Day está aqui.

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Tô morrendo de sono, então o capítulo tá sem revisão. Lancei mais um, então e aí? Agora o fogo no parquinho começa 💋

Caroline Biazin

A viagem foi longa, mas eu estava tão nervosa, que foi como ir de casa até a padaria de no mínimo duas quadras. Sim, esse era o nível do meu nervosismo. Vitão e Thaylise pegaram no sono, mas Calil e Elana eram elétricos demais. Cantaram, gravaram stories, comeram, riram e só não dançaram porque quase caíram ao tentarem. Sim, eles tentaram fazer isso. Não demorou muito e estávamos parados na enorme  mansão de meus pais. Eles iriam nos acolher ali. Respirei fundo, totalmente exausta. Hoje eu vestia uma camisa mais solta para não mostrar minha barriga e ter que me explicar logo de cara.

-Vamos lá gatinha, você vai arrasar -Tomei um tapa na bunda de Elana e voltei a minha realidade. Tentei manter minha postura cheia de confiança, mas minhas mãos estavam suando. Caminhos até a entrada e eu respirei fundo. Não demorou muito e a porta foi aberta por uma mulher de meia idade.

-Pois não? -Me deu um sorriso simpático e eu retribui.

-Sou Caroline. Caroline Biazin -No mesmo momento ela abriu um sorriso ainda maior e abriu a porta

-Entre! Eles estão esperando por vocês. - E antes que eu convidasse, os folgados já estavam entrando na casa.

-Caraca, você é riquinha pra caralho em!! -Ri do comentário de Victor

-Isso porque cê não viu a piscina lá fora -Calil rebateu e eu revirei os olhos

-Meus pais são ricos, eu não. -Me defendi
-É, mas viveu a infância inteira no bom e melhor, piranha -Thay rangiu os dentes

-Invejosos -Mostrei a língua, seguindo para a sala com toda calma do mundo. Meus passos eram pequenos e arrastados, eu queria prolongar o tempo em que veria o rosto de mais pais e que perderia o real significado da visita.

-Filha! -Minha mãe apareceu com os braços abertos e eu fui em sua direção. -Que roupa são essas? -Se afastou um pouco e eu suspirei.

-Roupas casuais -Forcei um sorriso

-Casuais? Vamos ao shopping amanhã mesmo! -Parecia indignada e eu tentei negar. Meus pais são muito escrotos, tinha esquecido totalmente dessa parte. Fui agarrar meu pai, um abraço forte e gostoso.

-Esses são Thay e Victor -Me afastei para apresentar os demais -Essa é elana e bem, calil vocês já conhecem -Apontei para eles que sorriam, tentando parecerem simpáticos ou bons os suficientes nos olhos de meu queridos e amáveis papais.

-É um prazer conhecer vocês! -Meu pai deu um sorrisão e minha mãe só conseguia analisar cada um. Sinto vergonha pelas caretas que ela acaba deixando escapar.

-Eu já sou de casa né tiozão? -Mexeu as sobrancelhas para meu pai e puxou a senhora de meia idade para seus braços -Olha minha vovó aqui! -Começou e encher a mulher de beijos, arrancando alguns risos.

-Ei! Pare com isso -Empurrei ele de leve

-Então Sarah, você pode levar eles até o quarto de hóspedes? Os acompanhe até lá, quero matar a saudade da pequena Biazin! -Meu pai era todo simpático com a mulher, que concordou e saiu dali nos braços da calil com todos agarrados neles. O mais velho bagunçou meus cabelos e me puxou para o sofá, enquanto sentava em sua poltrona.

-De onde tirou essa gente? -Minha mãe parecia furiosa, se aproximando

-Conheci através da Dayane -Falei coçando a garganta e tentando mudar de assunto

-Essa menina é má influência, já falei! -Ela rangiu os dentes e eu suspirei.

-Certo. -Concordei e desviei os olhos para meu pai.

-Deixa a menina, Rose. -Ele então me encarou e abriu um sorriso -Como é nova York? E as aulas? Me diga que vai ganhar muito dinheiro! -Seus olhos chegaram a brilhar. Isso me consome demais. Queria que eles perguntassem dos meus sonhos, da minha vida pessoal e adaptação. Mas não, eles queriam saber quanto eu ganharia numa faculdade boa.

-É legal. Você sabe, tem anos que vivo lá e não explorei metade do lugar. É lindo e sempre vivo -Tentei sorrir, mordendo meus lábios -Mas assim, estou exausta. Vou ver se os meninos estão precisando de algo e vou relaxar depois. Tudo bem? -Me levantei, observando meu velho concordar

-Sabe que sim, filha. -Concordou, me chamando com o dedo. Me aproximei e ele segurou minha mão, deixando um beijo ali -Suas malas vão ser colocadas mais tarde no seu quarto. Relaxe e desça mais tarde para a janta.

E foi nesse clima constrangedor e desconfortável que tivemos que nos engolir naquela noite.

•2 dias após.

Decidimos ir explorar a Suécia. Meus amigos estavam curiosos para conhecer o lugar e fazia tanto tempo que eu não andava por lá.

-Tem gatinhos por aqui em, acho que Dreicon vai se arrepender de não ter vindo -Elana abriu um sorriso malicioso, enquanto passávamos pelo campo cheio de garotos sarados sem camisa jogando basquete.

-Ei! Sou uma taurina muito fiel ok? -Cruzei os braços e eles riram.

-Fala sério, até eu trocava Thaylise por um daqueles! -Victor brincou, ajeitando o óculos escuros em seus olhos

-Ah é? Então vai ficar com eles! -Thaylise pisou fundo andando na frente e Victor saiu correndo atrás.

-Eu tava brincando amor! Não fica brava comigo, estamos na Suécia e eu não sou gay!!! -Ele estava na defensiva e se exaltando ao mesmo tempo.

-Idiotas! -Calil revirou os olhos, passando o braço por meu pescoço e bebendo seu suco de laranja -Quando seus irmãos vão chegar?

-É, quando vão? -Elana passou um braço por meu pescoço também e eu ri deles serem tão diretos.

-Ambos com interesse? -Sorri de canto e eles me olharam.

-Interesse? Nunca nem vi.

-Jamais amiga -Elana tocou o peito como se estivesse ofendida e eu dei risada.

-Suas vadias cínicas! -Bati na bunda deles e ri -Eles vão chegar hoje. -Concordei, enquanto deixava o ar invadir meus pulmões. É tão bom me sentir em casa de novo. Depois de tanto tempo longe, tantas memórias, eu me sinto eu de novo. Quer dizer, eu lembro de Dayane por aqui. Lembro da gente correndo pela calçada, brincando na praça, nos sujando de sorvete ou falando da nossa vida amorosa. Aqui fomos tudo, sem medo do futuro. Agora somos nada, sem hora para voltar.
Saí de meus pensamentos com meu celular vibrando. Pensei que era Dreicon, mas fui surpreendida.

-Falando de Biazin, olha quem tá ligando -Bati no ombro de Calil

-Para! Assim eu fico nervoso -Rio observando o nome de Rafael na tela -Vem Elana, vamos na frente! Depois conta tudo -Sairam correndo para acompanhar o casal lá na frente e eu ri, levando o celular até a orelha.

-Estava falando de você agora mesmo! Que saudade maninho. Já chegou? -Questionei interessada. Estava com tanta saudade dos meus irmãos. Tinhamos a vida corrida demais para nos encontrar. Eles viviam aqui, mas estavam sempre viajando a trabalho.

-Nem me fala maninha! -Rafael era sempre tão carinhoso -Já cheguei sim, inclusive, onde você tá?

-Estou perto da praça com os meninos. Eles estão comprando sorvete e tirando fotos. -Ri observando a cena desajeitada deles.

-Vão demorar muito? -Sua voz estava com uma pitada estranha.

-Não sei, por quê? -Meu coração acelerou, antes dele continuar

-Porque papai e mamãe estão furiosos. O que essa garota tá fazendo aqui sozinha? -Do que ele estava falando?

-Do que você tá falando? -Parei de andar e ele suspirou.

-Day está aqui.

Nesse exato momento eu congelei. O quê? O que Dayane estava fazendo aqui? Quer dizer, o que estava acontecendo? Como me encontrou e ainda veio até a casa de meus pais sabendo tudo o que estava acontecendo?
De repente eu precisava correr para casa e encontrar Dayane antes que ela fizesse a merda de falar o que não devia. E eu não ficaria surpresa, já que a mesma é craque em estragar com tudo.

you are my best part -dayrol (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora