Quando eles chegaram á casa de Juliana,foram introduzidos na sala,e Norma apareceu primeiro,abraçando Juliana comovida e disfarçadamente lançando um olhar curioso a Paulo. Gostou do que viu.Ele era um rapaz bonito,elegante,muito bem vestido.Suspirou aliviada.Dagoberto,que vinha atrás,fixou a filha com ar preocupado e sério. - Finalmente apareceu - comentou,com voz que procurou tornar firme. - Lembrou-se de que tem família. - Como vai,pai? - indagou ela com naturalidade. - Melhor agora que você resoveu aparecer.Pode ima ginar como ficamos com sua fuga? Nunca pensei que fosse capaz disso. Chegamos a imaginar que houvesse sido sequestrada.Não se importou em preocupar sua mãe! Como pôde fazer isso? - Se sôubessemos que concordaria com nosso casamento,não teríamos feito isso - justificou-se Paulo. - Você nem nos consultou! - disse Norma. - Talvez tivéssemos concordado! - Lamento que tenhamos nos conhecido nestas circustâncias.Eu preferia que fosse de outra forma.Mas Juiana garantiu que não concordariam com nosso casamento antes de ela terminar a universidade.Nós não queríamos esperar tanto tempo. - Agora,acabou - disse Dagoberto. - Juiana nunca cursará uma universidade. - Por que não? - disse Paulo. - Aliás,ela me disse que pretende continuar os estudos.Nosso casamento não vai impedi-la. - Vejo que é um homem moderno! - disse Norma,com satisfação. - Seria muito bom que Juliana não desistisse de estudar. - Gosto de estudar - tornou Juliana. - Pretendo continuar meus estudos. - Ainda bem - resmungou Dagoberto. Clóvis que aparecera na soleira,aproximou-se ,abraçou Juliana e apertou a mão de Paulo. - Pelo jeito vocês já se conheciam - disse Dagoberto,desconfiado. - Já - respondeu Clóvis. - Paulo frequenta o bar dos estudantes. - Sentem-se. Vocês têm muito que conversar - disse Norma. -Vou mandar preparar um café. - Obrigado,dona Norma - respondeu Paulo,acomodando-se em um sofá om Juliana.Vendo todos acomodados,ele tirou um cartão do bolso e entregou-o a Dagoberto: - Como não me conhece,aquie está meu cartão.Pode tirar informações sobre minha família. - Trabalha como advogado? - inquiriu Dagoberto sério. - Quando me formei,pretendia exercer. Porém meu pai resolveu deixar os negócios e dividiu suas empresas com os fihos.Tive que assumir uma delas.Gostei e me dediquei totalmente. Norma os observa delicad! Um homem bonito,rico,elegante! Quem diria! Juliana não era tão sonsa como havia imaginado.Quietinha,quietinha,soubera conquistar um bom partido! Ela estava satisfeita.Sempre se preocupara com Juliana.Agora,ela poderia livrar-se desse encargo.Um marido,naquela situação,era mais do que conveniente.Dagoberto não poderia interná-la.Com certeza Paulo não consentiria.Os amigos estranharam ,as más linguas por certo falariam. Mas,o casamento,tudo ficaria resolvido. Não havia honra que o casamento não limpasse.Que sorte! Tudo sairia muito melhor do que ela imaginara. Dagoberto,embora estivesse muito zangado,ficara bem impressionado com Paulo.O moço assumira a responsabilidade de seus atos e parecia de boa família.Tinha formação profissional e boa situação financeira.Dos males,o menor. - Gostaria de marcar a data.Se concordarem,falarei com minha famíia e trataremos das formalidades. - Tudo bem - concordou Dagobeto. - Eu preferia que fosse diferente. Vocês quiseram assim.Espero que não se arrependam. Podemos marcar a data. Qundo Paulo se despediu,tudo estava acertado.De volta a casa,ele pensava nas mudanças que haviam ocorrido em sua vida.Estava ingressando em uma aventura que não sabia com ia terminar.Confiava em Deus e em Dora.Sabia que era isso que ela esperava que ele fizesse para dar continuidade ao trabalho de ajuda que juntos eles pretendiam realizar.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Pelas portas do coração
SpiritualEnquanto a cabeça racionaliza,o espírito sente. A razão segue as conveniências do mundo. O espírito busca a essência daquilo que é. Quando a sensibilidade se abre,energias tumultuadas e emoções novas surgem trazendo insegurança,e é preciso estudar a...