Capítulo 19

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- Charlie! - Adam falou, me abraçando forte assim que abri a porta - que saudades!

Dei um suspiro, ainda com raiva dele. Alex estava atrás dele, e olhou para dentro da casa, fitando Martina.

- Alex? - ela perguntou - está fazendo o quê aqui?

- Ã..eu vim acompanhar o Adam - Alex falou, se balançando muito.

- Para o quarto, Adam - chamei ele, o puxando.

O arrastei, fechando a porta atrás de nós.

- A explicação? - cruzei meu braços forte.

- Meu amor, descruze os braços, eu estou implorando - ele descruzou os meus braços devagar, me puxando para perto de si - Charlie, eu transei com a Evie faz 2 anos. Eu estava bêbado e acabou acontecendo. Mas ela continuou querendo ir atrás de mim, me paquerando e querendo conversar. Não falei nada para ela porque você disse que estávamos apenas ficando e não sabia que seria que eu espalhasse para todos o nosso relacionamento. Mas, quando você me assumiu na noite anterior, resolvi passar na casa dela após estar com a minha irmã para deixar claro que eu estava comprometido. Foi de última hora, apenas porque ela estava me ligando para jantar comigo.

O olhei, com ciúmes. Transado com a Evie?

- Eu.. - não sabia o que deveria falar- uau. E aí?

- Ela me expulsou da casa dela e disse umas várias coisas. Mas não me importei. Eu quero você, Charlie. 

- Adam..

- Me perdoa, por favor. Eu estava bêbado quando fiz isso, eu..tive um passado de ressacas e terapeutas, por conta do que vivi com a minha ex. E não quis deixar de ser amigo dela porque nós conhecíamos a muito tempo.

- Não tem o que perdoar, isso já é passado. Sabe que veio para o abate, né? Se a minha vó te vir...

Dei um beijo longo nele, me deixando ser imprensada na parede. Parei de me mexer, com as mãos o abraçando, mas Adam ainda beijava meu pescoço sem parar, enquanto puxava meu quadril firmemente.

- Sabe que não podemos transar aqui, né? - perguntei, sentindo Adam parar e sentindo sua respiração um pouco ofegante. Não queria que ele ficasse excitado, porque aí eu não iria resistir.

- Eu sei - ele respondeu, baixo demais - posso esperar.

Quando saímos do quarto, praticamente correndo para não cometermos nenhuma loucura, Alex e Martina estavam se beijando no cantinho da parede. Puxei o Adam para dentro do quarto novamente, não querendo atrapalhar o novo casal.

- Quer que eu te leve até o hospital? - ele perguntou, querendo me imprensar na parede novamente.

- Adam! - o afastei um pouco.

- Não quis ser insensível, desculpe. Quer ir ao hospital agora mesmo?

- Vou te recompensar - falei, o puxando antes que abrisse a porta- em todas as posições possíveis..

- Não vim aqui esperando uma retribuição sexual. Mas vou aguardar ansiosamente - ele me deu um beijo e depois abriu a porta.

Martina e Alex ainda estavam se beijando, mas agora no sofá. Assim que perceberam eu olhando, se soltaram e ficaram de pé, vermelhos.

- Desculpem-me. Eu e o Adam já vamos embora.

Assim que chegamos nos hospital, avistei minha mãe, meu pai e meu avô sentados nas cadeiras do hospital. Fomos até ele, e todos pareceram surpresos ao me ver, mas mais ainda ao ver o meu namorado. Minha mãe parecia a mais abalada.

- Oi, Adam - minha mãe o abraçou. Adam retribuiu, meio surpreso - obrigada por nos apoiar. Mas acho melhor talvez a vó da Charlie não te ver.

- Sim. É melhor que não lhe veja, tudo bem?  - olhei para o meu namorado, que acenou com a cabeça.

- Claro.

Quando fitei meu avô, concluí que ir para aquele hospital era a pior coisa que eu poderia ter feito, porque a única completamente receptiva era a minha mãe, já que meu pai estava procurando saber o estado da minha avô com o médico responsável e o meu avô o encarava, provavelmente já sabendo que ele era o ser cruel que havia corrompido e prostituído a neta dele, segundo a minha avó, não muito bem.

- Adam? Hm..melhor voltarmos. Vamos procurar um hotel para você?

- Mas por que? - ele perguntou, notando meu avô o encarando - ah.

- Sim - confirmei - foi uma péssima ideia teria vindo para cá, Adam. A minha avó não vai me ver e talvez tenha uma convulsão só de sentir seu cheiro aqui. Vamos embora.

- Mas é sua avó - ele tentou rebater, calmamente - não quer que ela saiba pelo menos que está aqui?

Dei um suspiro. Ele tinha razão. Droga.

- Queria que você ficasse aqui comigo- choraminguei. Eu estava o quê, na tpm? Nunca tinha estado tão sensível na vida.

Adam já estava me olhando um pouco estranho, como se estivesse percebendo alguma coisa.

- Vou estar sempre aqui, para o que precisar, Charlie - pegou meu rosto com uma mão e me deu um beijo carinhoso.

- Oi, Adam - meu pai caminhou até o nosso lado, percebendo minha cara de chateada- sua avó está bem. Já estava se acordando à caminho do hospital, mas agora que já está aqui, vai fazer alguns exames.

- Posso vê-la? - perguntei, nervosa. Não queria ser a responsável.

Adam me encarava nervoso, analisando meu rosto. Qual era o problema dele hem?

- Claro - meu pai falou - Vou ficar conversando com o Adam.

Quando entrei na sala onde minha vó estava deitada, olhando imóvel para teto, cocei a garganta, como uma forma de avisá-la que eu estava ali. Ela me olhou e enrijeceu na cama.

- Vó - comecei a falar - como está?

- Estou bem, obrigada.

- Eu não vou demorar. Só queria pedir desculpas por estar tratando a senhora mal, mesmo que tenha me deixado mal e tenha merecido respostas.

- Então acha que está certa por me agredir por eu querer o seu melhor?

- Vó, eu realmente gosto muito do Adam - falei, mas ela abriu a boca para tentar me impedir - ele me trata bem, me considera, me defende. Por que não dá uma chance a ele?

- Ele tem idade para ser seu pai - ela retrucou, não me olhando nos olhos.

- A senhora está melhor? - perguntei, desistindo de tentar fazer ela gostar do meu namorado. Fui uma trouxa, de qualquer maneira. Já deixou bem claro a quantidade de chances que pretendia dar ao Adam desde o início de tudo.

- Leve o Adam ao jantar hoje. Acho que termino meu exames antes que anoiteça - ela revirou os olhos, se dando por vencida - mas não espere que vá gostar dele, é apenas uma chance.

Prof DaddyOnde histórias criam vida. Descubra agora