18

1.1K 97 6
                                    

C.B/P. O. V/ Capítulo 18

Depois de quase um mês fora daqui a minha mãe e meu pai vão voltar e eu vou poder apresentar a Day pra eles. Me sinto como uma adolescente de 16 anos indo apresentar o primeiro namorado para os pais e acredite, eu odeio isso. Não sei nem o motivo do meu nervosismo todo porque não é como se meus pais fossem me rejeitar por eu ser quem eu sou e por namorar a Day, quando falei pra eles que eu sou lésbica eles me aceitaram, ficaram felizes por mim e por saberem que eu já me reconhecia como sou e que eu estava apaixonada por alguém.

Eles chegaram a conhecer a Victória, mas por motivos estranhos minha mãe não foi muito com a cara dela e disse que logo eu estaria terminando com ela. Aprendi que boca de mãe é algo amaldiçoado porque ela estava certa, 1 mês depois da minha mãe e da Victória se conhecerem eu terminei com ela pra voltar aos braços da Day e não posso dizer que me arrependo.

Eu não sou namorada da Day, temos algo que eu não sei o que é já que não somos amigas e sabemos disso, mas também não somos ficantes porque nós nem ao menos nos beijamos alguma vez, então somos algo que eu não sei ainda e espero saber um dia.

- Caroline você tá me escutando? - Minha mãe me tirou dos meus pensamentos com um tom meio bravo porque eu não tava prestando atenção no que ela falava e eu aprendi que minha mãe odeia isso.

- Desculpa mãe, tava distraida pensando... - Falei e então obviamente voltei a prestar atenção na minha mãe.

Estávamos no meu apartamento, pra ser mais exata na cozinha. Era quinta-feira e eu tinha trabalhado duas semanas inteiras só pra ter o final de semana só de folga e aproveitar o tempo que eu tinha com meus pais e como a Day tá de folga hoje(Na verdade ela fica de folga quando ela quer porque ela é a dona da Gravadora), eu resolvi chamar ela pra almoçar comigo e com meus pais. Minha mãe tava fazendo lasanha e eu tava ajudando ela na cozinha e enquanto só tinha eu e ela em casa estávamos conversando.

- Estava pensando na Dayane pra ser mais exata não é? - Minha mãe perguntou com um pequeno sorriso debochado no rosto e eu assenti sorrindo também igual boba.

- Sim, era nela mesmo. Estava pensando nisso que eu e ela estamos tendo, seja lá o que isso for.

- Como assim?

- É que eu e a Day estamos em algo que eu não sei o que é. Não somos namoradas, não temos uma aliança e nem ao menos nos beijamos. Dizer que somos amigas é puro exagero já que eu e ela nos olhamos de um jeito que não tem nenhum tipo de amizade e falar que somos somente ex namorada de ensino médio uma da outra é algo totalmente estranho porque estamos "juntas" atualmente pra talvez voltar no futuro e esse futuro não tem nem data - Falei dando ênfase às aspas no "juntas" e meio impaciente com aquilo tudo, e vendo a cara da minha mãe que demonstrava que ela queria rir.

- Caroline você precisa parar de pensar nessas coisas, vocês duas estão juntas de um jeito ou de outro e não é isso que importa? - Minha mãe falou e sim ela estava certa. O que importava mesmo era a Day estar comigo, ao meu lado e quando eu precisasse, mas ainda sim ela não tá comigo como eu queria.

- Sim, estamos, e eu fico feliz de ter ela ao meu lado vendo filmes, saindo comigo e etc. Mas ainda sim não tenho ela da forma que eu queria, queria poder chamar ela de amor, beijar ela, dizer que eu amo ela e ver que ela entendeu em que sentido de amor eu me refiro. Não quero ela me tratando como uma amiga porque é assim que ela me trata e eu não quero ser só amiga dela, nunca quis - Falei ainda impaciente. Sério, aquilo já tava me matando. Ficar perto da Day é nem ao menos poder beijar ela é simplesmente um teste de resistência que fica ainda pior quando ela dorme na minha casa e inventa de dormir de concha comigo. Eu sinto o calor dela, sinto ela nas minhas costas e chego a querer sair da minha própria cama só pra não ficar sendo tentada a beijar ela e transar a noite toda.

- Se você se sente dessa forma e acha que é a hora em que vocês podem dar mais um passo conversa com ela. Mesmo que eu não conheça tanto a Day eu acho que ela quer que você dê o primeiro passo de ao menos admitir que vocês não podem ser somente amigas - Minha mãe estava me aconselhando em relação a Day e eu que não seria burra de não seguir os conselhos dela.

- Acha que eu devia ir conversar com ela agora? - Perguntei mordendo o lábio de baixo da boca simplesmente por nervosismo.

- Se você se sentir bem o suficiente pra isso não existe motivo pra deixar para depois - Minha mãe respondeu com aquele sorriso gentil que ela sempre me dava quando via que eu ia fazer algo que queria muito e então sem dizer nada eu a abracei e sai em direção a casa da Day. Que o universo faça essa conversa dar certo.

\\ Back to You \\ Onde histórias criam vida. Descubra agora