Elisa
- Como você teve coragem de fazer isso Elisa?
Esbraveja o meu irmão, ele está transtornado, seus olhos estão vermelhos de tanto chorar e de raiva também, nós estávamos no hospital, a sua noiva a Carolina sofreu um acidente de escada e disse que foi eu quem a empurrei, mas eu não fiz nada, e muito menos a espanquei quando ela caiu, é um absurdo, eu jamais faria isso, muito menos com alguém que estava grávida. Eu estava discutindo com ela porque ela estava me ofendendo e me humilhando muito, eu não consegui segurar minha raiva e lhe falei umas verdades, mas nada além disso, depois da discussão eu corri para o meu quarto, poucos minutos depois eu apenas escuto os gritos da minha mãe e do meu irmão Blake. Mas eu não fiz nada, nada.
Ele caminha e vem para cima de mim mas é impedido pelo Jason, um amigo dele.
- Você matou o meu filho Elisa e quase matou a mulher da minha vida. Eu não vou te perdoar nunca, a partir de hoje você morreu pra mim. Some da minha frente sua maldita.
Ele diz com muita raiva e eu sinto meus olhos lacrimejarem, eu não sabia o que fazer pra ele acreditar em mim, eu não fiz nada e só sabia chorar. Meu Deus me ajuda, eu não fiz nada. Penso, chorando muito.
- Eu não fiz nada Blake, pelo amor de Deus acredita em mim, ela está mentindo. Eu não fiz nada.
Grito aos prantos mas ele apenas me olha com muito ódio, tento chegar perto dele mas ele me empurra forte e me derruba no chão, ninguém me ajuda a me levantar, todos me olham torto, minha mãe, meu pai, os rapazes do esquadrão e até a minha amiga Milla, ninguém acredita em mim.
Me levanto ainda chorando muito e ouço apenas minha mãe Maria, dizer:
- Vai pra casa Elisa, depois nós conversamos.
- Mas mãe, eu não fiz nada.
Tento argumentar mas é em vão, meu pai e meu irmão gritam juntos.
- VAI EMBORA.
Me assusto e saio, vou em direção a saída do hospital, tentando me manter de pé, mas meu corpo custa a e obedecer, caminho a passos lentos e volto para casa caminhando, sinceramente eu não sei como cheguei, minha cabeça está latejando de tanto chorar, meus joelhos doem do empurrão do Blake e meu coração está destruído, não comi e nem bebi nada, me sentei no chão do meu quarto e acho que acabei adormecendo, porque quando dei por mim já passava das seis da manhã.
Queria poder dizer que tudo foi um pesadelo mas não foi. A Carolina estava grávida e perdeu o bebê, e colocou a culpa toda em mim, ela fez pior, disse que quando estava caída no chão pedindo ajuda eu a chutei porque queria que ela morresse. Eu jamais faria uma coisa dessas, jamais.
Me assusto com a porta do meu quarto de abrindo de uma vez, é o Blake, ele entra, abre o meu guarda roupa e joga todas as minhas roupas no chão, vai para a estante dos meus livros e faz a mesma coisa, e assim ele faz com todas as minhas coisas, ele se vira e é curto e grosso.
- A minha mulher vai sair do hospital hoje e quando ela chegar eu não quero mais ver você aqui, eu não quero nenhum vestígio de você aqui dentro dessa casa, eu quero esquecer que um dia eu tive uma irmã.
Ele diz com muito ódio, e eu apenas permaneço calada e atônita com as palavras dele, meu irmão me odeia, ela conseguiu, ela venceu.
- Eu não tenho para onde ir, eu só tenho dezessete anos, ainda nem terminei a escola.
Digo baixo e tentando não chorar, ainda no chão, junto com minhas coisas mas ele parece não se importar nenhum pouco, ele se abaixa e fala próximo ao meu rosto, baixo e duro.
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Um Amor Ameaçado Pelo Ódio
RomanceElisa Foster sofre uma grande injustiça, é expulsa de casa e escurraçada por todos, mas anos depois a sua inocência é comprovada e isso lhe traz também o seu grande amor. O homem pelo qual ela sempre foi apaixonada, desde de adolescente mas que tamb...