Mask Of Secrets

Capítulo 12 - ''Livre''

Sinceramente, desde que aquele coração foi encontrado no banheiro da escola eu não consigo pensar em outra coisa. Bryan Foster, meu melhor amigo, um irmão desde sempre, ter desconfiado de mim daquela maneira, e agora ter sua digital no plástico da máscara e da faca? Tem algo muito errado nisso tudo.

— Senhor Walker a sua advogada e irmã pagou a sua fiança, você está livre POR ENQUANTO! Você ficará em observação por alguns policiais da minha equipe até prendermos o culpado por todos esses crimes. — Disse o xerife Keller apoiando suas mãos á mesa e suspirando.

Espero que isso não tenha sido uma tentativa de me comprar irmãzinha.

— Tudo bem xerife, pode ter certeza de que o culpado não sou eu, uma hora ou outra o verdadeiro assassino mostrará sua face. — Emiti me levantando da cadeira e estendendo as duas mãos para ele retirar as algemas.

— E como tem tanta certeza disso garoto? — Questionou o xerife abrindo as algemas e me olhando nos olhos.

— Logo você saberá e terá a mesma certeza que eu.

Ele permaneceu me encarando bastante confuso e proferiu antes da minha partida:

— Antes de você ir gostaria de te dar outra informação importante. A minha equipe encontrou uma micro câmera na máscara e gostaríamos de saber se você sabe de quem ela pertence.

Droga! Se eu falar pra vocês que eu estava esperando por isso eu vou estar mentindo, e eu odeio mentiras. Quando instalei a câmera na máscara eu ativei uma transmissão imediata para uma conta anônima em meu notebook para assim eu ter acesso as imagens e não ser suspeito por ter plantado a câmera e nem pelos assassinatos. Mas preciso manter a calma, nem tudo está perdido ainda.

— Não senhor, eu não faço a mínima ideia de quem tenha feito isso e de quem essa câmera pertence, agora preciso ir pra casa, tenha uma boa noite! — Falei me dirigindo até a saída.

— Até breve John!

— Espero que não. — Proferi e em seguida abri um sorriso de lado e me retirei do interrogatório.

*****

~ Segunda-feira, 18:45.

— Filho! Eu estava tão nervosa e preocupada, meu Deus! Vem cá! — Minha mãe emitiu me abraçando firme.

— Calma, calma! Eu estou bem mãe, deu tudo certo tá? Pode ficar tranquila. — Falei segurando suas mãos e olhando nos seus olhos e em seguida dei um beijo em sua testa.

— Quem foi que armou pra você filho? Você está com inimizades na escola? Me conta o que aconteceu. A Dianna ligou pra mim e contou tudo que houve na escola mais cedo, eu fiquei horrorizada. — Ela falou com os olhos cheio de lágrimas segurando minhas mãos.

— Não mãe, foi tudo um mal entendido, não precisa se preocupar com isso, eu estou bem e estou aqui com você, é o que importa.

— Tá bem John, só não esquece que pode contar comigo pra tudo, eu sou sua mãe e só quero o teu bem. Ah, já ia esquecendo de avisar, sua irmã  resolveu aparecer, fiquei muito feliz em vê-la, ela chegou agora a pouco e está bastante triste lá no meu quarto, disse que discutiu com você e foi sobre seu pai, por que não vai lá conversar com ela? Vocês precisam sentar e conversar.

— Eu não estou com cabeça pra conversar com ela agora, quem sabe depois, outro dia, não sei. Vou pro meu quarto agora, preciso de um bom banho, e depois vou passar na casa da Dianna. — Emiti caminhando até meu quarto.

— Tudo bem então, toma cuidado filho, por favor!

Entrei no meu quarto e fui direto para o banheiro. Me despi e entrei no box, senti minha mente bastante confusa pois só em um gesto tão simples como se despir eu pude sentir a diferença entre ter ou não liberdade. No meu box não havia nenhuma advogada querendo fazer as pazes ou um xerife no meu pé me fazendo perguntas a todo momento e ao molhar meus cabelos não tinha uma mangueira de pressão, e sim, um chuveiro. Me sinto aliviado, triste, feliz e com raiva... Sinto que estou livre, ao menos é isso que passa na minha cabeça agora, mas minha alma ainda está presa sendo atormentada pelas falsas acusações que me foram feitas, minha alma clama por vingança e isso torna a água gelada do chuveiro em um poço de lava flamejante.