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D.L/P. O. V/ Capítulo 13

Faz 2 semanas que eu só tenho saído pra ir trabalhar, depois do trabalho eu vou pra um bar e bebo o que eu achar de mais forte ou de mais caro, chego em casa bêbada e de madrugada. Entro, tiro os sapatos e vou pra cama. Sinceramente não me imaginava nessa cena a muitos anos e agora essa é a única cena que eu tenho tido prazer em fazer todos os dias. Eu pensei bem em tudo que envolve a Carol, tomei uma decisão e só não fui a por em prática por medo, não sirvo pra ser decepcionada e não quero ser decepcionada, eu amo ela e não sei se ela me ama. Eu quero ela e não sei se ela me quer, mas também não tenho tido a menor coragem pra ir perguntar isso. Nessas duas semanas eu juro que tentei durante muitas horas esquecer a Carol, tentei até me convencer que ela foi só um romance besta de ensino médio e que não deveríamos ter mais nada só que é difícil me convencer disso quando eu vejo nos olhos dela que ela me ama e eu sinto que cada parte do meu corpo só quer ela. É no máximo do máximo idiotice dizer que não temos mais nenhum vínculo.

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Eu tinha acabado de chegar do bar e não estava totalmente bêbada, mas falar que sobriedade iria ser a palavra que serviria pra mim naquele momento era exagero até demais.

Estava no corredor do meu apartamento, que inclusive, fica ao lado do apartamento da Carol. Na mesma hora eu quis bater na porta dela e dizer tudo que tava preso e acredite; Eu já estava batendo na porta dela pra dizer tudo que estava preso. Eu tava bêbada, eu não penso quando tô bêbada, na verdade eu não penso quando vou fazer alguma coisa eu simplesmente faço.

Ela abriu a porta e havia um misto de confusão e surpresa estampada em seu rosto. Ela estava linda, como sempre, vestia um moletom azul claro e estava com os cabelos presos em um coque solto que deixava alguns de seus cachos escaparem, seu rosto estava sem maquiagem e ela cheirava a amêndoa. Porra que mulher.

- O que tá fazendo aqui? - Ela perguntou totalmente perdida em me ver alí na porta dela e eu sinceramente entendo o susto dela. Quem imaginaria que eu estaria aqui querendo voltar pra um relacionamento que não fui eu que terminei? Mas o que eu não faço por sentir que amo alguém não é mesmo?!

- Carol. Carol eu tô bêbada, mas eu preciso muito. Muito. Muito falar com você enquanto eu ainda tô assim, se eu falar sem isso eu não vou nem falar e aí vou continuar sentindo a sua falta, chamando seu nome de noite e te imaginando em cima de mim me beijando então por favorzinho escuta eu. - Falei com a voz arrastada e pedi "Por favorzinho" Juntando as mãos. Quando eu ficava bêbada e carente perto da Carol ela sempre ria da minha cara e ficava puta comigo ao mesmo tempo, isso significa que ela me batia dizendo que me amava e eu sempre gostei disso. Só espero que ela não tenha mudado tudo isso nesses anos.

- Carol. Eu te amo. Porra eu te amo muito. Eu quero esquecer que você sumiu, eu quero esquecer tudo. Tudo tudo tudo que você fez ou que eu fiz. Eu quero você, eu preciso de você, preciso recomeçar com você, preciso te conhecer de novo simplesmente porque eu sinto que não te conheço mais e eu sei que sente o mesmo então será que podemos recomeçar? Podemos sair, jantar, ver filmes e tudo, eu posso tentar ser só sua amiga e eu posso ser sua namorada. E-Eu só preciso de você Carol, por favor, por favor não me recusa - Sim. Eu estava implorando por isso. Sim, eu bêbada sou um desastre. Sim, eu não vou me arrepender disso quando acordar no outro dia e eu sei disso, mesmo que eu tente negar a todo segundo da minha vida.

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