Capítulo 1: "A morte pode ser a melhor alternativa"

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Miyako

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( Pode conter gatilhos de tortura e suicídio

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( Pode conter gatilhos de tortura e suicídio.)
(Não tire de contexto as frases do livro,  se elas tiverem duplo sentido proposital, vocês irão saber. Mesmo se você chegar a pensar nisso, não escreva nos comentários. O famoso "Não sexualize o que não é pra sexualizar!", isso tira o peso da história.)

Como um raio, o oni correu, mas ele sabia, eu sabia, nós sabíamos.... Eu era mais rápida do que ele.

Com uma expressão de puro tédio, estendi o meu braço enquanto olhava para o lado, me perguntando por que aquele ser inútil havia sido criado.

Ele começa a rir descontroladamente:
ㅡ Você acha que vai me parar com isso?ㅡ zombou.

Meus lábios se comprimiram em uma linha fina.
Aqueles que se superestimam e duvidam dos oponentes são os mais fracos.

Ele passou por mim em alta velocidade e continuou nesse truque barato, esperando que eu fizesse algo.

Eu apenas continuei parada encarando a situação entediante. Esses são muito chatos!

ㅡ Não vai fazer nada, espadachim?ㅡ ele tenta arrancar um braço meu com a velocidade, mas eu desvio sem dificuldades e o faço tropeçar.

Ele me olha abismado enquanto se vira sentando no chão. O chão sujo de sangue de pessoas inocentes que ele acabou de matar. Elas imploraram e clamaram por suas vidas e de seus familiares, mas ele não teve dó, ele se deleitou ao ouvir seus pedidos por misericórdia e sorriu ao destroçar todos eles lentamente, na frente de quem mais amavam, para que a dor fosse maior. As vezes eu me impressiono com o quão cruel podem ser os onins. Mas estava tudo bem, eu o faria sentir tudo que aquela família sentiu, eu os vingarei e farei este demônio ter os mesmos olhos que aquelas crianças tiveram ao morrer, olhos que transmitiam dor, medo e terror.

ㅡ Cansei de brincar com você.ㅡ eu disse. ㅡ Me ataque com tudo que tem, fracote. ㅡ

Eu sabia, o ego dos demônios é algo frágil, eles se acham superiores e nada pode interferir nesse sentimento idiota e destrutivo deles. O oni se levantou num pulo, e com os olhos possessos de raiva, me atacou.... ou tentou.

Quando suas garras nojentas chegariam ao meu rosto, eu nem precisei puxar minha katana para cortá-lo, apenas minha mão se moveu ao passo que as minhas unhas passassem pelo seu braço, o cortando.

O membro dele caiu de um lado e ele guinchou de dor, como um maldito porco que ele é.

Não dei tempo para a sua regeneração lenta fizesse efeito, com uma linha, eu o amarrei com facilidade e o prendi no chão, de joelhos, que é aonde ele deve ficar.

Cada vez que ele se mexia, as linhas apertavam ao seu redor, fazendo o sangue esguichar para os lados. Ótimo, agora não era só o sangue da família massacrada que manchava o chão, agora o dele também estava lá, isso me fazia feliz.

Os demônios não podem ser mortos assim, apenas com a cabeça arrancada é que eles morriam e essa regra não se aplicava à todos. Mas eu usava disso como uma vantagem. Eles não podiam morrer ao serem mortos feridos em outras partes do corpo, mas eles sentiam dor.
Eu queria que eles sentissem dor.
A dor de ter um membro arrancado, a dor de sangrar até perder as forças, a dor de ser partido no meio, mesmo sem morrer. Isso era bom! Isso quer dizer que seu sofrimento nunca acabaria até que me implorassem para que os matasse.

Às vezes, a morte pode ser a melhor alternativa.

Ele se desespera e se debate e seu sangue nojento banha as minhas linhas em vermelho. Merda, terei que limpar depois, por que eles não podem ser menos agitados ?

ㅡ Me solte! Se me soltar talvez eu possa te dar uma morte rápida.ㅡ Ele tenta se impor. Ridículo.

ㅡ Você ainda pode se surpreender.ㅡ eu sussurro enquanto me sento a sua frente.

Ele demonstra medo e logo dor, começa a transpirar com a respiração pesada. O primeiro estágio do veneno começou então , pensei.

Minhas linhas são embebidas de veneno, mas ele não é letal. O veneno apenas causa uma dor insuportável na vítima, ela sente como se a pele fosse queimada enquanto mil agulhas o perfuram nos ferimentos. Apesar de eu usar isso em meus inimigos, a arma é até perigosa pra mim, eu não costumo chegar perto quando faz efeito.

Eu piso com mais força na linha fazendo ela se fundir mais a pele dele, causando mais dor.

O demônio grita em agonia, ele engasga com o próprio sangue, é repugnante de se ver:
ㅡ Por- por favor! P-pare com isso.ㅡ ele implorou já chorando.

Eu dei um sorriso sombrio, era isso que eu queria:
ㅡ Não soa familiar? ㅡ

ㅡ O que ?ㅡ ele engoliu o seco, confuso.

ㅡ Aposto que já ouviu essa frase várias vezes, não é?ㅡ me ajoelhei em sua frente com um sorriso de canto. ㅡ Quantas pessoas já não imploraram por suas vidas enquanto sofriam uma dor igual ou pior que a sua ?ㅡ

ㅡ Eu- Eu...ㅡ

Não o deixei terminar e cuspi em seu rosto:
ㅡ Eu vou te colocar no lugar delas, seu merda repugnante.ㅡ Puxei uma cadeira e me sentei cruzando as pernas. ㅡ Parece que teremos uma longa noite nos esperando.ㅡ

O oni começa a se remexer, tentando acabar com o sofrimento ao fazer as linhas se apertarem mais no seu pescoço.

Ri da sua tentativa ridícula de suicídio:
ㅡ Não vai conseguir.ㅡ eu disse sorrindo e puxei minha gargantilha de pano para baixo.ㅡ Demônios não podem se matar, eu já tentei.ㅡ

Seu olhar incrédulo me alcança:
ㅡ Você é... u-um demônio?ㅡ ele junta forças pra perguntar.

ㅡ Sim!ㅡ sorrio finalmente tirando o véu de rendas do meu rosto, ao passo que pego meu punhal da lua e arranco sua cabeça.

A cabeça rola por entre o chão e o corpo cai para o lado afrouxando o aperto das linhas.

Enquanto seus membros se desfazem, seu olhar incrédulo continua e sua boca se abre em uma última palavra antes de se despedaçar de vez:
ㅡ Miyako...? ㅡ

Eu olho para onde seu corpo e seu sangue se desfizeram e me ajoelho no lugar recolhendo a linha. Eu toco o chão:
ㅡ Você acertou. Agora deixe esse mundo e pague pelos seus pecados.ㅡ

♤ 𝕮𝖔𝖗𝖆çã𝖔 𝕽𝖊𝖇𝖊𝖑𝖉𝖊 ♤  ᴰᵉᵐᵒⁿ ˢˡᵃʸᵉʳOnde histórias criam vida. Descubra agora