XXIII

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Maria estava no quarto penteando os cabelos, tinha ido tomar um banho depois de chegar da casa de Matthew. ele tinha sido bem evasivo em relação ao serviço, não confirmou se tinha aceitado ou não, apenas disse que estava pensando. Ela estava explodindo de felicidade.

Ela desceu e foi até a cozinha, ficou petiscando a salada que Angela estava preparando para o jantar.

Ela ouviu o telefone e correu para atender, chegou junto com amãe que atendeu.

—Não corra dentro de casa - pediu olhando de nariz torcido pra ela - Alô— ela olhou para Maria e moveu apenas os lábios —é do hospital.

Ela continuou mordendo a cenoura que tinha na mão e escorregou sentado nos degraus da escada, ficou olhando a mãe responder tudo com " hum". Até que algo mudou, Anastasia respirou fundo de olhos fechados, quando os abriu encarava Maria como um monstro, tinha a mão livre apoiada na poltrona ao lado do telefone.

— Isso é certeza ? — questionou de maneira séria , ela negou com a cabeça — Obrigada — agradeceu e desligou o telefone.

Anastasia foi até o bar que tinha na sala e se serviu de vodka, tomou a primeira em um gole só a outra ela colocou gelo, se sentou no sofá, dando as costas para Maria, ficou olhando para o nada. A jovem se preocupou.

— Mãe? Tudo bem ? — indagou se aproximando e sentado na mesinha de centro.

Nenhuma das duas perceberam que Miguel tinha chegado, enquanto entregava a pasta e o terno para Angela observava as duas.

— Você está grávida, Maria — afirmou Anastasia

—O que ? — gritou Miguel.

Angela tinha os olhos tão arregalados quanto os de todos ali. Anastasia levantou tão rápido que derrubou o corpo, Maria ainda estava sentada, não conseguia reagir

— Anastasia o que você estava falando ? — insistiu se aproximando dela.

— Miguel — chamou indo até o marido — se acalme.

— Eu não quero me acalmar — brandou indo até a filha

Ele a puxou pelos braços, de maneira violenta, Maria começou a segurar o choro

— Como você pode fazer isso comigo ? — berrou chacoalhando ela

— Miguel — grito Anastasia tentando separar os dois.

Maria já estava chorando, Miguel a jogou no sofá e ela aproveitou para correu para longe dele. O pai estava furioso.

— Miguel, se acalme agora — ordenou se colocando na frente do marido — Angélica saia daqui.

A empregada olhou suplicante para garota que soluçava no pé da escada.

—AGORA.

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