lutando por um amor

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Asta visão

Após a ordem do capitão, cada um de nós foi se preparar para a viagem e pelo pouco que Gordon disse seria um pouco longa demais, nada que não podemos nos acostumar.

Saímos juntos para a casa da família Agrippa, estávamos todos em silêncio e calmos, algo um pouco difícil pra mim, mais normal entre os três.

Estávamos cada um preso em seus próprios pensamentos e ideias... Cada um pensando em sua forma de ajudar eu sinto no ki de cada um que estão preocupados e assustados com o que pode vir a acontecer.

Não quero criar expectativas altas demais, eu quero achar um meio de ajudar a Noe, mais eu sei que posso cair um tombo feio se colocar todas minhas esperanças, mais estou apostando em todas as fichas.

Caminhamos por um longo período, até chegarmos a uma casa isolada, meio assustadora como em histórias de terror que o padre contava quando era pequeno, apenas para me manter quieto.

Gordon para na porta e noto a sua hesitação em bater, ele suspira e solta a primeira fala de todo o dia.

- minha família pode ser um pouco peculiar- ele nos olha- apenas não levem ao pé da letra tudo o que verem.

Assim ele bate na porta, e se antes achava que seria uma história de terror, agora é certeza, não há nada sem ser melancólico e frio na casa. Embora a família de Gordon seja muito receptiva, seu pai Nathan se mostra um verdadeiro chefe de família.

- meu filho- ele diz- como é bom lhe ver... Estava ancioso com o seu regresso.

- pai- Gordon cumprimenta calmo- não vim para voltar- vejo um lampejo de dor nos olhos do mais velho- eu apenas preciso da sua ajuda.

- oh claro- ele pausa e nos abre espaço- que tal nos acompanhar na janta? Assim depois dela podemos conversar.

Vejo que Gordon acena, mais pela troca de olhares sinto que ainda estão tendo uma discussão fria e fechada entre os dois.

Após a janta, um momento estranho para mim e os meus companheiros, somos levados a um porão e por um momento pensei que iríamos ser assassinados.

- o que aflige a pobre alma de pessoas tão jovens?- ele nos encara- o que pode ser tão importante a ponto de fazer um filho que renunciou a sua família a voltar?

- um companheiro- Gordon toma a frente- o que sabe sobre maldições?

- há muita coisa a se saber e pouco que foi descoberto- Nathan pega um pergaminho e o abre, com uma faca corta seu dedo e pinga sangue nele- que tipo de maldição estamos falando?

- lançada por um demônio...- digo.

- magia de outro mundo- ele menciona uma magia em seu grimório e algumas luzes aparecem em uma mapa no pergaminho- perfeito!

- o que são?- Gauche diz curioso- e porque se movem?

- todas as pessoas que estão sobre uma maldição- ele responde- essa são suas localizações reiais.

- fentiço de localização- Gauche deduz e Nathan acena - incrível- não sabia desse súbito interrese dele por esse tipo de magia.

- porque algumas chamas são maiores que as outras?- questiono incapaz de me conter.

- a força da maldição lançada- ele fala - quanto maior a chama, maior o nível dela- ele aponta para uma chama com cor mais forte- a cor depende do tempo de vida, quanto mais clara... Até que se apaga.

- como se desfaz uma maldição?- Gordon pergunta.

- conjuradas por um demônio?- ele suspira- até agora só o demônio pode retirar a maldição lançada.- ele olha ao mapa e vê um ponto no QG - maldições requer sacrifício, corpo, magia ou a vida, qualquer pessoa filiada, amaldiçoada ou que tem contato paga o preço,  crianças almadiçoadas sem escolhas são as que pagam mais caro- ele me olha- muitas vezes ireversiveis.

- tem certeza?- pergunto- como pode saber disso?

- suponho que seja uma Silva amaldiçoada por Megicula- aceno positivamente - a morte, até onde eu sei esse demônio só amaldiçou aqueles com capacidades latente de derrotar ela, Acier me procurou, afinal Agrippa sempre foram corajosos para pesquisar sobre tal magia, eu não pude ajudar a ela... Não seria diferente agora.

- deve haver alguma coisa que possamos fazer- Grey diz firme- não podemos perder um companheiro.

- eu sinto muito por vocês, mais não posso ajudar com isso- ele diz.

- está dizendo que vamos perder?- Gauche diz - não adiantou nada vir aqui.

- vocês podem tentar- ele diz encarando ao Gordon- como uma pai devo ter fé em meu filho certo? - ele sorri- vocês são poderesos, apenas precisam canalizar a magia aonde é importante.

- iremos fazer senhor Nathan- Grey diz educada- obrigada por nos ceder o seu tempo.

- oh jovem moça- ele diz - os bons ares sempre os acompanharão, especialmente você pequeno homen- ele me olha- há algo especial em você...

- como pode saber?- questiono.

-um humano que não sucumbiu ao poder das trevas, uma peça tão frágil se mostrou forte ao poder, espero grandes ganhos seus cavalheiro, afinal em suas mãos estão a chave para vencer essa guerra- ele me encara- e a você meu filho, espero que consiga aquilo que sempre quis.

- obrigado pai- Gordon fala.

- estou contando com vocês- ele nos acompanha até a porta- não desistam da sua amiga.

- minha magia é não desistir- afirmo e ele sorri.

- assim espero- ele diz quando nos despedimos de todos- espero vê-los em outra ocasião...

- virei visitar vocês- Gordon murmura.

- aguardaremos anciosamente meu filho- ele nos olha- fico feliz que fez amigos ao qual possa confiar.

Quando saímos, sinto que não vou totalmente perdido, sei que nunca posso ter certeza, mais não estou lutando apenas por um companheiro estou lutando por um amor e não posso me permitir perder essa guerra. Mesmo que custe meu sangue e minhas lágrimas eu vou tentar achar a maldita cura. Essa é minha promessa!

me segureOnde histórias criam vida. Descubra agora