C.B/P. O. V/ Capítulo 11
1° Dose pro meu coração despedaçado. Eu estava em silêncio e só ouvia os gritos da minha cabeça.
2° Dose pro meu amor perdido. Eu estava me sentindo covarde por não ter lutado pra ficar ao seu lado.
3° Dose pra playlist com as bandas favoritas dela que eu ainda tinha. A essa altura do campeonato eu só conseguia colocar as músicas daquela playlist e pensar no quanto eu amo ainda aquela mulher.
4° Dose. Não era mais no copo, era no gargalo. Eu sinto que preciso esquecer tudo de errado que eu fiz e que preciso preencher o vazio que eu tô sentindo, mas eu sei bem que esse vazio não vai se encher com bebida. Não por muito tempo.
Talvez eu já não saiba mais contar, não sei mais em que número parei e nem sei mais qual música tá tocando na playlist alta que toca no meu apartamento. Eu só continuo dedicando cada gota de álcool a uma merda que eu fiz e acredite, eu já estou bêbada porque eu já fiz muita merda. Eu já estava bêbada e chorosa, ouvi a campainha tocar só não levantei e ela tocou mais uma vez e eu continuei sentada. A campainha continuou tocando e eu estava ficando irritada com aquilo então eu fui pra área da piscina porque lá eu sabia que não iria ouvir mais nada, só não tinha imaginado que estava tão bêbada a ponto de cair na água gelada da piscina que inclusive tirou todo álcool do meu corpo.
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D.L/P. O. V/ Capítulo 11
Eu havia acabado de chegar da casa dos meus pais e sinceramente não só os meus pais, como aquele dia estava totalmente "estranho". A Carol havia saído um pouco apressada do nosso pequeno café da tarde e depois de ficar por um tempo após a saída dela eu fui pra casa dos meus pais. Eles estavam curiosos demais sobre a Carol, falavam sobre ela como se a conhecessem a tempos e eu não entendia aquilo e nem o motivo daquela curiosidade toda. Eu havia acabado de chegar na cobertura que era onde ficava o meu apartamento e o da Carol e quando eu fui chegando perto da porta dela ouvi uma música muito alta da minha banda favorita, mas a Carol havia me dito no café que não gostava daquela banda e que não conhecia aquela música, a única pessoa que conhecia essa música era a Biazin. Eu toquei a campainha porque me preocupei e ela não atendeu, não tinha como ela estar não em casa e então eu girei a maçaneta e a porta estava aberta.
Quando abri a porta vi o celular dela em cima da estante e fui em direção a ele, sei que é errado, mas algo me disse pra olhar. Peguei o celular e ele estava desbloqueado em uma playlist no Spotify, o nome da playlist era "Para a minha Valente" e eu não estava acreditando que tinha lido aquilo. A única pessoa que tinha uma playlist com esse nome era a Carol, a minha Carol. Continuei mexendo no celular dela e resolvi olhar a sua galeria e então eu vi um álbum de fotos com o as siglas "DNL" cliquei nele e então apareceu uma descrição.
Somente ela saberia a senha, ela me chamava disso todos os dias.
Então eu coloquei Valente como senha e então foi. Apareceram várias fotos minhas com a minha Carol, fotos nossas juntas, fotos minhas, fotos dela. Em algumas fotos nós estávamos nos beijando e em outras sorrindo uma pra outra, rodei por aquele álbum até achar a minha foto favorita
Me lembro bem que foi o Vitor quem tirou essa foto e nós tínhamos ido a praia com o nosso grupo de amigos pra acampar. Aquele foi o dia onde eu falei que amava ela pela primeira vez, ela já havia me dito várias vezes que me amava, mas eu nunca tinha conseguido ter coragem pra falar até aquele dia. Me lembro que estávamos caminhando e conversando sobre o céu, as estrelas, a lua e etc, era o cenário perfeito pra falar em palavras o que ela me fazia sentir e então eu falei "Carol, minha Valente. Eu te amo" a vi me olhar surpresa, senti sua boca macia na minha de forma quente e apaixonada, mas ainda sim calma.Ouvi barulhos de passos pararem na sala e então olhei em direção ao começo do corredor, a Carol estava ali com os cabelos molhados, parecia ter acabado de sair de um banho. Ela me olhava e pelo seu olhar eu podia a ver despedaçada assim como eu estava, larguei o celular dela no sofá e então passei a mão pelo meu cabelo.
Eu não sabia o que fazer, nem o que sentir e muito menos o que dizer. Eu só sabia que ela não era quem eu pensava, ela era na verdade a minha Carol e não me disse isso.
- Caroline Biazin... - Falei. Não estava acreditando naquela cena.
- Eu. - Ela falou como um sussurro e então abaixou a cabeça.
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\\ Back to You \\
FanfictionDayane de Lima Nunes após ter uma discussão com o pai acaba tendo um acidente. A mulher de 25 anos que é casada com Daniela Ferreira Nunes acaba sofrendo um dano em sua memória que a faz esquecer da própria esposa, mas a vida a faz conhecer Carol Bi...