Eu deixei a Molly sair por aquela porta sem ao menos tentar faze-la ficar. Eu não tenho mais esse direito.Na verdade nunca tive e não quero ter.Não quero que ela pare tudo para esperar por mim.Molly é jovem e é a garota mais incrível que eu já conheci.Jamais faria ela esperar tanto tempo por mim.Ela precisa de alguém que esteja ao seu lado.Alguém que a veja acordar e a faça sorrir e não de um fuzileiro naval que vai estar fora por dois anos.Eu sei que ela não vai suportar essa situação, ou melhor eu não vou suportar.
Eu a amo e não tenho dúvidas disso, mas lutei muito tempo para conseguir chegar onde cheguei e agora estou tendo oportunidade.Trabalhei duro para ser reconhecido. Eu não posso simplesmente jogar tudo pelos ares.O meu esforço nesse anos e as vezes que arrisquei minha vida em meio a tanta desgraça não pode ir pelos ares.
Eu amo a Molly e não quero coloca-la em uma posição onde ela me receba em um caixão. Se for para deixa-la..que seja vivo e não quando eu estiver de baixo da terra.Não quero faze-la sofrer ainda mais. Nesse dois anos eu nem tenho certeza se vou voltar para casa vivo ou com uma bala do peito. Por mais que Molly esteja magoada e até mesmo com raiva de mim...um dia ela vai entender que tudo isso que estou fazendo é o melhor.Deixa-la ir é uma decisão difícil, mas muitas vezes a razão tem que passar por cima das emoções.
Estou abrindo mão do amor da minha vida pela minha carreira.Estou abrindo mão para que ela não sofra ainda mais.
Estaciono a minha picape em frente a casa do meu pai e então suspiro antes de me arrastar para fora. Assim que abro a porta da sala vejo meu pai sentado na escada lendo o jornal.Ele tem costume de ficar sentado na escada.
-Meu garoto finalmente conseguiu o que queria-diz meu pai todo animado ainda com os olhos no jornal.
Ele sabe sobre a minha missão.
Eu continuo em silêncio.
Meu pai levantar e sorri.
-meus parabéns filho!
Bruce estreita os olhos quando me ver parado feito uma estátua.
-você está bem, meu filho?
Continuo olhando para ele.
Eu não sei como contar ou reagir.A minha cabeça está tão confusa.
-Dylan
-eu a deixei-as minhas pernas ficam tão fracas que caio de joelhos.
Meu pai franzi a testa e parece mais confuso do que eu.
-você o que?
-eu terminei tudo com a Molly, pai.
Meu pai me olha surpreso.Bom, ele não esperava por isso.Pois ele mesmo sabe do meu amor por Molly.
-mas você a ama! Você acha que vale a pena esse sacrifício?
Sinto as lágrimas escorrem pelo meu rosto.A coisa mais rara é me fazer chorar.Só chorei duas vezes na minha vida.Pela minha mãe e agora pela Molly. O meu pai nunca me viu chorar.Eu nunca permitir que ele visse, mas agora eu estou...
Sinto que pedir uma das guerras mais difícil da minha vida.
Sinto o abraço do meu pai.Não me incômodo em ele me ver chorar ou triste por uma mulher.
Eu tento não chorar mais e quando meu pai me solta querendo conversar decido ir embora.pois preciso ficar sozinho.
Quatro dias? Quatros dias foram realmente um inferno.Eu dormi mal, me alimentei mal e me neguei ver qualquer pessoa que fosse.Quebrei quase toda a minha casa e tentei ocupar a mente, mas foi impossível sabendo que Molly estava na mesma cidade e em algum lugar magoada comigo. Me neguei a buscar Giovanna na faculdade.Me neguei a sair de casa e saber que deixei Molly.A minha ficha ainda não havia caído totalmente e tentei o máximo para ignorar tudo isso.
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Até o meu último suspiro
RomanceMolly completou 14 anos e é mandada para um convento contra a sua vontade e passa praticamente toda a sua adolescência lá.Ao completar 18 anos finalmente volta para casa para poder começar a faculdade. Dominic o irmão mais velho da Molly ao 18 anos...