•11• Kōlpōyina

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° Aviso °
Nesse capítulo é abordado uso de drogas e bebidas alcoólicas pelos personagens, além de cenas de sexo explícito. Como dito nós avisos sobre a história, não recomendado para menores de 16.

Boa leitura, e não se esqueçam de votar e comentar 💜



Jungkook

Pensar em como eu achava que minha vida séria depois de voltar para aquela cidade e de como ela tinha realmente se tornado, me fazia quase rir. Enquanto no primeiro dia a única coisa que eu pensava era em não encontrar, depois em não me aproximar, de Tae e Jimin. Agora, depois de meses, eu saia e conversava com eles literalmente todos os dias. E poucas vezes na vida estive tão feliz.

Também não imaginava que ia descobrir e conviver com tantas coisas diferente. O jeito que eles tratavam, protegiam e acolhiam um ao outro era algo que eu nunca tinha presenciado em amizade antes. E me assustava as vezes, tanto afeto e cuidado assim. Acho que eu só não era tão acostumado. Mas ver como todos eles aceitaram Taehyung quando ele saiu do armário, com naturalidade e sempre falando que iam estar ali para qualquer coisa, me fez tão bem, sabe? Eu sempre tive na minha cabeça que aquele tipo de coisa era uma confusão enorme e eles fizeram parecer tão... simples.

Isso aconteceu um dia depois de eu saber, no dormingo, quando a gente comia batata frita e bebia cerveja no posto de sempre. Já na noite anterior, quando ele contou pra mim, foi um pouco diferente, eu precisei de algumas explicações sobre gêneros e sexualidade, e apesar de me sentir um pouco burro de mais e ter medo de ser indelicado sobre alguma coisa acabou tudo certo.

Tae, Hobi e Jimin explicavam de um jeito simples e não pareceram incomodados com minha ignorância, ao contrário de mim, que depois daquele dia decidi pesquisar mais coisas por conta própria, tentando deixar minha birra com aquele assunto de lado.

No dia seguinte, depois que todos já sabiam, Taehyung voltou para a casa com o irmão, e percebi o jeito como eles dois e Jimin ficaram nervosos com isso, então quando estava voltando pra casa de carona com park perguntei o porquê e então fiquei preocupado também.

Segundo ele, os pais de Tae não sabiam de tudo ainda, ele estava voltando pra casa para ter a conversa, e então senti o medo de que toda a confusão que eu associava para essas situações acontecesse para ele nos próprios dias, quebrando toda aquela beleza de aceitação que eu tinha presenciado com nossos amigos. Aquilo tomou conta de mim, e eu tive medo pelo meu amigo de infância.

Esse medo aumentou quando ele e Seokjin pararam de responder mensagens de todos nós, pelo resto da noite inteira, fazendo minha mente girar em preocupação até o dia seguinte, onde encontrei todos os meninos — menos Tae — na parte de trás do colégio, onde matamos aula juntos uma vez na semana passada. Ficava no estacionamento, onde tinha um palaque no meio parede, no formato de uma caixa, com grades na parte aberta. Passávamos por de baixo dela e ficávamos sentados dentro daquele cubículo rindo e, algumas vezes, fumando. Era escondido e ao ar livre, ou seja, o melhor lugar para não pegarem a gente.

Mas diferente do clima animado e descontraído que sempre nos cercava, daquela vez eu só senti a tensão e preocupação pairando no ar.

Yoongi e Namjoon estavam sentados um do lado do outro na parede de frente ao estacionamento, conversando entre si e tentando se distrair com outro assunto, Hoseok em uma das paredes da ponta mechendo no celular com uma cara de quem não tinha dormido a semanas, e Jimin na parede oposta com a cabeça encostada na grade mais baixa, olhando para o nada.

Sento ao seu lado depois de dar oi para todo mundo, colocando minha mochila entre as pernas e virando para ele, cutucando sua costela para chamar sua atenção como ele sempre fez comigo, num intuito de o passar algo bom do mesmo jeito que acontecia comigo.

Fuja Para As Estrelas ||| Jjk + Pjm Onde histórias criam vida. Descubra agora