Último Capítulo - Guerra

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Dentro de todos nós existem duas extremidades, dois instintos, e entre esses dois extremos existe a razão, uma voz interior que nos encoraja e desencoraja quando nossa mente acha necessário para nos proteger, mas quando se esta dentro de uma guerra. Razão se torna um empecilho, coragem se torna nossa maior arma e medo a nossa maior fraqueza...

Ava...

Corria de encontro a aquelas pessoas que foram tomando a frente de Cecily e Camron que foram andando para trás deixando seus peões nos cansarem.

Mas sentia tanta raiva, tanto ódio de ambos que esses sentimentos pareciam combustíveis para mim, mantendo meu foco em destruí-los e qualquer coisa que interviesse fosse destruído junto a eles.

Antes que socasse aquele vampiro a minha frente uma barreira os derrubou no chão, pude ver Sienna atrás de nós nos dando cobertura, sorrio olhando-a por cima do ombro, que gesticula com a cabeça como quem diz para eu ir em frente.

Impulsiono meu corpo contra o chão com toda força que tenho e salto o mais alto que eu podia indo direção a Cecily e Camron.

Podia ver as copas das árvores, sentir aquele vento frio percorrer meu corpo e adrenalina me dando uma sensação única.

Antes que fosse de encontro a eles, um vampiro salta em minha direção e caí ao chão com ele sobre mim como se fosse uma ancora.

Tenta me conter segurando minhas duas mãos contra o chão e me fita com os olhos vermelhos reluzentes, estalo o pescoço e acerto uma cabeçada em seu nariz o que o fez ir para trás, acerto uma joelhada em suas costelas fazendo-o voar a metros dali.

Antes que eu levantasse, outro veio para cima de mim e antes que me tocasse, Stacy saltou nas costas do mesmo girando um mortal e jogando-o contra outros que corriam em nossa direção.

Estende a mão para mim e sorrir:

— O que foi que eu te ensinei?

Sorrio a olhando e pego sua mão me levantando, ficamos uma de costas a outra e nos olhamos por cima dos ombros, ela gesticula com o olhar, concordo voltando o olhar a todos que vinham em minha direção.

Corro de encontro a eles o mais rápido que podia, era como ver tudo em câmera lenta. Alguns deles foram criados por pessoas tão fortes, ou talvez mais do que eu fui, posso notar porque é como se estivéssemos na mesma frequência.

Já outros parecem em câmera lenta vindo em minha direção.

Sigo como um vulto até os mais lentos e salto acertando um chute com as duas pernas em um deles que voa contra outro o derrubando e levando outros como peças de domino.

Vejo Isaac a alguns metros lançando pedras contra alguns deles, Mallory usando árvores para acerta-los como se jogasse basebol.

Um dos vampiros me acerta como um tiro e me bate contra uma árvore que quebra ao meio e a atravessamos rolando no chão.

Como vulto ele segura meu pescoço e fita meus olhos com relutância. Eles não podem me matar e sabem disso.

Aproveito aqueles centésimos e cravo as unhas em suas costelas e as abro jogando-as para os lados, caiu agonizando com seus órgãos sobre mim.

Me levanto limpando a roupa e volto os olhos em outros que olhavam espantados e se entreolhavam.

Corro contra eles como um vulto e desvio de golpes deles acertando os meus.

Minha força é superior à de muitos deles já que nossa força não se mede ao tempo de vida que temos e sim ao de quem nos criou.

Soco uma mulher e uma outra me segura por trás, aproveito que ela está me segurando firme e entrelaço as pernas no pescoço da que soquei e aperto minhas coxas ao seu pescoço com toda força que tenho quebrando-o.

Filhos das TrevasOnde histórias criam vida. Descubra agora