"Não sou uma assassina"

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Eu estava vivendo num pesadelo? Com certeza. Mais eu estava dormindo. Queria que esse avião caisse? Com Certeza, mais ele não caiu.

Acordei sendo saculejada por um dos policiais que haviam ali.

- B02, acorde.

- Já chegamos? - Um deles me olhou e negou.

- Teremos que mudar de jatinho, venha - Ele tirou a algema dos meus pés mais deixou a das mãos.

Já não sabia onde a gente estava, a certeza que eu tinha era que estávamos bem longe do orfanato. Um deles segurou meu braço e me direcionou ao outro avião, me amarrou praticamente com o cinto de segurança, mais antes do mesmo colocar as algemas novamente me pronunciei.

- Posso ir ao banheiro? - Eles se entreolharam e o mesmo assentiu e me soltou.

Ele pegou no meu braço e me levou até uma porta branca em um canto. Entrei pela mesma e vi que era ben apertado, não havia quase nada ali dentro. Uma pia, vaso, um espelho.

Me olhei no espelho e meu estado era deplorável, quem me visse nunca que me reconheceria. Meus cabelos pretos parecial se destacar na minha pele branca.

Fiz minhas necessidades e logo olhei pelo vasto pequeno banheiro, vi uma coisa bem pequena no chão. Sua lateral era vermelha e brilhava como prata, talvez fosse. Acabei pegando o pequeno canivete de escoteiro do chão do pequeno banheiro, coloquei entre meus peitos e me olhando no espelho novamente, me senti mais segura.

- B02, vai sair dai ou vamos ter que arrombar a porta?

Abri a porta levemente bufando de ódio, eles são retardados ou o quê?  Não dava pra eu fugir daquele lugar, achavam o quê que eu ia cavar um buraco no fundo do avião, creio em deus pai.

- Pronto aqui estou - Falei sarcástica.

Depois deles me levarem novamente e me amarrarem de novo. Um deles me entregou tres comprimidos rosados.

- Vai com calma, eles são taja preta um já basta, você pode morrer - Dei de ombros e coloquei os três na boca ele me olhou de olhos arrecadados, engoli de uma vez e ele me deu água ainda perplexo.

Não deu dois minutos direito e eu apaguei totalmente,  torcendo pra não acordar mais naquele pesadelo.

(...)

Acordei dentro de um carro novamente, a cidade era iluminada dava pra ver da grande e escura janela preta.

Eu estava em Boston! Era evidente.

Lembrei de Ava falando que queria passar sua Lua de mel com um dos seus irmãos gatos em Miami ou Boston, ia ser como nos filmes que assistimos, depois ela me levaria pra conhecer o lugar. Uma lagrima escorreu nos meus olhos com a possibilidade de eu nunca ver a unica amiga em que eu fiz em anos.

Olhei pra meus braços vermelhos por aquelas algemas serem bem apertadas e logo mais lágrimas cairam uma após a outra. Olhei pra frente e só havia eu e eu homem com a mesma roupa dos demais policiais, ele estava me olhando seriamente. Ali onde eu estava deitada fiquei pensando, pensei em Ava como ela ficaria depois de saber o que aconteceu, pensei em como a Nala ficaria me vendo a
Naquela situação e chorei por Marcelo não me dizer nada, chorei por eu ser uma completa inútil e frágil.

Senti o canivete em meus seio e olhei para o moço a minha frente,  me sentei atras do mesmo e o peguei. Olhei seu semblante no espelho interno do carro, e se ele tiver uma familia feliz? Eu iria mata-lo por fazer seu trabalho? Ele so queria colocar comida na mesa das filhas que todo o dia poderia esperar o pai a noite só para dar um boa noite e ganhar um beijo na testa.

Agent William Onde histórias criam vida. Descubra agora