capítulo 2

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Pov Christian

Eu cresci em Detroit junto com a minha mãe Ella, minha mãe biológica era uma prostituta viciada em droga que se matou por overdose química, eu tinha 4 anos e ela simplesmente escolheu me deixar.
Acho que hoje em dia dou graças a deus por ela ter morrido, assim conheci meus pais Grace e Carrick Grey, minha mãe é a melhor pediatra de Seattle, onde moramos desde que eles me adotaram, já meu pai é um dos melhores advogados daqui também. Eles me deram tudo que a Ella deveria ter me dado, amor, carinho, companheirismo, apoio, respeito e tudo mais que vocês possam imaginar.
Quando eles me adotaram descobri que não era filho único, eles adotaram Elliot também, meu irmão mais velho, e pouco tempo depois de minha chegada adotaram Mia, minha irmã mais nova. Mia é o meu xodozinho, a chegada dela foi como uma lufada de ar. Eu os amo muito!
A morte de Ella me assombra até hoje, vivo tendo pesadelos e assim que atingi a maioridade descobri uma casa onde as pessoas iam para serem dominadas ou submissas, ou seja uma casa sadomasoquista. Essa foi a forma que eu encontrei de por para fora toda raiva que eu sinto dela. No início eu era submisso mas nunca aceitei ser submisso particular de ninguém, até porque eu só queria perder o controle ali, em todo o resto eu precisava ter controle.
Passei anos da minha vida assim, até que decidi ser dominador, já tive várias submissas, tanto por uma noite como particulares, quando fui morar sozinho criei meu próprio quarto sadomasoquista, claro que ele fica trancado a sete chaves, ninguém da minha família sabe que eu prático essas coisas, na verdade todos acham que sou cético e gay.
Atualmente tenho uma submissa chamada Leila, ela é ótima, apesar de que ultimamente tem me dado alguns problemas acho que ela quer mais do que a relação dominador x submissa, porém ela ainda não deixou nada totalmente claro como a água então irei dar corda para ver aonde ela vai chegar antes de encerrar o contrato.
Com 27 anos sou dono de uma da maior empresa de telecomunicações de Seattle e fecho contrato com o mundo inteiro, por isso estou sempre viajando a trabalho. Sempre quando tenho que viajar antes de ir aproveito por uns 3 dias no mínimo a Leila, se chegando lá eu ainda quiser praticar vou as casas sadomasoquistas e resolvo meu problema muito rapidamente.
Essas semana estou viajando a semana inteira a negócios, provavelmente volto só na quarta da semana que vem e bem tenho frequentado as casa afinal, a carne é fraca, nunca fiquei muito tempo sem sexo não vai ser agora que vou ficar. Sou tirado dos meus devaneios com meu celular tocando.
Ligação on
- Grey. - Digo sem olhar no identificador de chamadas
- Oi filho, tudo bem? Quando você volta? - Dona Grace fala.
- Oi mãe, estou bem sim e a senhora e o papai como estão?
- Estamos bem filho, então, quando você volta?
- Volto na quarta de tarde, por quê a pergunta?
- Filho, venha almoçar aqui em casa então, seu filho vai trazer a namorada e a Mia tem algo para te falar - Dona Grace fala e eu sei que aí tem.
- O que a Mia quer mamãe? A senhora sabe? - Pergunto mesmo sabendo que ela não ira me falar nada.
- Sei sim, porém disse a ela que não iria te dizer, ela mesma quer falar com você.
- Tudo bem, quarta que horas?
- 19:30 p.m está bom pra você?
- Está ótimo.
- Tudo bem então filho, te espero na quarta, beijos.
- Até, beijos. - Digo desligando o telefone.
Ligação off

Agora é esperar até quarta para saber o que minha querida irmã quer falar comigo. Será que é algo grave? Ou algo que eu tenha que me preocupar?. Mia tem 21 anos e até hoje nunca me deu sérios problemas assim, nunca levou um namorado em casa ou falava sobre eles na minha presença. Bom, irei deixar esse assunto de lado por ora.
A semana foi passando e eu fui de reunião a reunião com várias empresas aqui de New York, e em alguns eventos também que as empresas vão que podem ser muito proveitosos para fechar contratos ou marcar reuniões. Nesses eventos sempre consigo um bom número de contratos ou reuniões nesses eventos. E assim foi passando a semana, reuniões e mais reuniões, ocasionalmente eu ia nas casas vê se tinha alguma submissa que me agradava.
Hoje já é quarta feira, estou dentro do meu jatinho particular indo para Seattle, são mais de 6 horas de vôo então irei para casa muito rápido tomar um banho e trocar de roupa, só que ver o que a Mia tem a me contar, e conhecer a namorada do meu irmão também, afinal ele é um galinha, nunca namorou, as garotas com ele são sempre de uma única noite e ele nunca levou nenhuma deles para casa de mamãe e papai.
Sinto uma mão no meu ombro e alguém me chamando lá no final, mas eu estou tão cansado que me recuso a abrir os olhos.
- Senhor. - A voz está se aproximando, cada vez mais.
- Senhor, acorda senhor, chegamos. - A voz fala e eu percebo que terei que abrir os olhos, afinal cheguei em Seattle.
- Oi, tudo bem, vamos embora então. - Falo ainda de olhos fechados, irei abrir os olhos em 3..2..1.
Percebo que o dono da voz é o Taylor levanto e vou pra fora do jatinho em quanto o Taylor retira as minhas bagagens do avião. No caminho pra casa esse assunto que Mia quer falar comigo está me preocupando porque ela não me ligou para dizer nada, e eu acredito que minha mãe tenha falado só para me convencer a ir, porém, algo no fundo me fala que é algo que eu não irei de gostar.
Em vinte minutos chegamos na minha casa, agora são 4:30 p.m acho que dá tempo de eu dormir mais um pouco, esse vôo acabou comigo.
Chego em casa, vou direto para o banheiro tomar um banho relaxante, mas hoje não estou afim de banho de banheira, fiquei uns vinte minutos no banho boto uma cueca box, como só tem eu, Taylor e a Senhora Jones em casa não tem problema, deito na cama e durmo muito mais rápido do que o normal, o que me leva a crer eu realmente estava muito cansado dessa viagem, mais do que todas as outras.
Eu acordei às 6:20 p.m tenho quase uma hora para estar na casa de minha mãe. Resolvo tomar outro banho porque hoje ao invés de todos os sonhos com a minha mãe biológica e o seu cafetão eu sonhei que eu era feliz, eu estava casado, minha mulher estava esperando um filho meu, estamos deitados na cama ao que parece e eu estava falando com a barriga dela, no sonho eu amava tanto a minha esposa, eu não consegui ver o rosto dela, mas pela fisionomia corporal eu sei que não era a Leila, graças a Deus. Mas também quer sou eu para me iludir desse jeito? Essas coisas nunca irão acontecer comigo! Eu quero apenas o que eu já tenho hoje, não quero uma mulher e um filho que vai que impedir de transar com a mãe dele.
Saio do banho, vou ao closet e visto uma calça jeans e uma blusa branca e tênis, e estou pronto para a casa da minha mãe, venho que já são 7 p.m, mando uma mensagem para Taylor que estou descendo para ele preparar o carro.
O trânsito estava bom, então consegui chegar na casa da minha mãe no horário combinado. Chegando lá quando ia bater na porta minha mãe a abre com um sorriso no rosto mas percebo que a medo nos seus olhos quando me vê, o que será que a Mia aprontou? Entro na casa da minha mãe e logo sou recepcionado por meu pai, vamos os três para sala de estar e Mia está com um cara sentado ao lado dela, na hora que me vê solta a mão do mesmo, levanto uma sobrancelha em ar interrogativo para ela me explicar que merda está acontecendo.
- Irmão que saudade de você. - ela fala vindo me abraçar, abraço ela também mas não falo nada.
- Bom, esse daqui é o Jack meu namorado, Jack esse é meu irmão Christian. - Namorado? Como assim namorado? Esse filho da puta ainda? A não, mas não vai mesmo.
- Prazer Christian. - Diz ele me estendendo a mão, eu não iria pegar mas a minha irmã me deu uma cotovelada na costela que doeu então resolvi pegar a mão dele, porém não tenho prazer nenhum em conhecer ele.
- Jack. - Dou um aceno com a cabeça soltando a mão dele.
Eu não sei exatamente o motivo mas sinto que esse cara não é um bom cara, ele tem a cara meio estranha, uma cara meio de sociopata, talvez até de psicopata, ok, eu sei que essas pessoas não tem cara que acusam elas de seus problemas cerebrais mas, sei lá, se eu pudesse descrever o que o rosto dele transmite séria isso. Já sei que vou mandar o Welch investigar tudo sobre esse cara, não deixar pedra sobre pedra.
Com as apresentações do namorado da minha irmã já feita, o qual não gostei nem um pouco, vem meu irmão me cumprimentar.
- Christian, que bom te ver cara. - ele fala me dando um aperto de mão junto com um abraço.
- Bom te ver também Lelliot.
- Bem, essa é minha namorada Katherine, pode chamar ela de Kate, amor esse é meu irmão Christian.
- Muito prazer Kate. - Digo estendendo a mão para ela, sinto que ela está meio tímida aqui na casa da minha mãe.
- Muito prazer Christian. - ela fala pegando minha mão e dando um sorriso tímido.
- Christian, tu não sabe, Kate tem uma colega de quarto que é muito gata, acho que você iria gostar dela. - E lá vem o Elliot querendo me empurrar para cima de alguma menina.
- Quem sabe um dia nos conhecemos. - Falo, porém não tenho vontade nenhuma de conhecer essa menina.
O jantar correu bem, apesar de eu não gostar do namorado da minha irmã minha mãe me ameaçou falando para eu ser simpático com ele e que depois quando saísse dessa casa poderia ligar para o Welch, acho que ela também não gostou muito dele não, fiz algumas perguntas para ele, descobri que ele é editor de ficção em uma editora chamada SIP, no centro de Seattle, que tem 32 anos, o sobre nome é Hyde, os pais morreram e olha só, também cresceu em Detroit.
Na sala de estar, o assunto do momento foi o jogo de futebol americano que rolou ontem, pelo menos entre os homens, já entre as mulheres eu não fiz muita questão de saber, estava mais interessado na conversa que estávamos tendo, para ver se percebia algo estranho em relação a ele, e não é que eu percebi?  Ele olhava para mim em especial e para a minha mãe também de um jeito estranho, tenho certeza que tem algo acontecendo. Resolvi perguntar a ele se ele tinha sido adotado depois que os pais dele morreram ele disse que não, que viveu em lares adotivos, mas que isso não prejudicou ele em nada, já que afinal, ele se formou pela Ivy League.
Agora estou dentro do carro ligando para o Welch, quero que ele descubra tudo sobre esse cara.
Ligação on
- Sim senhor. - Welch fala assim que atende o telefone.
- Welch preciso que você investigue uma pessoa pra mim, não quero pedra sobre pedra quero tudo sobre essa pessoa.
- Sim senhor, nome do sujeito?
- Jack Hyde, editor de ficção da SIP, uma editora no centro de Seattle.
- Ok senhor, pra quando o senhor quer essa investigação?
- Pra ontem Welch, aproveite e investigue também sobre ele nos lares adotivos e casas de acolhimento, quero os nomes das crianças dessas casas que conviviam com ele até os seus 10 anos. - Falo, porque do jeito que ele olha para mim acho que ele já me conhece, tenho que descobrir se é dali.
- Então irei passar essa investigação na frente dos meus outros afazeres.
- Ótimo. - Falo desligando o celular
Ligação off

Vamos conhecer você agora Jack Hyde. Mal posso esperar pelo que vou descobrir, espero que não seja nada grave, porque com a minha irmã você já não vai ficar, se for algo que envolve minha família e você estiver usando minha irmã para se aproximar de nós eu não respondo por mim.
Chego em casa, tomo um banho rápido, boto uma cueca box e vou para minha cama afinal estou morto de cansado e amanhã tenho que ir cedo para a empresa. Durmo e sonho de novo com a mesma pessoa, só que dessa vez é o dia do meu casamento, resolvo aproveitar a felicidade que estou sentindo ali, parece até que encontrei minha outra metade. Mas será que um dia realmente irei de viver isso que estou sonhando? Nunca quis, mas nesses dois sonhos que tive eu estou tão feliz, nunca fiquei tão feliz, assim em toda a minha vida, mas eu acho que não devo criar nenhuma esperança, até porque com o meu estilo de vida ninguém nunca iria querer se casar comigo, a não ser que seja minhas submissas, todas elas até hoje sempre quiseram ter algo a mais comigo, mas eu mesmo nunca quis, primeiro porque meu único interesse era sexual, segundo porque eu sabia que elas só queriam algo a mais pelo meu dinheiro e o sexo.
E comigo sendo feliz nesse sonho, meu subconsciente resolve repensar sobre minha vida e decide conversar com a Finn sobre isso, meu psiquiatra deve com certeza ter algo a dizer sobre isso.

A submissaOnde histórias criam vida. Descubra agora