a despedida

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Eu estou tão eufórica que mal consigo dormir.A minha alma solta fogos de artificios. Eu simplesmente não consigo parar de sorrir quando entro no meu quarto e me jogo na minha cama. 

Há alguns minutos a minha mãe me pegou o fraga.Eu ainda sinto um pouco de medo que ela conte ao meu pai.Mamãe é religiosa, porém não tão autoritária como meu pai.Eu convenci ela a não contar nada.Mas o que me doeu e me deixou com a consciência pesada foi mentir para a minha mãe.O simples fato de mentir já me deixa mal.Talvez seja pelo tempo que passei no convento.Se as irmãs me visse agora com certeza eu  seria punida e teria que me confessar além de fazer algumas rezas pelo menos dez vezes. Mamãe pareceu convencida quando eu mentir sobre está com as meninas do meu time de vôlei.Pelo menos ela acreditou, pois sabe que sou a capitã. Tive que fazer um enorme esforço para não sorrir de orelha a orelha e minha mãe perceber. Mamãe me deu um pequeno sermão sobre eu ter me molhado.Ela não quer que eu fique doente.A minha mãe me deu um beijo de boa noite e me mandou subir para tirar o vestido molhado.

 Eu estou feliz.É notável, mas um lado meu sabe o quanto vai ser duro ver Dylan e Dominic indo para uma missão da qual mal sabemos se eles voltam. Eu não quero pensar nisso.Só quero ficar deitada pensando o quanto foi bom beijar Dylan. Eu só sinto muito que nosso beijo foi acontecer justo um dia antes dele partir. 

Tomo um rápido banho e coloco o meu pijama.Quando me jogo na cama eu ainda estou sorrindo. É ótimo sentir como estou me sentindo.É ótimo saber que é recíproco.Só espero nunca mais acordar desse sonho. 

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Acordo com a luz do sol invadindo as paredes de vidro do meu quarto.Esfregão as mãos nos olhos e logo me sento na cama para ver a hora.O relógio marca 07:09.Corro para o banheiro e começo a fazer minha higiene pessoal. Me visto correndo, pois tenho que levar Dominic no aeroporto com a mamãe. Eu pensei que fosse acordar radiante, mas isso não aconteceu.Eu estou triste por meu irmão mais uma vez está se despedindo de mim e eu mal saber se vou vê-lo. Eu só queria que Dom ficasse mais um pouco.Ele ficou apenas três semanas.Eu não via o meu irmão há quatro anos e percebi que nessas três semanas a gente não passou tanto tempo junto.As vezes me sinto egoísta por só pensar o quanto meus pais me pressionam e não olhar em volta.

 Assim que desço encontro Dom tomando café.Mamãe estava já com os olhos inchados e cheios de lágrimas.Dom mal saio pela porta ou menos chegou no aeroporto e mamãe já está toda chorona.

 Eu e Dom conversamos e rimos lembrando de alguns momentos que vivemos juntos.Eu falo da minha mãe, mas estou segurando as lágrimas e me segurando para agarrar o Dom e implorar que ele não vá e fique em casa como todo irmão mais velho. Eu tenho orgulho do fuzileiro que Dominic, mas eu preferia que ele tivesse um trabalho mais local e comum.Dom devia ter saído de casa para morar no sozinho e não sair de casa para missões que talvez ele não sobreviva.

 O meu pai acordou de mau humor e muito bravo mesmo.Ele não sentou a mesa para tomar café.Mamãe me conta que quando Dominic  voltar para o seu serviço militar o meu pai se fecha para o mundo e fica de mau humor.Esse é o jeito do meu pai desmostrar o quanto ele está preocupado com Dom. 

Ao entrarmos no carro mamãe novamente chora e mais uma vez Dom tem que acalma-la por enquanto que diz que vai ficar tudo bem e que vai voltar para casa.Eu pergunto ao Dom se toda vez à mamãe chora assim e ele diz que sim.A primeira vez quando ele se alistou foi bem pior. 

O caminho até o aeroporto é tranquilo e com um gosto de nostalgia. Assim que chegamos no aeroporto Dominic fica esperando na entrada por Jessie.Eu e mamãe ficamos sentadas conversando e observando as pessoas  passando. Meu coração parece que vai sair pela boca.Eu estou tentando não chorar ou surtar.Estou super ansiosa e nervosa. 

Até o meu último suspiroOnde histórias criam vida. Descubra agora