Desespero

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(Já deu para notar que esta trama não será infantil

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(Já deu para notar que esta trama não será infantil. Já aviso que nos primeiros capítulos estou pegando leve para ir aumentado os níveis bem aos poucos).

Um velho de cabelos grisalhos passa por ela tentando não olhar. Ele segue em direção as lojas voltando com um grande tabuleiro e alimentos. Ela agarra sua perna, e ele para de andar.

Os olhos amarelos como ouro encaram os olhos cor de céu da jovem; ele pena e sente dor por ela, mas não pode fazer nada para livra-la de sua sina. Passa a mão sobre sua calva cabeça de cabelos longos, e volta a apoiar sobre a vasta barriga. Respira fundo e se abaixa, entregando-lhe um pouco de pão, pondo em seu miolo umas plantas estranhas, e parte.

Ele deixa claro que havia posto algo no pão, e logo uma das outras jovens o toma dela. Esta ferida possuía os olhos fundos de chorar, seus pulsos cortados pelas correntes que a aprisionava e os cabelos amassados e fragilizadas, provavelmente por terem sido puxados inúmeras vezes.

Apesar de estar suja e vestida com trapos, a jovem possuía uma beleza que chamava a tenção. O corpo moldado de fartas curvas e uma doce voz. Caucasiana de cabelos escuros possuía os olhos castanhos e encarava o pão com tristeza. Ela soluça e chora, pergunta aos céus porque havia lhe dado esta sina e abocanha uma parte do pão, reclinando-se a um canto e o devolvendo a jovem de cabelos castanhos que a fitava amedrontada.

Não demora e a bela jovem para de se mover e respirar. Estava morta.

A moça repassa varias e varias vezes em sua mente o ocorrido. Sem conseguir entender. Ela ainda se sentia muito mal e lutava cada vez mais para se manter consciente. Porem logo é erguida por um voraz homem, que a encara da cabeça aos pés. Ele não demora a abrir suas vestes, deixando seu puro e intocado corpo a mostra apertando-lhe um dos seios. Ela grita e se debate. Inútil. Esta fraca e ele é forte.

Com apenas um braço ele a põe por cima dos ombros como uma frágil bagagem de mão, entrega uma punhado de moedas a um outro homem e parte em direção a seu navio. Lá olhos sedentos vasculham seu corpo ate ser deixada em um aposento trancado.

Apenas uma cama larga ao fundo compunha os moveis do local e vários troféus enfeitam as paredes do quarto sem janelas.

Ela treme e teme. Entende agora o que o senhor havia feito, o porque da outra jovem ter comido, e se revolta. Mas esta fraca. Seu corpo doía pelo sol que havia tomado. Sua pele morena estava avermelhada, ela sentia febre. Estava doente.

O homem se aproxima dela já retirando sua veste de fogo. A força contra a cama. Ela não pode lutar.

Porem algo bate a porta a salvando. Revoltado o homem abre a porta aos gritos, castigando com fúria aquele que ousou interrompe-lo. E em meio a o castigo o servo se explica e o homem cessa seu ataque; seus olhos rubros se iluminam e ele sorri, partindo. A jovem respira um pouco aliviada. Havia escapado de uma sina terrível... por hora.

A lenda sem o avatar. (Livro 1 Agua)Onde histórias criam vida. Descubra agora