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C.B/P. O. V/ Capítulo 16

Parar pra pensar e/ou imaginar que eu estaria com a Dayane na minha frente a anos atrás era uma tortura e uma loucura. Nunca achei e nem quis achar que ela estaria aqui e sempre tentei ao máximo ser uma pessoa nada otimista quando se tratava de algo que nos envolvesse pro futuro, no passado. Mas se existe uma tortura que eu nunca me incomodei de fazer foi lembrar. Percebi com o passar dos anos que eu sou uma pessoa feita de memórias e não uma pessoa feita de outras pessoas, sempre fui muito mais apegada as memórias que tenho do que com as pessoas que eu já tive em qualquer sentido e isso faz com que eu consiga lidar melhor com o fato de ver as pessoas indo embora, penso que pelo menos tenho um pedacinho dela ou dele na minha cabeça e eu fico bem em saber disso.

Já ouvi que eu sou doida e muito desapegada por pensar dessa forma, mas eu prefiro dizer que sou fascinada por momentos e não por quem os faz. Uma vez ouvi a seguinte frase; Nós somos feitos de pessoas que já nos apaixonamos.

E eu achei ela fofa e bem significativa porque concordo com essa ideia de que as pessoas por quem nos apaixonamos falam mais sobre nós do que nós pensamos, mas se fosse pra colocar ela na minha vida eu com certeza a mudaria para; Nós somos feitos de memórias que nos fizeram ficar apaixonadas. Isso fala muito mais sobre mim do que eu pensava.

E se fosse pra eu falar que as pessoas por quem me apaixono falam mais sobre mim do que eu penso, essa frase com certeza serviria pra eu dizer que eu sou louca porque me apaixono somente por pessoas loucas, e com pssoas loucas eu quero dizer; Dayane.

Nunca me apaixonei por outra pessoa que não fosse ela mesmo com a existência do meu antigo relacionamento com a Victória, eu nunca fui apaixonada por ela, eu gostava dela e paixão e um simples "gostar" tem grandes diferenças então a day continua sendo única e minha primeira em tudo.

- Carol no que tá pensando? - Levei um leve susto com aquela voz calma e meio rouca que eu tanto gostava de ouvir e então fui tirada dos meus pensamentos e não só recebida por aquela mulher perfeita, mas também por uma xícara de café preto e forte.

- Estava pensando em nós duas e em como é irônico ter você na minha casa - Falei sorrindo e pude ver sua expressão inocente e ao mesmo tempo apaixonada. Ela se sentou ao meu lado sorrindo como uma criança e eu tava me derretendo toda por dentro.

- Por quê isso parecia ser tão improvável pra você? Se lembra que fiz uma promessa não é? - Assento com a cabeça. Claro que eu me lembrava daquela promessa que fizemos deitadas no meu antigo quarto, quarto esse que tinha o cheiro dela por todo lugar - Então. Não sou de descumprir promessas Sra. Biazin. Eu prometi que eu sempre me traria de volta pra você e eu me trouxe.

- Eu sei e durante esses 5 anos longe de você era tudo que eu mais queria. Mas você estava casada e eu estava em um relacionamento com outra pessoa. Era meio difícil ter esperança disso com todos esses fatos - Quando falei que estava em um outro relacionamento vi seu olhar ficar meio triste e sua expressão mudar. Bendita boca viu Caroline.

- Se estava com outra pessoa por que terminou? E quando terminaram? - Deveria dizer que foi por culpa dela mesmo ou...?

- Terminei no dia em que fomos tomar café. Aquela pessoa no celular era ela e ela tava me pedindo pra vir até aqui porque ela queria me ver, eu contei pra ela que não dava pra continuar e ela entendeu e não apareceu mais por aqui e nem falou mais comigo, mas eu não a culpo. Ela sempre soube que eu nunca tinha esquecido você e parecia saber que um dia eu acabaria terminando o que tínhamos pra voltar pra você.

-- Se arrepende de ter terminado?

- Não. Eu tô bem com você e sei que ela deve estar bem também - Falei de forma neutra e à Day ainda parecia insegura com aquilo. Nunca achei que a veria tão frágil desse jeito, mas não quero ela de sinta assim.

- Se tá pensando que eu vou te largar e ir pra Victória eu já te aviso que essa possibilidade é inexistente. Eu te amo demais pra te deixar e se eu nunca quis te deixar ir até hoje mesmo sem ter você fisicamente não vai ser agora que eu vou pensar nessa possibilidade. - Falei e vi seu olhar se encontrar com o meu. Ela parecia envergonhada por saber que eu sabia o que ela estava pensando e parecia mais envergonhada ainda por ter percebido que aquele pensamento era bobo.

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