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Passar sua folga deitado no quarto assistindo desenho preferido de seu filho era o passatempo divertido de Kyungsoo.

Passou seus exatos dois dias assim, agarradinho com sua criança, tanto que esqueceu dos problemas no hospital, entretanto já era exatamente dez da noite e já está cumprindo seu trabalho.

— Você é azarento. Mas eu sabia que isso uma hora ou outra já ia acontecer, Soo! – Chanyeol dizia na cafeteria do hospital aonde se enchiam de cafeína. Kyungsoo já havia contado sobre o acidente de Jongin e o que aconteceu na escola com Mingyu. — Ficar enganando Mingyu só vai piorar a situação quando ele crescer.

— Mas o Soo pode muito bem dizer que a cegonha mandou o Ming pra ele sem um alfa, ué.

Yeri e sua mente fértil.

— Claro que não vou dizer isso, Kim. É sem nexo.

A mulher rendeu os braços sussurrando um " não está mais aqui em falou"

— Pra falar com o Mingyu eu tenho que explicar a situação toda ao Jongin. Vai ser difícil e ele vai ficar chateado. Era o sonho dele ter um filho. – sussurrou encarando seu copo. — Mas eu não tenho culpa.

— Sabemos que não... é tudo culpa daquele velho desgraçado. – Chanyeol quase rosnou de raiva. — Se não fosse por ele vocês estariam juntos como uma família.

— Tá, mas o que houve? Você não me tinha dito que era por medo da reação do Jongin? Tinha medo dele recusar o Mingyu?!

Yeri perguntou perdida.

— A história é bem pior que isso. Isso daí foi só uma desculpa, Ye. – O park concluiu. — Bom, agora vou ligar para os minhas crias e depois nos encontramos por aí.

Chanyeol disse e se retirou deixando apenas a alfa e Kyungsoo conversando.

— Esse final de semana vai ter a inauguração do bar lá na frente de casa, quer ir comigo?

— E ficar de vela pra você e a SeungWan? - perguntou rindo. — Não, não, obrigado. Prefiro ficar assistindo desenhos com meu filhote.

— Kyungsoo, você tem que sair, transar, fazer amor, sexo selvagem, beijar na boca e fazer outras coisas. Você só tem vinte e quatro anos, tem que aproveitar.

— Sim! Mas eu tenho um filho que vai fazer cinco aninhos. - sorriu. — Aliás, tenho que juntar dinheiro. Ele quer aniversário dos vingadores.

Yeri fez um bico mas logo sorriu.

Kyungsoo não sabia era que atrás de si, Kim Gayoon, irmã de seu ex namorado, ouvia toda a conversa de olhos arregalados.

|..|

Kyungsoo estava passando nos quartos fazendo sua visita diária. Andava pelos corredores com sua ficha em mãos quando foi parado por uma das médicas.

— Olá, Doutor DO!

— Doutora, Jeon. – fez uma reverência.

— Você era o médico responsável pelo Kim Junmyeon, certo? – concordou. — Bem, poderia me dar a ficha médica dele? O Doutor JongDae entrara de férias e eu fiquei responsável. Amanhã eu e Doutor Park iremos começar a quimioterapia.

— Claro, Doutora Jiwoo.

Procurou por todos os prontuários em sua mão e encontrou o do pequeno paciente.

— Aqui esta...– sorriu entrando ao outro ômega.

— Obrigado, Doutor DO.

Kyungsoo finalizou com um " de nada" e saiu indo em direção ao quarto da mulher que um dia chamou de sogra. Entrou no local e viu ambas apreensivas.

Franziu o cenho.

— Boa noite, Senhoritas Kim. Vocês estão bem?

A mais velha o olhou com lágrimas nos olhos. Kyungsoo não entendeu.

Por quê? Por quê escondeu a gravidez do meu filho? Por quê você o abandonou? Por quê você o fez sofrer? Por quê?!

A mente do ômega parou naquele segundo. O dia em que confessou que não amava Jongin e que precisava terminar voltou e uma forte dor de cabeça o atingiu. Ter Hyuna lhe tratando como se fosse um idiota o deixava ainda mais perturbando.

— Você não sabe quantas vezes eu vi meu filho chorar. O lobo dele sofria com a sua perda, Kyungsoo. – ela cuspia as palavras na cara do outro fazendo suas lágrimas descerem. — Escondeu um neto de nós... como pôde ter feito isso conosco?

— Tudo o que aconteceu foi por um motivo. Mingyu não é filho de Jongin e nunca será! Eu não amava mais o seu querido filho, e eu espero que respeitem a minha decisão de terminar com ele, afinal já faz mais de cinco anos. Ficar se remoendo só prejudica as coisas...

— Por quê você é tão egoísta? O que aconteceu com você?!– Foi vez da mais nova perguntar.

— Quando vocês passarem por tudo que eu passei, por todas as vezes que fui ameaçado e humilhado, aí vocês vão me entender. – disse firme limpando uma lágrima. — Bem, o médico Chanyeol vira ajeitar seu curativo, Senhorita Kim. – sorriu. — E amanhã pela manhã darei alta à vocês. Boa noite.

Saiu da sala e limpou suas lágrimas indo em direção aos outros pacientes.

|..|

— Cara, que merda!

Foi tudo que Chanyeol disse depois de alguns minutos. Kyungsoo havia contado aos amigos sobre a conversa que teve com Hyuna e Gayoon na noite do dia anterior. Já era manhã e todos estavam exaustos.

— Elas vão contar ao Jongin sobre o Mingyu e ele vai encher o seu saco. – Chanyeol falou dando um gole em seu café.

— Ela não vai. Hyuna sempre deixou com que resolvêssemos nossos problemas e não se intrometia. Ela sabe que ele é o pai do meu filhote.

— Isso vai dar uma confusão...– Yeri disse e Kyungsoo suspirou concordando. — Eu só acho que vocês devem sentar e conversar sobre.

— Vocês não entendem! – respondeu alterado. — Eu não o amo mais e não o quero na minha vida. E sem contar a merda que eu passei estando junto ao Jongin. Eu não quero isso pra vida do meu filho.

Ele finalizou o assunto e levantou-se indo ao trabalho. Não gostava de estar perto de pessoas que não lhe entendiam. É claro que Kyungsoo não disse toda a verdade, entretanto, não poderiam o julgar.

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