Capítulo 11

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- Acho que namoramos agora, então - Adam concluiu, passando a ponta dos dedos suavemente pelas minhas costas. Seu olhos estavam relaxados, com um leve sorriso nos lábios. Estávamos no apartamento dele, pós decidimos que seria melhor para termos uma conversa. Claro, depois que acabaram as aulas do dia e nós dois pudéssemos fugir - se você quiser.

Me encaixei direito do sofá, com os braços dele ao meu redor. O apartamento dele era absurdamente arrumado, apesar de ser um pouco pequeno e ter poucas coisas. A porta dava para a cozinha apenas dele e tinha uma mesa de madeira compacta e bonita. A pia tinha poucos pratos e a sala tinha apenas aquele sofá branco e muito limpo. Era lindo, mas era solitário. Senti um aperto no peito.

- Que jeito criativo de pedir uma mulher em namoro - comentei, ainda admirando o rosto dele. Eu poderia passar horas olhando e olhando - eu...posso pensar? É que eu acabei de sair de um relacionamento, sabe?

- Tudo bem - ele assegurou, sorrindo, apesar de aparentar acantoamento - sei como é isso sim.

- Mas estou comprometida com você - corrigi, me confundindo de vez. Coitado, já estava confuso.

- Entendi. Estamos ficando sério - ele respondeu, dando uma risada.

- Olha ele - brinquei- atualizado sobre os relacionamentos contemporâneos.

- Claro.

- Quantas já vieram aqui? - falei, sentindo que acabara de jogar um balde de água sobre nós.

- Você - ele respondeu, sério.

- Mentira.

- Eu me mudei da casa que morava com minha ex - ele explicou - depois disso, sinceramente só tive 2 encontros, que deram errado.

- Tem o bastante só para você - observei, lembrando quando fui pegar água na geladeira e até mesmo a comida tinha para 1 pessoa.

- Olha, se quiser continuar vindo aqui, posso comprar algumas coisas para você. Para se sentir em casa - ele sugeriu - mas não precisa dar a resposta agora, sei que coisas assim precisam ser pensadas.

- Tudo bem então - disse, aliviada.

- Charlie?

- Oi?

- Você me elogiou muito naquela hora e...eu não tive tempo de dizer o que acho.

Me aproximei dele, me apoiando em seu peito e olhando para seu rosto.

- Você é a mulher mais forte que eu conheci. Isso eu percebi desde quando te vi no banheiro. Mesmo no banheiro, mesmo passando mal, vi uma força no seu olhar. Mesmo fraca, é muito mais forte do que qualquer um. Mais forte do que eu. É uma mulher sensata, de uma personalidade forte, engraçada e estudiosa. Mesmo chegando a pouco tempo, tem me ajudado a superar as feridas que eu tenho - ele me deu um beijo na testa - e Charlie, eu quero muito ser tão bom para você quanto foi para mim. Obrigado, por ser tão especial.

Fiquei emocionada. Claro que não choraria, porque não fazia muito o tipo sentimental, mas ele percebeu meus olhos lacrimejados. Abaixei a cabeça, dando um sorriso. Ouvir aquilo de uma pessoa que eu gosto me deixou feliz.

- Poxa, deveria ter te beijado antes de acabar - ironizei, limpando rapidamente uma lágrima que ameaçava cair e ele deu uma risada, se aproximando de mim e pegando no meu rosto - obrigada, Adam. Obrigada mesmo.

- Vem aqui - ele me puxou para mais um beijo. Subi em seu colo, um pouco tímida. Mas ele me encaixou tão bem, que queria ficar ali sempre.

Quando voltei para casa, já estava um pouco tarde, então precisei contar o motivo

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Quando voltei para casa, já estava um pouco tarde, então precisei contar o motivo. Claro que não precisava, mas achava que iam ficar felizes por mim. Martina e meu pai já estavam em casa. Logo me arrependi.

- EU SABIAA - Martina gritou alto, como se fosse o próprio Dom Pedro dando um grito da Independência da Charlotte - nunca erro.

- Nunca erra porque me shippa até com um cavalo - murmurei - teria que acertar alguma.

- Ele levou você para o apartamento dele? - meu pai quase se engasgou com o almoço - mas, vocês...transaram?

- Pai! - o repreendi - chega. Estou cansada de todo esse drama. Confiem só um pouquinho em mim, por favor.

- Tudo bem, Charlie - minha mãe concordou - ela tem razão. Precisamos dar um espaço, já provou ser independente e de confiança. Apenas não se entregue de alma para esse rapaz.

- Para esse homem - meu pai corrigiu, ainda emburrado. Ele estava morto de ciúmes, mas gostava do meu quase namorado - e nem estão namorando ainda.

- Ainda- o corrigi- preciso de um tempo, pai. E ele respeita isso. Aliás, ele pode jantar aqui hoje?

Gente, novidadee! Vai ter um capítulo com o Adam narrando! ❤️

Prof DaddyOnde histórias criam vida. Descubra agora