Ouvindo o toque repetido da campainha,Dagoberto levantou-se imediatamente,procurando o robe e os chinelos automaticamente.Norma acordou,e vendo o marido levantando apressado,não se conteve: - É madrugada.Esse povo não o deixa dormir sossegado.Você não deve atender. Sem importar-se com ela dizia,Dagoberto dirigiu-se á porta.Estava habituado a ser chamado pelo telefone no meio da noite.Irem à sua casa,porém,era raro. Espiou pela janela da frente,viu um carro parado e um casal esperando.Pareciam aflitos.Abriu a porta. Eles se aproximaram,e a jovem senhora foi olgo dizendo: - Por favor senhor.Estamos a procura de Juliana .É urgente! - Juliana?! - Aqui não mora uma moça de nome Juliana? - indagou o rapaz,preocupado. - Sim.É minha filha.Mas por que a procuram? O que aconteceu? - Estamos desesperados. Minha filhinha está muito mal, e sabemos que só Juliana poderá salvá-la. Dagoberto olhou-os sem compreender. - Não entendo.Há algum engano.Eu sou médico.Minha filha é uma menina de dezessete anos.Deram-lhe a informação errada. - Não senhor.O endereço confere e o nome dela também.Por favor,precisamos conversar com ela! É um caso de vida ou morte. - Não sei quem lhe deu tal informação,mas garanto que não é vverdadeira.Juliana não tem esse poder.Garanto que estão enganados. A jovem senhoraa chorava emocionada e Norma,que aparecera atrás do marido,observou: -A moça está desesperada.Mehor fazê-los entrar e conversar. Dagoberto concordou e pediu: - Entrem,por favor.Vmaos esclarecer esse assunto. O casal entrou,e Norma conduziu-os a sla de estar. - Sentem-se-se,por favor.Temos uma filha de nome Juiana.Mas certamente não é pessoa que estão procurando. - Podem me explicar o que está acontecendo? Vocês estão nervosos e podem ter confundido as coisas.Como disse,eu sou méidco.Algum cliente meu pode haver indicado.Não será isso? O rapaz ohou para a mulher,depois acrescentou: - Meu nome é Carlos Eduardo de Almeida,e está é minha esposa Jacira.Temos uma filha de três anos que está desenganada pelos médicos.Muita febre,ninguém descobre ao certo o que ela tem. Uns dizem que é tifo,outros ,que é meningite,,mas o fato é que ela piora cada dia. - Eu não sou pediatra.Quem poderia haver me indicado? - Ninguém o indicou. O senhor sabe:no momento do desespero,nós tentamos de tudo.É nossa única filha e a amamos muito.É triste vê-la sofrer sem que possamos aliviar-lhe o sofrimento. - Compreendo - tornou Norma,penalizada. - Pois bem,esta noite decidimos ir á casa de uma senhora espírita,muito caridosa,pedir uma oração. Ela nos recbeu em sua casa e quando estávamos conversando ,lea de rpente se trannsformou.SUa voz mudou e ea disse: " Procurem Juiana.Ela pode curar sua fiha". E nos deu este endereço.Ficmaos indecisos. Fomos para casa,onde a mãe de Jacira ficara cuidando dela.Nós lhe contamos o que acontecera.Nesse meio-tempo,Cristina piorou e então,apesar da hora,decidimos apelar para sua bondade.Viemos até aqui.E realmente não só o endereço era correto,como existe aqui uma moça chamada Juliana. Dagoberto,pálido ,não se encontrava o que dizer.NOrma tremia,assustada.Passado o primeiro impacto,Dagoberto disse sério: - Não se iuda com o que essa mulher disse. O que aconteceu foi apenas coincidência.Sinto em dizer-lhes,mas Juliana não entende nada disso. É uma adolescente comum,nunca poderia curar sua filha. Nesse momento,ouvindo o ruído,todos se voltaram.Juliana ,vestida,apareceu na porta dizendo com voz natural: - Estou pronta.Vamos. O casal levantou-se apressado ,e Dagoberto assustado perguntou: - Juliana,o que significa isso? Você não pode sair desse jeito.O que pensa que está fazendo? Ela voltou-se para ele,dizendo simplesmente: - Estou fazendo o que preciso fazer.Devo acompanhá-los. O tempo urge. - Proíbo-a de fazer isso.Onde já se viu? Disse isso e avançou para Juiana pretendendo impedi-a de sir.Jacira imediatamente interpôs-se entre ees,dizendo aflita: - Por favor,senhor! Deixe-a vir consoco.É a vida de nossa filha! Não pode pretender que ela morra. Dagoberto,sem saber o que dizer,olho para Norma. -Eles estão desesperado,Dagoberto - disse ea. - O melhor será você ir com Juliana até lá.Assim vão compreender que tudo foi um engano e pronto. - Esperem por mim.Vou me vestir.Iremos juntos. Enquanto Dagoberto trocava de roupa,Clóvis,que ouvira o barulho,descera.Inteirado do que acontecera,disse com simplicidade: - Se papai nao quiser ir,eu vou com Juliana.Sei como é isso. Norma fuzilou-o com o olhar: - Sabe? Que besteira é essa Clóvis? - Vou junto com eles.Podem precisar de mim. Quando Dagoberto desceu,ele já estava pronto também. - Vou com vocês- disse. -Juliana pode precisar de mim. Dagoberto olhou-o assustado,mas não disse nada.No carro,enquanto seguiam o automóvel do casal,Juliana guardava silêncio.Dagoberto tentou várias vezes comversar com ela sem que obtivesse resposta.Foi Clóvis quem disse: - É melhor deixar,pai. Quando ela fica assim,só fala o que quer. - Pelo jeito,você sabe mais sobre isso do que eu poderia imaginar. - Vamos observar,pai.Verá como ela age nesse casos. Dagoberto olhou para o filho de relance.Mais tarde,quando Juliana não estivesse ali,ele teria que explicar por que dissera aquillo.O que estaria acontecendo com Juliana que ele ignorava? Sentia-se indisposto e assutado.Aquilo era um engano e certamente tudo seria logo explicado. Indiferente a tudo,Juliana conservava-se silenciosa.Quando chegaram ,ea desceu,entrou na casa e,sem dizer nada,foi direto ao quarto da menina,onde estavam os avós e uma tia.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Pelas portas do coração
EspiritualEnquanto a cabeça racionaliza,o espírito sente. A razão segue as conveniências do mundo. O espírito busca a essência daquilo que é. Quando a sensibilidade se abre,energias tumultuadas e emoções novas surgem trazendo insegurança,e é preciso estudar a...