Cartas

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(Antes de mais nada quero avisar que o capitulo 14 e 15 foi remodelado e relido

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(Antes de mais nada quero avisar que o capitulo 14 e 15 foi remodelado e relido. Não alterei nada relevante para a trama, só quero deixar claro que estou sempre em constante melhoria do texto. Mesmo os cap já postados podem sofrer alterações. Claro. Nada drástico a trama, só conceitos e idéias para fazer a leitura o mais agradável possível.)

Ferro e aço se encontram gerando um som estridente e faíscas. Homens poderosos se enfrentam em uma arena de ferro ao colecionar cicatrizes e honras. Os olhos amarelos dele observam a tudo por baixo do elmo.

Havia subido a bordo após um rápido encontro em um cais, coisa que contou com as perfumadas cartas de uma antiga conhecida. Porem o que presenciava dentro dos gloriosos navios não era o esperado.

Olhos desiludidos ao fitar fotos rasgadas se estendiam por todo convés. Namoradas, noivas, irmãs, filhos, ............entes queridos. As imagens em cada foto imploravam pelo retorno seguro dos que as seguravam com tanto afinco.

Uma mão pesada cai sobre seu ombro. Os velhos olhos o indicavam que o que via era o correto, somente eles dois viam esta versão. Os demônios que descem das maquinas de fogo e ferro chorarem e pedirem pelo fim da guerra.

---- Eles tremem. Por que eles tremem? ---- o jovem flexiona o corpo sobre a barra de segurança ao admirar os treinos, e percebendo mais do que golpes errôneos.

---- Por que esta guerra não é deles... ---- o senhor de farda de general o responde sem olhar para ele, não queria dedurar sua intimidade com o jovem. ---- Estão sendo arrancados de suas casas, separados de suas famílias assim como aqueles que eles atacam.

---- Eles tem medo... do destino desta viagem. ---- o jovem afirma negando as palavras doces do senhor, e se virando para admirar a vista da proa. O vento cortante deixava a armadura gelada impossível de ser utilizada. Porem ele não sentia nada, não era capais de sentir a muito tempo. ---- Sabem muito bem que isso é suicídio. Devíamos sair daqui, já nos encontramos para que... ---- O jovem se vira, mas já não encontra o senhor. Ele havia se retirado.

O vento cortante, fazia com que o treino dos demais fosse doloroso. Fazer uma chama em um ambiente cada vez mais gelado ia se tornando difícil para a maioria; e ele apenas se assombrava com o nível de controle que possuíam.

Os navegadores, tem cada vez mais dificuldade em desviar dos blocos de gelo que iam se aglomerando e seus tripulantes temiam por suas vidas. Iriam enfrentar os dominadores no ambiente que os trazia mais vantagens, a onde eram praticamente invencíveis.

O jovem caminha pelo convés que estava repleto de almas perdidas, suplicando em silencio para se verem longe desta obrigação imposta. Ele se recorda de quando também se abrigava entre correspondências e fotos.

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O espelho nunca lhe foi um amigo intimo, e ultimamente tem se tornado seu pior inimigo. Refletir-se era mais doloroso que as trocas diárias de ataduras.

Seu único consolo estava em pedaços de papel que vinham a seu navio sempre que este atracava em algum cais. Muito esperadas pelo jovem, vinham sempre divididas em mais de um tema, isto para divergirem entre vários assuntos sem se perderem.

Ela havia se declarado varias vezes, porem ele só acreditou neste amor quando já era tarde de mais. Agora a conhecia por via das nem tão pequenas, mas bem perfumadas folhas de papel.

A jovem o relatava sobre a vida na cidade principal. Comentara que haviam finalmente escolhido um noivo para sua irmã, e que a própria não havia demonstrado muito interesse pelo assunto, estando mais focada nas estratégias de guerra.

Revelava que havia iniciado leves treinos de combate, e que planejava em um futuro próximo se unir a ele em meio às viagens pelo mundo.

Também comentara sobre assuntos anteriores e enviara fotos próprias para enfeitar os aposentos do amado.

Ele se tranca em seus aposentos a ler com calma cada uma das cartas já enviando suas próprias. Nada muito alem das respostas as anteriores e de resultados de treinos e coisas que presenciou e aprendeu vendo pelo mundo. Coisa que alegrava e enchia de esperanças sua amada. Mas não a ele...

E com o tempo as cartas vão se amontoando, sempre guardadas com carinho em uma gaveta da escrivaninha, para serem relidas novamente quando o coração pedisse. Já as fotos. Raras; que somente alguém de uma casta como a dela poderia fazer e enviar, eram guardadas junto ao corpo.

Estas cartas nada mais eram do que meros pedaços de papel. Papeis rabiscados de palavras ditas e pensadas semanas antes de serem lidas. Meros reflexos do passado, mesmo quando recém aberto, já eram velhos.

Mesmo que elas fossem sua única fonte de esperança. Ele sabia que esta era a única verdade, tudo o que continha ali já havia passado há muito tempo, tanto que não poderia mais se basear.

^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^FIM^^^^^^^^

E ele via o mesmo nestes homens. Que buscavam desesperadamente esperanças em imagens velhas e rasgadas.

Todas aquelas pessoas nas fotos que os davam esperanças e forças poderiam já estar mortas. As namoradas se cansado, as noivas casadas com outros e seus filhos esquecido suas feições e vozes. Tudo, no fundo tudo era mesmo em vão e vazio.

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Ela via seu pai praguejar com homens que o trazia uma carta.

Noticias da tribo irmã, e não eram nada boas. Haviam sido praticamente destruídos.

A carta rasgada e maltrapilha mostrava a dificuldade que passou para cegar as mãos do líder do reino congelado. Ela narrava com letras acarcadas e doloridas todo mal que a tribo irmã havia passado, expressava sua dor e desespero pelos borrões e erros cometidos na hora de ser feita. Pedia apenas um mero asilo e auxilio para seus únicos sobreviventes de batalha; dois irmãos que se aproximavam e usavam dolorosamente a bandeira do inimigo para poder navegar em seu próprio mar.

(Desculpa pela falta de informação inicial. E o tamanho do cap, logo já ponho o próximos vocês me conhecem ^_^ Como não foi mostrado o modo que o Zuko subiu a bordo mantive a mesma idéia. Porem os fatos serão mostrados sim.)

A lenda sem o avatar. (Livro 1 Agua)Onde histórias criam vida. Descubra agora