Capítulo - 20

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Marina

   —Eu amei o almoço, e os presentes para o bebê - digo para as meninas que estão na porta da minha casa - Não querem entrar?

   —Não minha querida, bom até a consulta, faço questão de estar lá para vê meu bisnetinho - Dona Josefa diz com a mão na minha barriga.

   —Me manda mensagem se precisar de algo,  fico feliz que tenha gostado dos nossos presentes, para meu sobrinho - Karoline diz.

   —Se cuida - Clara diz me abraçando.

   —Obrigada - me despeço delas e elas vão embora, entro em casa feliz da vida.

   —Mãe você não sabe a tarde maravilhosa que eu tive - digo entrando em casa mas paro estática ao vê o Rodrigo na minha sala ao lado da minha mãe.

   —O que ele ta fazendo aqui? - pergunto largando as sacolas que seguro no chão.

   —Calma filha, ele insistiu e....  Conversem eu to aqui do lado - minha mãe diz me beijando na bochecha e saindo da sala.

   —Vai embora agora.

   —Deixa eu falar - ele diz com o rosto repleto de lágrimas.

   —Fala e vai embora - digo.

   —Eu acabei de vim da clínica, eu descobri que uma enfermeira foi paga para trocar os exames, nos fomos enganados, eu refiz o exame eu não sou estéril.

   —E eu com isso - digo sentindo meu peito doer, e já não é possível segurar às lágrimas.

   —Nós fomos enganados - ele diz vindo para perto de mim tentando me tocar mas me esquivo.

   —VOCÊ FOI ENGANADO NÃO EU, agora sai daqui, não temos nada um com outro mais, sai daqui.

   —Tem o nosso bebê..  - ele diz chorando, mas um ódio descomunal toma conta de mim.

   —NÃO TEM NOSSO BEBÊ - o empurro - Meu bebê, esse "bastardo" como você mesmo disse e gritou bem alto, não é seu filho. A vagabunda aqui te traiu, me esquece Rodrigo some da minha vida.

   —Não por favor - ele diz soluçando e antes que eu posso me afastar, ele se ajoelha e me segura pela cintura chorando - Me perdoa, eu te amo, amo esse bebê, me desculpa, me perdoa, me perdoa, eu fui enganado, não sabia, eu quero esse bebê, eu quero a nossa família que sempre sonhamos. Me perdoa por favor.

   —Nunca - digo o empurrando e ele cai sentado no chão e soluça - Acreditou em um papel mas não em mim a mulher que você dizia amar.

   —Eu amo.

   —Não ama, quem ama confia, eu não quero você perto de mim, não quero você perto do meu bebê, ele nunca vai conhecer você como pai.

   —Marina - ele soluça.

   —Vai embora, some da minha vida, some, me esquece, MÃE - grito chorando.

    —Por favor, me perdoa, volta para mim.

   —NUNCA,  MÃE,  MÃE - grito e ele chora se levantando e tentando me tocar mas o empurro.

   Minha mãe entra correndo e me abraça.

   —Tire ele daqui, some da minha vida - grito correndo escada acima.

   Ainda escuto ele gritando meu nome soluçando. Me jogo na minha cama e choro.

   Soluço, sentido meu peito doer, eu não vou perdoa ele, não vou deixar ele chegar perto de mim nem do meu bebê não vou deixar.

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    Hoje tenho minha consulta, vou fazer uma ultra-som e descobrir como está meu bebê.

   Escuto meu celular tocar e faço como venho fazendo, recuso a chamada. Rodrigo tem ligado sempre mandando mensagens, acho que ele não se tocou que eu não quero vê ele nem pintado.

   Saio de casa com minha mãe graças a Deus não encontrei Mariana ela tem saido constantemente, mas não me importa muito.

   Clara está me mantendo informada sobre as investigações da polícia em descobrir quem subornou a enfermeira para trocar o exame, apesar de não querer mais nada com o Rodrigo eu quero descobrir quem quer me prejudicar, a enfermeira vai fazer um retrato falado da mulher e logo iremos descobrir.

   Chegamos a clínica e encontro dona Josefa com Karoline. Sorrio e abraço elas.

   —Você está linda - Dona Josefa diz e sorrio - estou ansiosa para vê esse bebê.

   —Devo confessar que eu também, não vejo a hora de saber se terei uma neta ou um neto - minha mãe diz acariciando minha barriga.

   —Ja está crescendo sua barriga, esse meu sobrinho ou sobrinha vai ser grande - Karoline diz.

   —Estou nervosa - Digo sorrindo.

   —Eu também quero vê meu sobrinho logo, o Rodrigo estava doido em casa, louco para vim vê o filho - ela diz e desfaço meu sorriso - Desculpa eu sei que..

   —Ta tudo bem, é seu irmão eu entendo - lhe sorrio.

   —Marina Costa, a doutora lhe aguarda - A enfermeira diz me apontando a porta.

    Entramos as quatro, na sala da médica e logo ela me pede para deitar na maca, e começa o exame quando o barulho do coraçãozinho do bebê preenche a sala sorrio por entre as lágrimas.

   —Emocionante né, no final da consulta vou te entregar um CD com a gravação do exame para você vê em casa - a doutora diz.

   —Eu quero uma copia também para mostra meu bisneto para todos - Dona Josefa diz.

   —Vou pedir 2 cópias - a doutora diz sorrindo.

    —Ótimo - mamãe sorri exultante.

   —Meu Bebezinho, tão pequeninho - sussurro, sorrindo para a pequena tela que mostra a minha pequena vida, o meu mundo todo.

Boa tarde! 
Espero que que estejam gostando deixem suas opiniões palpites do que vocês acha que vem por ai.
Desejo a todas uma ótima semana, e um feliz dia das crianças.

Apenas mais um engano - Livro 5 (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora