O Dono do Morro

XIII - Capítulo treze

Genteeee! Demorou, eu sei, mas esse capítulo foi tão difícil de escrever! Eu tive que pesquisar muito, e colocar tudo minuciosamente no lugar.

Espero de coração que gostem *não está revisado* mas fiz o meu melhor para vocês beberes.

Boa leitura e por favor votem!

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Roberto

Caralho de mina chata.

Assim que coloquei os meus olhos nela eu sabia que tinha alguma coisa de errado.

Não é possível que exista na face da terra ser humano mais teimoso e cabeça dura. Kamila, por mais de uma vez quase - quase - me tirou do sério com sua língua afiada.

E que língua

Penso comigo ao me lembrar de um beijo que deturpou meu raciocínio, e que obviamente, se eu não esquecesse logo, me traria mais outro acúmulo de trabalho como a papelada na minha frente.

Com negócios ilegais nunca se pode cometer o erro de usar métodos digitais, quando mais burocracia e papel, melhor.

Olho o relógio: já passa da meia noite, bom.

Levanto da cadeira e a afasto um pouco da escrivaninha para observar a vista da minha janela, como meu pai fazia.

Nada se compara a esta visão.

O ângulo me mostra naturalmente toda a comunidade do alto, vejo cada viela, cada casa, cada ponto de luz que conheço tão intimamente.

Eu sei exatamente onde ela está.

Tiro a mão do bolso da minha calça e ergo até o vidro da janela no local exato onde enxergo uma casinha, nada de diferente das outras, se não fosse pelos seus moradores.

Foi lá que a vi pela primeira vez e é lá que mora uma família um tanto quanto problemática.

Quando Kamila e sua avó surgiram naquela sala pra discutir comigo a dívida de Alexandro... Minha nossa! Ela estava tão surpresa e nervosa ao me ver, tão assustada e indefesa. Eu não seria capaz de prolongar o seu sofrimento.

Mas nessa dívida, vi a oportunidade perfeita para me aproximar. Se ela convivesse comigo, se não fosse tão teimosa, se não tivesse me desafiado naquela noite, eu já teria conseguido o que quero.

"Eu não vou ser nada sua" relembro sua fala ao sair da sala.

O que queria, anteriormente, era puxa-la pelos cabelos e prensar aquele corpo gostoso contra uma parede, subir sua perna morena e agarrar sua bunda.

Só de pensar nessa mulher eu me distraiu totalmente, péssimo hábito para um administrador, mas por vezes nesses dias, eu instintivamente idealizei Kamila nua pra mim, sem barreiras, sem me negar mais nada, sem teimosa.

Do jeito que eu gosto.

Sinto meu corpo acordando e demostrando as mais primitivas reações a respeito de uma mulher bonita, uma mulher que eu quero, e que vai ser minha.

Caralho que tesão só de lembrar a cara dela depois que a beijei. As bochechas coradas, os olhos dilatados e os lábios inchados.

Tão diferente da última vez que a vi, quando Kamila estava numa posição inferior, e era óbvio que se sentia desconfortável.

Ela não quer minha ajuda. Marrenta do caralho. Mas não é como se ela tivesse escolha, não como é se eu tivesse escolha, honestamente não sei se posso ficar parado sabendo que ela está sofrendo.