Capítulo 07

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- Mãe, antes a senhora me perseguia por causa do Thomas, agora é pelo Adam? - fiquei indignada, a olhando deitada na cama. Já estava pronta para dormir, escovei os dentes, vesti meu pijama e liguei meu ar-condicionado. Mas, mesmo sabendo que estava tarde e iria para meus estudos, ela insistiu em conversar comigo e abrir a minha porta.

- Gostei muito dele. É educado, inteligente, sensato - minha mãe entrou no quarto e fechou a porta, acendendo a luz. Mas eu não dei nenhuma resposta, ficando com os olhos fechados e fingindo que ela não estava lá. Ela se sentou ao lado dos meus pés, olhando para mim- filha, desejo que seja feliz. Fiquei muito decepcionada com o Thomas. Mas agora aprendi a diferença de um homem insensato para um que realmente presta.

- Mas não tem como saber agora, mãe. Não sabemos se o Adam presta, ainda vou conferir os defeitos dele. A senhora está me empurrando para um homem mais velho que eu 18 anos, só para deixar claro.

- Seu pai é 20 anos mais velho que eu - ela falou, como se homens mais velhos fossem todos bons - não estou te empurrando para ele. Só acho que vale à pena conhecê-lo. Perguntei a vida inteira dele hoje e não pareceu incomodado com isso.

- Ele me chamou para ir a um restaurante na sexta-feira - contei, me arrependendo depois.

- É um encontro? - minha mãe arregalou os olhos - mas calma, nem perguntei da esposa dele ainda. Não gostei dele ter tido uma esposa. Preciso saber o porquê dele ter se divorciado.

Meu coração acelerou.

- Mãe, que coisa indelicada- falei, com um tom de reprovação - a senhora o conheceu hoje, não pode esperar que conte coisas pessoais da vida dele.

- Mas se ele quiser ter um relacionamento com você, preciso saber antes porque o primeiro dele não deu certo. Eu sou sua amiga, mas também sou sua mãe.

- Parece mais uma adolescente apaixonada. E intrometida - dei uma risadinha, para aliviar as palavras pesadas que acabei falando - desculpe. Mas a senhora está achando que vou casar com ele só porque o convidei.

- Bem, eu aprovaria. Mas preciso saber mais da vida dele.

- Mãe, não pergunte da ex-esposa dele...! - alterei a voz, mas depois abaixei, para não parecer suspeito - pode ser que o Adam não se sinta confortável, não tem intimidade ainda com a senhora.

- Tudo bem - ela falou, revirando os olhos e se dando por vencida- mas eu quero ter mais contato com ele, se forem ficar saindo. Sabe que não é a mesma coisa que se relacionar com um homem da sua idade, ele é mais experiente que o Thomas. Tomara que seja menos louco.

- E eu prometo que vai - assegurei - porém permita que eu durma agora, mãe.

- Tá namorando, tá namorando, tá namorando - minha irmã abriu a porta para agir que nem criança e depois fechou a porta, saindo correndo.

- Diga a ela que minha mão vai amar dar uns amassos na cara dela - pedi para a minha mãe, que deu uma risada e saiu do meu quarto.

No outro dia, minha mãe me acordou. Dois dias seguidos que acordo antes do meu despertador.

- Acorda - minha mãe mexeu no meu cabelo - vai para a sua faculdade?

- Caral...caramba, mãe - por um momento deu uma tela branca e eu me corrigi, com muito ódio - claro que eu vou!

- Olha a língua - ela ficou com raiva, pois odiava palavrões. Era uma das únicas coisas que ela proibia - pode voltar a dormir.

- 10 minutos? Não, agora vou ter que me levantar.

- Vai ver o Adam hoje? - minha mãe, Jolie, perguntou.

- Caramba, por que não me vende logo? Cobrar logo meu dote - revirei os olhos, me sentando na cama e esfregando meus olhos inchados - vou dar o maior fora nele. Já que a senhora vai ficar com essa palhaçada.

- Duvido que tenha coragem de afastar ele - minha mãe desafiou - já estavam até se abraçando ontem.

- Não duvide, senhorita dona Jolie - falei, pegando meu celular e vendo uma notificação do homem

Não teria mesmo coragem de dar um fora nele.

Cheguei na faculdade quase completamente cabisbaixa, mas lembrando do exemplo do Adam. Ele passou por algo bem pior e não fugiu. Mas não estava certa de que era tão forte. Olhei para a entrada da faculdade, reunindo forças para encarar todos.

- Oi - Adam se prostrou ao meu lado, olhando também para a entrada - pronta?

- Mas...você estava onde? - perguntei, já com medo de ter 2 doidos me perseguindo.

- Estava esperando você. Desculpe não ter avisado, mas tudo bem se não quiser entrar comigo - ele se desculpou, me olhando.

- Por que você é tão fofo? - perguntei.

- É um charme meu. Pronta?

- Sim - falei, entrando na faculdade em sua companhia. Ergui a cabeça. Fiquei feliz por tê-lo ali, me apoiando firme.

Prof DaddyOnde histórias criam vida. Descubra agora