Eu & Você - Noany

Capítulo 13

Oi povo... foi mal novamente pelo sumiço, tive uma semana de testes na escola e tive que estudar, então para compensar vou soltar três capítulos hoje, já já eu solto o próximo.🥰

Noah Urrea

Fico no hospital por alguns dias até Any resolver atender minhas súplicas e me dar alta. Chega a ser engraçado ver o modo como ela está cuidando de mim. Parece que sou feito de vidro.

Infelizmente ainda não posso andar por um tempinho, então fiquei totalmente dependente. Preciso de ajuda pra tudo e isso, está começando a me deixar nervoso, me sinto um inválido.

Chegamos em casa e os seguranças me ajudam a subir pro meu quarto. Deito na cama e estico as pernas. O efeito dos remédios estão começando a passar e por isso a dor está voltando, junto com calafrios. Estou suando frio.

— GABRIELLY! - grito para que ela me escute, já que não sei onde ela está.

Alguns segundos depois ela aparece só de roupão e entra correndo no meu quarto. Olho pra ela de cima a baixo e levanto uma sobrancelha em questionamento. Ela cora instantaneamente.

— O que houve? Porque você gritou? - pergunta ofegante.

— Porque você esta vestida assim e ofegante?

— Porque eu estava prestes a tomar banho, você gritou e vim correndo. Achei que tinha acontecido algo. - ela explica.

— E aconteceu. Estou começando a sentir dor de novo. - resolvo omitir a parte dos calafrios.

— Eu disse que ainda não era hora de vir pra casa Noah, você está levando sua recuperação na brincadeira!

— Só me dê os remédios e vá tomar seu banho. Eu estou bem.

Não, eu não estou bem, mas não vou dar o braço a torcer.

Any me olha de cara feia e pega os remédios. Ela me entrega os comprimidos junto com um copo d'água e depois da uma olhada nas minhas pernas.

— Parece que está tudo certo aqui. Eu vou tomar um banho e depois volto pra ver se a dor passou.

— Tudo bem. Obrigada.

Ela assente e sai do quarto. Aproveito para me enfiar de baixo das cobertas. A medida que o tempo vai passando, começo a tremer e sentir cada vez mais frio. Ligo o aquecedor, mas não resolve.

Tem algo errado comigo...

— Ga... Ga... Gabrielly... - tento chamar mais minha voz sai baixinha.

Meu Deus... que banho é esse que demora uma hora?

— Ga... Gabrielly... - ninguém me escuta.

Minha visão fica turva e começo a perder meus sentidos. No meio do meu devaneio, começo a escutar uma pessoa conversando comigo. Mas não consigo abrir os olhos.

Sei que é uma mulher, ela conversa sempre comigo, mas eu nunca consigo responder, meus olhos estão pesados. Minha cabeça dói sempre que tento acordar.

Agora ela não está mais conversando, ela está cantando, sua voz é linda....

É que a gente quer crescer
E quando cresce, quer voltar do início
Porque um joelho ralado
Dói bem menos que um coração partido...

É um anjo cantando... porque eu não consigo acordar? O que tem de errado comigo? Eu preciso ver seu rosto! Mas a inconsciência começa a me puxar de novo.

Mais uma vez eu escuto sua voz, mas estou preso dentro de um corpo que não responde. Ela segura minha mão, eu quero segurar a dela também, mas não consigo. Sempre que ela me toca, eu sinto uma corrente elétrica passar por todo meu corpo. Essa mulher sem rosto me faz tão bem.

Abro os olhos...

— NOAH! Ah meu Deus... - alguém está me chacoalhando.

— Não... o... o... an...jo. - a voz do meu anjo começa a ficar longe outra vez.

Não vá embora!

— Noah por favor fala comigo!

Eu abro os olhos, mas minha visão está desfocada. Não sei quem está me chamando.

— DITA CHAMA UMA AMBULÂNCIA AGORA! - ela grita.

Espera! É a voz do meu anjo...

— Noah você está queimando de febre, por favor fica comigo... você não pode dormir!

— An...jo... é... vo...cê?

— Noah fica comigo, você esta variando por causa da febre. Sou eu, a Any!

— Você... é... meu an...jo...

— Não Noah, sou só a Any.

— Dói... bem me...nos que... um cora...ção parti...do...

Any fica muda, eu quero que meu anjo fale de novo. Tento levantar mas o esforço cobra seu preço e perco o resto das forças que eu tinha.

— NOAH! - é a última coisa que escuto meu anjo dizer.