001

1.8K 233 40
                                    



Kyungsoo estava nervoso.

Sabia que independentemente de ser seu ex ali ele deveria cuidar de si. Ele fez uma promessa há alguns anos atrás e por isso, não deixaria de cuidar de Kim Jongin. Ele estava em trabalho, sua vida pessoal não se envolve. Nunca.

A cirurgia de retirada da bala do estômago de Jongin foi realizada com sucesso. Era manhã quando o rapaz foi levado ao quarto. Kyungsoo seria o médico responsável pela família, e isso o deixava aflito.

Estava com sua ficha em mãos indo em direção ao quarto das mulheres que já estavam acordadas. Jongin estava em um quarto distante, se recuperando da cirurgia.

Ele respirou fundo e deu duas batidinhas na porta aonde abriu vendo ambas sentadas na cama com lágrimas nos olhos. A mais velha quando viu Kyungsoo logo esbugalhou os olhos.

— Kyung...soo?

— Kyungsoo oppa?

Foi a vez da menina indagar.

O ômega fez uma reverência ainda como um profissional da saúde. Fechou a porta atrás de si e se aproximou das mulheres.

— Bom dia, Senhoritas Kim. Sou Do Kyungsoo e sou o médico responsável por vocês. – sorriu para as ômega. — Suponho que a residente Yeri já fez sua ultrassom, fez?

A mulher concordou ainda sem entender o porquê de seu ex genro estar ali.

— Pois, o seu bebê está bem. A senhora só precisa de um bom descanso e boa alimentação. – via na ficha. — Senhorita Gayoon, não havia nenhum indício da bala em seu braço. Fora apenas de raspão, nada grave.

— Kyungsoo...

— Já seu filho, Kim Jongin... – tão doloroso dizer aquele nome. — ele perdeu muito sangue, a cirurgiã teve pouco de dificuldade e por isso passaram algumas horas na cirurgia, mas que foi finalizada com sucesso. Ele está no quarto descansando.

— Kyungsoo, nós podemos conversar? Acho que devemos nos expli...

— Eu tenho alguns pacientes para atender. Já venho aqui. – Kyungsoo sorriu. — Vou dar mais uma olhadinha no Senhor Jongin e logo a Senhora poderá ver seu filho. Com licença.

Ele saiu da sala e suspirou. Seus olhos encheram de lágrimas e ele inspirou e expirou tentando controlar para não chorar. Ver sua sogra e sua ex cunhada  ali era tão nostálgico. Era ótima pessoas para si.

Gostaria de ter continuado uma amizade com sua ex sogra, um ótimo convívio de seu filho com elas. Mas não queria que Jongin soubesse. Nunca. Em hipótese alguma.

Andou indo em direção ao quarto de seu outro paciente. Seu turno terminaria no início da noite. Teria tempo suficiente para observar Jongin e ainda visitar seus outros dois pacientes.

Bateu na porta e logo entrou vendo seu querido paciente. Era uma criança que estava junto a sua mãe. Junmyeon tinha leucemia, já estava ali há uma semana desde que descobriu a doença. Era uma criança forte e mesmo com dores continuava com um sorriso no rosto.

— Meu paciente favorito já está acordado? – Disse humorado.

— O tio orelhudo veio aqui e me machucou de cinco da manhã, tio Soo. – fez um bico.

— Junmyeon!

Sua mãe lhe repreendeu e Kyungsoo sorriu fazendo um carinho no cabelinho do ômega que fez uma carinha fofa.

— Bom, Jun... o tio veio te dizer que agora você vai passar por alguns momentos que vai machucar um pouquinho o seu corpo, okay? Mas o tio Soo vai te explicar direitinho.

A mais velha suspirou e o garotinho olhou atentamente o mais velho.

— Mãe, o Junmyeon vai entrar na fase da quimioterapia. Estaremos no indução que tem como objetivo eliminar do sangue as células da leucemia e reduzir seu número na medula óssea.

A mulher concordou com lágrimas nos olhos.

— O Jun vai ter muitas náuseas e falta de apetite, hematomas e hemorragia e dentre outros. Você poderá me perguntar caso tiver dúvidas. – Disse a mãe.

— É verdade que meu cabelo vai cair, tio?

Kyungsoo suspirou assentindo.

— Tudo bem! Papai disse que vou ficar ainda mais bonito. – o menino sorriu e Kyungsoo fez o mesmo.

— Vai sim! E depois o Tio JongDae será seu novo médico. O tio Soo só virá te visitar, tudo bem? Se precisar de algo é só chamar por nós.

— Eu sou forte, tio Soo. Sou um ômega forte!

— É sim, querido! É sim!

A porta foi aberta por uma enfermeira que pedia desculpas. Ela entrou pouco desajeitada.

— Me desculpe atrapalhar, mas é que eu vim lhe informar que o Senhor Kim já acordou e está meio desnorteado sem entender o que aconteceu. Queríamos saber se podíamos da-lo uma injeção com calmante?

O coração do ômega disparou. Sua respiração ficou desregulada e suas pernas quase cederam. Ah! Depois de anos ele veria novamente o grande amor de sua vida.

— T-tudo bem! Já estou indo...obrigado, HyeJin.

Passou a mão em seu rosto.

— O Senhor 'tá bem, Tio? – O menino perguntou olhando o rosto avermelhado do maior.

— Tô sim, querido! – sorriu. — Agora preciso ir. Se sentir alguma coisa me chame, tá bom?

Mãe e filho assentiram e Kyungsoo saiu do quarto junto a enfermeira e foram em direção ao próximo paciente.

— A mãe do paciente concluiu a ficha do alfa. Ela colocou alguns remédios que ele é alérgico e o enfermeiro Namjoon informou que ele acordou desesperado. – a beta dizia mostrando o prontuário da cirurgia ao ômega. — A doutora Dahyun disse que era normal ter esses efeitos colaterais por conta do excesso de antibiótico e mais a anestesia. Foram doze horas desacordado desde a cirurgia.

Kyungsoo concordou e logo chegou no quarto fazendo a mesma coisa que nos anteriores. A entrada foi permitida pelo alfa e apenas por ouvir sua voz, o lobo de DO se agitou.

— Olá, Senhor Kim. Sou o Doutor DO Kyungsoo, vim dar uma olhada em seu ferimento.

O moreno pôs seu olhar ao o médico e o coração de ambos acelerou.

— KyungSoo?

Quando meu Amor Floresce. Onde histórias criam vida. Descubra agora