Capitão Christopher Evans
Eu não consegui resistir aquela menina, eu simplesmente me entreguei àquele sentimento novo e inexplicável, nosso beijo estava maravilhoso, sentir o corpo dela grudado ao meu mesmo com as roupas incomodando foi como chegar ao êxtase mas isso infelizmente durou por pouco tempo.
Quando olhei para a Elisa ela estava muito assustada e tão confusa quanto eu, íamos chegando mais perto do corpo do rapaz para constatar se realmente havia morrido mas ouvimos mais tiros e pessoas correndo e gritando.
- Mas o que será que está acontecendo? Será que é assalto?
Ela pergunta abraçada a mim e tremendo de medo, o que me deixa aflito e com muita raiva desses filhos da puta que estão deixando minha menina nesse estado.
- Não sei mas é melhor nós nos escondermos. Vem comigo.
Peço rodeando uma de minhas mãos por sua cintura e lhe puxando para atrás de um Land Rover prateado, corremos assim que ouvimos mais gritos, ao chegar na traseira do automóvel nos agachamos para ficar bem escondidos e de onde estávamos podemos ver três carros de luxo de alto padrão chegar no estacionamento, assim que eles chegaram e as suas portas se abriram desceram inúmeros homens, todos vestidos de pretos e fortemente armados.
Eles olhavam para todos os cantos e quando íam entrar para dentro da empresa, ouvimos barulhos de passadas muito fortes vindo da escada de emergência e ao a porta abrir saíram do local outros homens também armados. Eles foram em direção aos que haviam chegado nos automóveis e começaram a conversar, não dava para ouvir muito da conversa deles mas pelo pouco que escutamos não pareciam ser americanos, talvez russos. E isso me deixou bem preocupado.
Pelo porte dos carros, das armas e das roupas, eles não parecem ser uma quadrilha qualquer que anda por aí assaltando lojas para a sua manutenção, muito pelo contrário, eles pareciam ter muito dinheiro.
Um deles assim que terminou de conversar com os outros pegou o seu celular e discou um número, quando a pessoa do outro lado da linha atendeu ele apenas disse.
- Ela não está mais aqui.
- Ok! Sim Senhor.
Agradeço pelas inúmeras missões que já realizei em minha vida, foram elas que me formaram como ser humano e me forneceram mais conhecimento. É graças a esse conhecimento que pude compreender pelo menos o fim da conversa. Após isso o telefone é desligado e eles vão embora, olho para a linda menina que está ao meu lado e a vejo com os olhos vidrados na cena.
- Quem será esses homens Christopher? Ela pergunta ainda aflita e se levantando.
- Sinceramente não sei. Mas posso afirmar com toda a certeza de que não eram assaltantes, eles estavam atrás de alguém, e pelo que entendi não encontraram. Digo acariciando o seu lindo rosto.
- Mas de quem?? Não consigo imaginar uma pessoa que conviva comigo que possua vínculo com bandidos. Ela diz confusa e olhando para o local onde a pouco estavam os mafiosos, como se estivesse revivendo na memória cada detalhe do que terminou de ocorrer.
Não irei falar nada para a Elisa, para não preocupá-la, mas pela minha experiência e pelo pouco que vi acontecer aqui, posso afirmar que aqueles caras pertencem a alguma máfia. E estavam atrás de uma mulher. Deus queira que a minha Elisa não seja essa mulher.
- Não se preocupe com isso por enquanto. Vamos para casa! Você ainda está muito nervosa. Digo a abraçando por trás e inalando o cheiro delicioso de seus cabelos.
Pelo grau de nervosismo dela, achamos melhor ir os dois no meu carro, nitidamente ela não estava bem para dirigir. Durante o percurso mantive minha mão direita o tempo todo em cima de sua cocha desnuda pelo vestido curto rosa claro, e a medida que o tempo foi passando ela foi se acalmando, o que me deixou bem mais aliviado.
Não gosto de vê-la assim, não consigo ficar bem quando ela não estar bem.
- Podemos passar em um lugar antes de irmos para casa?
Ela pergunta de repente.
- Claro querida! Onde você quer ir?
Pergunto curioso.
- Na escolinha do Dylan, só vou me acalmar por completo quando ter meu filho junto comigo.
Ela diz colocando uma das mãos no coração e sua declaração me deixa muito surpreso. Ela tem um filho. Mas assim? De repente? Quer dizer, não foi de repente, ela ficou longe de nós por três anos, três malditos anos, mas ter um filho... Caramba!
Entendendo minha surpresa, ela ri baixinho e diz.
- Ele é adotado, o adotei quando ele tinha apenas dois aninhos. E se você quer saber, foi a melhor coisa que eu já fiz na minha vida.
Ela diz emocionada e isso me deixa totalmente sem palavras.
- O que foi? Porque fez essa cara? É contra adoção?
Ela pergunta com uma ruga de irritação entre os olhos e eu rio.
- Não é isso, não sou contra adoção. É que... você é... incrível sabe. Cara, você estava sozinha, tendo que se preocupar em se manter, em se cuidar e ainda se preocupa com outra pessoa. Quer dizer, você já tinha muitos problemas, não que essa criança seja um problema, mas é uma preocupação a mais. Você entende?
Falo ainda mais admirado por essa menina. Menina não, mulher. O sonho de todo homem, pode ter certeza.
- Entendo sim, mas quando eu vi o Dylan sentado sozinho e triste no pé daquela escada no orfanato, eu decidi que eu iria amar, cuidar e proteger aquele menino, não importa o que acontecesse. Ele era meu, ele tinha que ser meu.
Ela diz e eu me encanto ainda mais por ela.
- Ele me salvou.
Ela diz baixinho, apenas para si, enquanto olha pelo vidro da janela a paisagem de Nova Iorque passar rapidamente em sua frente.
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Um Amor Ameaçado Pelo Ódio
RomanceElisa Foster sofre uma grande injustiça, é expulsa de casa e escurraçada por todos, mas anos depois a sua inocência é comprovada e isso lhe traz também o seu grande amor. O homem pelo qual ela sempre foi apaixonada, desde de adolescente mas que tamb...