Nervosismo

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- Dalila... Foi nessa época mesmo. Pode não contar pra ninguém por favor? Não quero que chegue no Lucas, ele acha que eu nunca gostei dele, quero que continue assim. - Falei apoiando minha cabeça no encosto da poltrona.

- Pretende contar? - Ela perguntou jogando sua atenção sobre mim.

- Pra falar a verdade, eu não sei, vou esperar o desenrolar da história e então, veremos. - Respondi dando um suspiro e Dalila apenas assentiu.

[...]

Depois dessa conversa insana que eu e Dalila tivemos, acabei pegando no sono por conta do soro e pelo jeito, ela também. Era oito e pouco da noite, quando finalmente a enfermeira veio falar com a gente, ela disse que eu poderia ir embora, estava liberada e foi exatamente isso que me deu empolgação, não via a hora de chegar em casa.

- Finalmente eu fui liberada, não aguentava mais ficar sentada. - Falei enquanto saíamos do hospital.

- Sim, ainda que eu conseguia levantar e andar pelo quarto, mas mesmo assim, cansa muito. Vamos chamar um táxi ou vamos ligar pro Lucas, ele falou que quando terminasse, era pra ligar pra ele. - Dalila falou parando na frente do hospital.

- Ele falou isso mesmo? - Perguntei com os olhos arregalados.

- Sim... Por mais que pode ser louco, ele falou isso. - Ela respondeu rindo.

- Acho que a gente deveria chamar um táxi, não quero perturbar ele de mais, já nao basta no set. - Disse simples.

- Tá bom né, fazer o quê.

Dalila chamou um táxi e ficamos esperando alguns minutos até ele chegar. Passou uns 10 minutos e ele chegou.

Fomos embora e o táxi parou em casa, Dalila não iria descer, até porquê amanhã a gente grava e só essa brincadeira de ir no hospital, cansamos muito.

•••

Algumas semanas depois....

Hoje seria a primeira entrevista que eu e o Lucas teríamos depois que começamos a " namorar ", confesso, eu estava ansiosa e pra piorar não tinha comprado sequer alguma roupa.
Meus avós pareciam que tinham se mudado para Fort Lauderdale, estávamos nos falando por mensagens, tinha alguma coisa estranha, eu sei...

- Se quiser, eu posso ir com o meu carro, a gente se encontra lá. - Falei para Lucas enquanto andávamos para a saída do estúdio.

- Não Amy, tá tranquilo, eu passo lá.

Veremos... Fui pra casa e eram 17:00, por sorte não tinha mais cenas para gravar hoje. A entrevista estava marcada para as 20:00, teria um tempo bom para se arrumar.

Cheguei em casa e fui direto para o banho, David provavelmente estava chegando e eu devia ir rápido.

Passaram-se 30 minutos depois que saí do banho e David chegou.


Por sorte eu tinha um vestido verde que tinha comprado quando viajei para Las Vegas, ele seria ótimo para ir, não era muito formal e também era sexy ao mesmo tempo.

Por sorte eu tinha um vestido verde que tinha comprado quando viajei para Las Vegas, ele seria ótimo para ir, não era muito formal e também era sexy ao mesmo tempo

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O sapato que eu iria é um da Gucci, tinha ganhado de aniversário da minha mãe, era " simples " e ousado, seria ótimo.

O sapato que eu iria é um da Gucci, tinha ganhado de aniversário da minha mãe, era " simples " e ousado, seria ótimo

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David tinha alisado meu cabelo e a maquiagem foi em tons nude, não queria chamar muita atenção.

- Prontinha! - David falou alterando um pouco sua voz.

Me olhei no espelho e estava magnífica, melhor não poderia estar, passei um dos meus perfumes prediletos e esperei Lucas, só que de um jeito diferente: NO MEU CARRO.

Não demorou muito, ele chegou, estava dentro do meu carro, por isso Lucas passou reto e não me viu.

- Ei! - Chamei - o fazendo parar no meio do caminho. - Vêm, vamos com o meu carro.

- Como assim Amy? A gente tinha combinado de ir no meu carro. - Ele respondeu vindo até eu.

- Sim, eu sei, mas eu sabia que você não iria querer ir com o meu. Guarda o seu carro na minha garagem, temos que ir. - Disse olhando meu celular.

Lucas revirou os olhos e entrou em seu carro, ele guardou dentro da minha garagem e veio até a janela do motorista, onde eu estava sentada.

- Então dá licença pra mim entrar. - Ele falou sendo óbvio.

- O quê? Não, eu vou dirigindo. - Falei arquiando minhas sobrancelhas.

- Achei que eram os cavalheiros quem dirigiam. - Lucas falou olhando para o seu lado direito.

- Uma mulher também pode ser uma cavalheira. - Respondi e ele entrou no carro revirando os olhos.

Dei partida no carro e fomos, não tinha ligado a música e por algum milagre Lucas também não.

- O céu é lindo né? - Ele perguntou olhando para o céu.

- Sim, eu também acho, mas eu também sou linda. - Falei piscando meu olho e o mesmo olhou sarcástico para mim.

- É você é linda, inclusive hoje está mais bonita ainda, só que olha essa noite... - Lucas falou sem tirar os olhos do céu.

- Obrigado. - Respondi simples.

- Amy... - Ele falou jogando sua atenção sobre mim depois de alguns segundos em silêncio.

- Sim? - Respondi olhando para ele.

- Posso te falar uma coisa? - Ele perguntou e eu olhei para ele com os olhos arregalados.

- Claro que pode.

- Meus pais querem te conhecer... - Lucas falou e eu levei um susto grande, o suficiente para brecar com tudo, sorte que não tinha mais nenhum carro atrás. - Amy! Tá louca?

- Como assim Lucas? - Perguntei sem me preocupar com a brecada repentina.

- Sim, meus pais querem te conhecer, depois que a gente terminar de gravar a quarta temporada. - Ele disse simples. - Pode ligar o carro de novo e irmos?

- A gente só tem algumas semanas de namoro.

- É que eu falei para os meus pais que a gente estava namorando fazia oito semanas. - Lucas falou arrumando o seu terno, ou melhor, fingindo.

- Lucas! Dois meses! É muito tempo! Meu Deus. - Dei partida novamente no carro e saímos.

- Fica calma, tenta levar isso da maneira mais simples que tiver, é sério. - Lucas falou tentando me acalmar.

- Tá... Calma... Respira... Tá tudo certo. - Falei pra mim mesma. - To bem!

- Mesmo?

- Sim! - Mentira.

Finalmente havíamos chegado, eu e Lucas entramos e fomos para o camarim aguardar a entrevistadora do programa de TV nos chamar. Fui direto para a água e bebi dois copos, precisava me acalmar para entrar no palco.

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