Apenas mais um engano - Livro 5 (Completo)

Capítulo - 19

Rodrigo

    Me olho no espelho e me asusto com minha aparência, minha baraba está crescida meus cabelos também estão.
   
    Minha cara de noites mal dormidas,  não tenho vontade de nada, a uma semana tive a maior decepção da minha vida eu diria, nunca pensei que um dia amaria uma mulher do jeito que amo a Marina mas ela me destruiu e o único sentimento que tenho que nutri para com ela é ódio.

    Término de me arrumar e desço é melhor acabar logo com isso, assim eles me deixam em paz logo.

     Vejo meu vô e Lucas sentados no sofá assim que me vêem ficam de pé.

    —Cara você está acabado - Lucas comentam.

   —Obrigado. Cadê todo mundo?

   —Jussara foi até a escola junto com Samuel, as crianças na aula de natação, karoline sua avó e Clara foram almoçar no shopping. Agora vamos.

   Estranho minha avó não costuma sair ela prefere seus livros e ficar no quarto, mas últimamente todos andam estranhos comigo.

    Meu avô pega a chave do carro e seguimos silenciosos para essa clínica é melhor acabar logo com isso, vou fazer esse exame esfrega na cara de todos que não acreditam em mim que Marina me traiu e que esse bastardo não é meu.

    São 15 minutos de puro silêncio ninguém da uma palavra. Assim que meu avô estaciona na clínica, entramos e vou para a recepção.

   —Oi Boa tarde sou Rodrigo Meir.....

   —O diretor o está aguardando - a mulher diz me interrompendo - Vou avisa - lo que o senhor está aqui só um minuto.

    Começo a ficar levemente assustado e curioso para saber o que tanto querem comigo.

   —Ele ja o está aguardando por aqui -  a moça nos leva até uma sala.

   Entramos na sala e dou de cara com um senhor vestido com seu jaleco e um olhar sério, a recepcionista sai da sala nos deixando a meu avô tem o olhar sério e o Lucas não tira o olho do homem.

   —Quem é Rodrigo Meireles?

   —Eu - estico minha mão e aperto a sua.

   —Bom sentem - nos sentamos - Bom tenho tentado falar com o senhor mas não obtive resposta, hoje seu avô atendeu e avisei a minha urgência.

   —Sim estou levemente curioso, estive aqui a alguns dias fiz um exame, não creiou que temos outro assunto além desse - digo sentindo uma sensação estranha imaginando o que vem a seguir.

    —É sobre isso mesmo que tenho a falar, as câmeras de segurança flagraram uma enfermeira trocando o suas amostras por outra. Ja a denunciados e ela nos disse que foi paga por uma mulher, para trocar seus exames, basicamente ela foi paga para que seus exames dessem positivo na questão de infertilidade.

   —Eu sabia - escuto Lucas dizer.

    Minha cabeça começa a girar sinto como se sente nas de agulhas fossem enfiadas em meu corpo inteiro, sinto minha respiração falhar, meu coração parece uma escola de samba, meus olhos se enchem de lágrimas.

   —Isso quer dizer que eu não sou infertil?

   —Possivelmente não, mas para termos certeza, preciso que refaça um exame agora o resultado saira rápido, pois pedir urgência.

   —A enfermeira o que aconteceu?  - meu avô pergunta.

   —Ela foi indiciada por falsificação, ela deu as informações sobre a mulher que pagou para ela trocar as amostras para a polícia. O senhor pode acompanhar o caso na delegacia, essa enfermeira perdera o certificado e ficara impossibilitada de trabalhar em qualquer outro hospital - diz o diretor.

   —O exame quero fazer agora - falo com a voz embargada sentido meu peito aperta cada vez só em pensar o que eu fiz a marina passar.

    Em pensar em como humilhei a Marina e o meu filho, meu deus ela nunca vai me perdoa.

   —Claro, vamos.

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   Refaço o exame e sento na recepção, coloco minha cabeça nos joelhos e aguardo. Meu corpo inteiro treme, o resultado sai em poucos minutos. Escuto passos se aproximarem.

   —Você vai acabar passando mal - escuto Lucas dizer mas na minha cabeça só tem a Marina.

   —Rodrigo você precisa manter a calma - meu avô diz.

    —Ela nunca vai me perdoa - digo, as lágrimas já rolam por meu rosto,  meu coração parece um tambor.

   —Você precisa manter a calma, respira puxa o ar.

    —Senhor Rodrigo o diretor Carlos o aguarda na sua sala.

   Seio praticamente correndo para a  sua sala e o olho expectante.

   —Então?

   —Como imaginava, negativo você é fértil, você pode ter filhos.

    Sinto a minha respiração ficar pesada, tento puxar o ar mas não sai, nada. Minhas vistas escurecem e eu desmaio.

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   —Ele ta acordando.

   Abro meus olhos e sento na cama do hospital.

   —Que bom que você acordou, foi uma crise de ansiedade severa - escuto o medico dizer. Mas arranco o soro do meu braço.

   —O que você ta fazendo Rodrigo?  - meu avô diz.

    —Indo atrás do perdão da mulher que eu amo e do meu filho - digo.

  

    Boa noite!
Não me matem, até!