Tornar-se um mera moeda de troca não estava nos planos de Sakura, ainda mas pelas mãos de alguém tão próximo à ela, entrar naquele esquema cruel e doentio do tráfico foi tão inesperado quanto ouvir aqueles lances direcionados a si... tudo tão aterro...
"- Decepção é um sentimento capaz de fazer uma pessoa mudar pra caramba!
- Sakura Haruno.
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Grene, Dinamarca
Dias antes...
Ganhar aquela bolsa de estudos sempre esteve nos sonhos de Sakura, fazer gastronomia não envolvia apenas ser viciada em doces, era uma paixão. E aquele seria outro dia normal após a aula onde ela visitava a Cafeteria Vale e tomava seu café; mas não, a visita inesperada daquele homem que não via a meses havia vindo para bagunçar toda sua rotina e sua vida.
Seu pai sempre teve problema com apostas e bebidas, um Alcoólatra de carteirinha, por isso não era tão surpreendente quando ele desaparecia. Mas dessa vez o homem sentado a sua frente tinha outros planos e sua lábia não enganava Sakura, apesar de jamais imaginar quais seus reais planos.
- Sinto muito, datter...
Foram as últimas palavras que ouvirá antes de ser abordada por mais três homens que à jogaram num furgão preto. Mesmo relutante e agressiva Sakura foi amordaçada e amarrada, tentava se soltar e esperneiava na intenção de sair mas um soco certeiro a fez ficar tonta e parar seus movimentos.
- Mio Dio, che bella creatura... - uma voz asquerosa zombou, Sakura sentiu a mão dele em seu queixo mas não teve coragem de encará-lo, só sentiu as lágrimas insistirem em descer. - Me diga, como uma criatura tão belíssima estava escondida num buraco como esse? - ele sorriu quando a viu tremer e abrir os olhos que ele admirou serem de um verde intenso - Bem que seu pai mencionou que seus olhos eram encantavéis, ele não mentiu..
- Indra, estamos chegando no aeroporto.. e eu queria te pedir um favor.. - o Otsutsuki encarou Hidan sentado num canto - Quero que ela se apresente no leilão, sabe que isso vai despertar ainda mais interesse nos compradores, eles vão ver que eu consigo encontrar garotas extraordinárias e vão me dar ainda mais crédito.
- Ela não está a venda, ela é o pagamento da dívida, não ouse...
- É claro, mas não esqueça de que fui eu quem a conseguiu pra você.. me deve essa! Pode ficar tranquilo, será só exibição..
Sakura escutava aquela conversa em silêncio, não queria levar outro soco mas ficou inquieta novamente quando um dos homens se aproximou com uma seringa em sua mão.
- Fica calma, princesa.. isto só vai relaxar você!
Não conseguiu impedir, suas pálpebras ficaram pesadas e, então, ela apagou. Quando acordou teve certeza de que já havia se passado alguns dias, um ou dois pelo menos, ela estava numa poltrona mas assim que despertou ainda grogue pelo efeito dos soníferos, ou seja lá o que eram aquilo. Escutava os murmúrios ao redor e observava mulheres na mesma situação que ela, sonolentas e infelizes, o tempo passava e a sala em que estava ia ficando cada vez mais solitária, Sakura investigou meios de fugir dali mas era impossível, só havia uma porta e um brutamontes estava encarregado de guardá-la.
- É a sua vez... - um homem pouco velho se aproximou, em sua mão uma corrente de ouro e na extremidade, uma coleira. Sakura arregalou os olhos e sem ter forças para lutar permitiu que ele colocasse aquela coleira em seu pescoço. Se sentiu como um objeto ou pior, um animal enjaulado.
Antes que passassem pela porta o mesmo homem colocou um pano semelhante à um véu sob sua cabeça, escondendo seu rosto. Foi guiada para um outro espaço completamente iluminado, foi onde encontrou espelhos e mais espelhos, pareciam ser pequenos quartos. Sentia-se observada mas não conseguia identificar ninguém mas após poucos segundos uma voz família começava a dar informações, informações sobre ela. Foi então que caiu em si, estava sendo leiloada como um objeto, como um troféu.
Se sentiu vazia, suja. Estava com medo e não havia nada que pudesse fazer para evitar, só queria que tudo aquilo acabasse. Só queria que tudo não passasse de um pesadelo ruim...
[...]
- Eu não vou aceitar isto! Esse não era o nosso trato!
- Indra estamos falando de mais de um bilhão de euros - Hidan tentou contornar a situação, sabia que Indra Otsutsuki não aceitaria tão fácil saber que a garota que ele havia comprado agora pertencia a outra pessoa. - Você teria dinheiro pra comprar mais cinco garotas daqui, sei que ela é bonita e virgem mas não vale tudo isso!
- Isso não se trata apenas de dinheiro, Hidan. Madara sabia que eu a tinha, fez isto apenas por ego, ele gosta de roubar tudo o que eu tenho.
- Meu amigo.. eu sinto muito, mas sabe que é uma oferta que não dá pra recusar. Eles drogaram a menina de novo, ela está no quarto ao lado pode dar uma última olhada se quiser, mas conhece as regras.
Indra não perderia a oportunidade, adentrou a salinha e encontrou a belíssima mulher de cabelos cor de rosa. Seus olhos estavam fundos e demoraram-se para encontrá-lo, o Otsutsuki deu um sorriso diabólico em sua direção que a fez estremecer.
- Eu espero que o homem que te comprou se arrependa do dinheiro gasto, porque eu pretendo fazer com que se arrependa! - dito isso, o homem se aproximou, Sakura se encolheu no poltrona na intenção dele recuar mas não. Indra colocou a mão em seus ombros e foi descendo por seus braços até que num movimento rápido ele rasgou o tecido fino do vestido branco que usava, o sorriso monstruoso em seus lábios sumiu quando avisou algo estranho entre os seios da garota, uma cicatriz. - Mas que porra é essa..?
- Por favor.. não faça isso. - suplicou com lágrimas nos olhos.
- Não... você realmente não vale a pena.
Indra respondeu com asco enquanto se afastava e a via tentar cobrir novamente os seios com os trapos do vestido.
- Caralho Indra, o que você ia fazer? - Hidan invadiu a salinha e encarou a garota que chorava no canto.
- Você já tinha visto aquilo? Aquela cicatriz horrível perto dos peitos? - começou a gritar horrorizado - Iria me vender aquilo?
- É só uma cicatriz cirúrgica, não seja idiota. Iria estuprá-la sabendo que a virgindade dela estava inclusa no pacote?
- Eu estou pouco me fodendo pro pacote. Espero que Madara goste da surpresa que o espera porquê aquela coisa não é nada agradável aos olhos!
