corvo e se escondeu entre as árvores.

De onde estava ela pode escutar as palavras ditas pelo homem. Ária viu tudo! Viu Diaval mudar a aparência de seu corpo, a cor dos olhos era de um amarelo tão intenso quanto o sol. Viu nascer asas e o sangue que escorria da ferida aberta. Depois viu o impossível, o dia se tornou noite, escureceu numa escuridão profunda. A fada quase revelou seu esconderijo quando viu três seres mágicos e horrendos saírem de um buraco no manto negro. Ouviu para onde eles estavam sendo enviados e somente quando aquele Diaval saiu voando ela se permitiu sair de seu esconderijo, precisava saber se a princesa ainda estava viva já que ela quase não emanava energia nenhuma.

Ária se aproximou a passos cautelosos de Aurora. A menina estava de olhos fechados, o corpo começava a enrijecer pela falta do sol, a ilha era fria para seres humanos comuns.

- Aurora asecnirp. - Ária colocou a mão na humana caída na grama. Ela não se moveu um milímetro. - Uov et rarit iuqad. - a fada fechou como foi possível o corpo gelado e imóvel de Aurora. Olhou para o céu onde podia ver a tal criatura invocada por aquele ser. Felizmente ele não estava prestando a mínima atenção nela, o que dava certo alívio na fada por não ter que se defender contra aquilo. Pra falar a verdade ária não sabia se quer de onde estava tirando coragem para estar ali naquele lugar, foi então que pensou em Udo. Onde estaria seu irmão? Ária só esperava que ele estivesse vivo.

Enfim Ária conseguiu voar com Aurora, apesar da aparência frágil, a princesa era meio pesada. A fada levou a menina para um lugar secreto que conhecia, era o único lugar na ilha que se mantinha aquecido sozinho, um ponto quente. Deitou a mulher desacordada no chão e permaneceu ao lado dela. Coisa de vinte minutos e o corpo da pequena voltou a se aquecer. A energia que brilhava em duas cores voltou a se refazer.

- Ária uovlas a asecnirp. Evlas Udo eam azerutan. - a jovem fada pediu a briza que passava pela caverna onde estavam.

Mal sabia Ária que sua ilha mãe estava um caos. Mal sabia ela quantos já haviam morrido. Mal sabia ela que talvez o mal não pudesse ser detido.

═══════════════════

A batalha chegou, a princesa está viva, isso é lindo. Está fragilizada, mas está bem!

(Dica pra saber o que a Ária fala, ler de trás pra frente as palavras)

Gilic está a todo vapor, agora nem em aparência ele é Diaval mais. Ele dominou o corpo que habitava.

Deixa um like, um comentário bacana e sei lá mais o que que fortaleça essa autora aqui.

O próximo já já sai!

Até o próximo!

♥️