Yes, Mommy ‒ Versão Seulrene

Capítulo Vinte e Três

Pov's Bae Joohyun

Quando voltei para casa, já era de noite.

Kina já havia ido embora e Seulgi, provavelmente, estava dormindo.

Tudo se encontrava tão silencioso e escuro, a casa inteira em uma escuridão excessiva. Não sei o porquê a decoração tem me perturbado tanto ultimamente, pois era a parte que eu mais amava, e agora, causava-me repulsa.

Demorei cerca de uns 10 minutos para tirar tudo do carro. Os materiais eram tantos, que mal couberam dentro dele no caminho até aqui, já que estava cheio até o teto.

Espero que Seulgi fique feliz de verdade, é o mínimo que posso esperar depois dessa surpresa.

Eu fiz uma pequena oração e suspirei cansada, antes de subir as escadas.

Agora, eu precisava de todas as forças do mundo para entrar naquele quarto e pedir sinceras desculpas.

Eu só preciso de um minuto, um minuto para tomar coragem o suficiente, com intenção de conseguir entrar de uma vez naquele quarto.

Contudo, quanto mais eu pensava, mais a situação piorava dentro da minha mente. No fim, passei cerca de quase 2 horas, sentada no chão frio, tentando a qualquer custo pensar no que fazer e em como pedir desculpas, sem deixar meu semblante de dominadora cair.

Retornando a sala, peguei uma garrafa de vinho e bebi alguns goles rápidos antes de entrar. Na verdade, acho que foi a garrafa toda, porque eu só parei quando minha visão foi ficando turva e embaçada.

Foi só então que, quando a garrafa ficou vazia na minha mão, eu tomei coragem o bastante e finalmente entrei.

A luz estava apagada, diferente dos outros dias que ela sempre deixava um abajur aceso, por conta do seu medo do escuro. Seulgi nunca apagava, somente pela manhã, assim que acordava. Por esse motivo, comprei um abajur com formato de ursinho para ela.

Caminhei devagar em direção à cama dela. Seulgi estava virada para mim, com a coberta tampando até os seus ombros. A linda face da mais alta encontrava-se calma, serena e naturalmente perfeita. Seu nariz vermelho indicava que ela havia chorado muito antes de dormir, ao notar esse detalhe, eu quis me bater por causa disso. O peito dela subia e descia bem devagar, com a respiração fraca, em razão do estado sonolento.

Deitei-me ao seu lado bem devagar, pois queria observá-la um pouco, antes que eu pudesse acordar a garota.

Acabei sorrindo, enquanto as pontas dos meus dedos deslizavam por seu rosto liso e seus traços marcantes. Ela era tão perfeita que me surpreende tamanha beleza.

Como alguém assim, tão bela e pura, existe?

Todas essas qualidades eram nítidas em cada detalhe, cada traço bem definido e bem desenhado... Eu acredito que nunca irei me cansar de sua beleza tão diferente e tão igualmente extraordinária.

Por impulso, apliquei um longo selar no seu nariz franzido, logo contornando o mesmo com meu dedo indicador.