A volta

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-Estou feliz por está voltando para casa-Mamãe diz por enquanto que estaciona o seu Chevrolet Spin preto. 

-eu imagino-resmungo tirando o cinto de segurança. 

Mamãe realmente parece feliz com a minha presença, porém não me sinto confortável voltando para a minha própria casa depois de quatro anos. 

Olho para mamãe que tem lindos cabelos dourados com cachos perfeito, pele rosada e o rosto com algumas sardas.Ela parece apreensiva.

 Olho para a casa enorme de vidro e suspiro frustrada por não ter lembranças da minha adolescência. 

 A "casa" é de três andares. A varanda tem dois bancos branco e vasos de flores por todas as partes.Há um jardim na frente da casa.Pelo visto a minha mãe gosta de flores.    

 Começo a suar frio. Não tenho a minima ideia como agir naturalmente com tudo isso.  Mamãe  fica em silêncio me observando.Ela parece mais nervosa do que eu. Abro a porta do carro e saio levando o livro que li durante a viagem. Mamãe abre o porta-malas e me ajuda a tirar a minha mala. 

Respiro fundo e caminho até a entrada da casa puxando a minha mala de rodinhas. Ao chegar na varanda olho para trás apreensiva e mamãe fazer um sinal para que eu continue. As minhas pernas tremem e as minhas mãos também. Antes de abrir a porta fico andando pela varanda de um lado para o outro. 

-Vamos, querida.Entre.

Antes que eu gire a maçaneta um senhora abre a porta e a reconheço.É Olivia.Ela vem em 15 em 15 dias fazer uma geral em casa. 

  -você não é mais uma garotinha.Cresceu e está tão diferente.  

Me puxa para um abraço e eu apenas fico imóvel por enquanto que ela me abraça. 

- entre-abre a porta.  

Entro em a casa logo atrás mamãe  entra.  Ao passa pela porta entramos na sala de estar que é bem grande. Todas as paredes da casa é de vidro.A luz do Sol ilumina toda a casa. A sala de estar é bem neutra .A decoração das estantes são artesanal e bem feitas. Os sofás  e as almofadas  são tudo bordados a mão.É um ambiente agradável.  Noto incenso por todos os lados, assim como tem flores e vasos de plantas. Não há TV ou qualquer tipo de tecnologia. 

 -como você está?  

  -estou bem. 

 A acompanho até os dois ernomes sofás.Logo me sento.

 -A viagem foi cansativa

 -Não muito.Mãe, cadê o papai? 

-estar ao telefone-aponta para o corredor onde tem o escritório dele no fundo. 

Não me surpreendo com a resposta, Pois não sei qual foi a última vez que meu pai não estava trabalhando ou treinando. O meu pai é um homem que vive em seu próprio mundo. Depois da guerra no Iraque  se privou de tudo.

 A minha mãe é uma mulher solitária e depressiva. Meu pai mal troca uma palavra com alguém que não seja um soldado. Às  vezes ele nos trata como se fosse um dos seus homens no campo de batalha. Pelo menos era assim há quatro anos quando eu tinha 14 anos.Pelo visto ele não mudou nada.Deve ter piorado. 

-o que acha de um refresco e depois um banho de sol?-Mamãe sorri. 

-mãe, eu vou para o meu quarto.

 -eu te acompanho. 

Não sei explicar, mas me sinto um alien dentro da minha própria casa. 

percorremos um corredor até que subimos uma escada para o segundo andar.Atravessamos um corredor até que a minha mãe me guia até o final dele. A minha mãe deve achar que eu não sei onde é meu quarto. Entro no meu quarto e fico surpresa com a organização e por ver tudo do jeito que deixei. As paredes dele é completamente de vidro, mas em algumas partes tem cortinas. Tem uma cama grande de casal, uma escrivaninha com todos os potes de lapis e folhas que usava na época.O meu guarda-roupa continua cheio de adesivos que colei aleatoriamente.Há prateleiras e pilhas de livros no chão e também sorrio ao ver os quadros que pintei tudo enfileirados no canto do quarto. Tenho uma linda visão  das montanhas.A luz do Sol entra pelas paredes e ilumina todo o meu  quarto. 

Até o meu último suspiroOnde histórias criam vida. Descubra agora