Capítulo 4 - Visita a Hogsmead

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E então a professora entrou no enorme castelo, deixando a garota sozinha, com os pés afundados na neve.

- Me desculpe te fazer esperar – Malfoy falou com um sorriso no rosto.

- Já estava quase desistindo – a ruiva falou mal-humorada.

- Prometo lhe compensar – ele estendeu a mão para a garota, que a segurou com força, e então eles começaram a caminhar, com dificuldade por causa da neve.

- Tive uma conversa com Mcgonagall.

- O que aquela gata ranzinza queria? – ele revirou os olhos.

- O mesmo que todos – pausa – Me alertar.

- Oh – o garoto riu – eles acham que sou uma ameaça para você.

- Bom você meio que nunca gostou de mim – ela riu.

- Não vou negar que sua família – ele ia dizer algo rude, mas mudou – não é muito meu estilo.

- E seu pai me deu o diário de Tom – ela falou olhando para os pés – Você sabia que ele faria aquilo?

- Ruivinha – ele suspirou – Meu pai fez coisas horríveis, muitas nas quais eu nem imagino – ele deu de ombros – Sinto muito por aquilo.

- Tudo bem – ela sorriu e saiu correndo, puxando o garoto, queria chegar logo da dedosdemel.

Não, Draco Malfoy não havia mudado sua personalidade da noite para o dia, ele continuava arrogante, implicante e na maioria das vezes, insuportável. Era possível trombar com ele em um corredor, atormentando alunos mais novos. E, constantemente continuava a bater de frente com Potter, e seus aliados. Ele continuava o mesmo garoto esnobe, arrogante, ambicioso e com um olhar sombrio. A diferença é que quando estava perto da garota de cabelos cor de fogo, se esforçava para ser um pouco menos cruel. Quando estava ao lado dela, ele conseguia esquecer as coisas horríveis na qual estava realizando.

Ao chegar à loja de doces que estava cheia de alunos alvoroçados para estocar chocolates, Gina percebeu que todos a olhavam, afinal, ela estava ao lado de Draco Malfoy.

- Se eles não pararam de olhar com essa cara nojenta – o loiro falou ameaçando pegar sua varinha.

- Você não vai fazer nada.

- Não prometo – ele grunhiu, olhou feio para alguns dos alunos, e voltou sua atenção as fileiras de doces.

Gina Weasley pegou uma caixinha de sapo de chocolate, e estava indo em direção ao caixa, quando o garoto a puxou.

- Só isso?

- é o que posso pagar – ela deu de ombros.

O garoto riu, pegou uma cestinha de compras, e começou a tacar todos os tipos de doces dentro.

- Draco – ela falou calmamente.

- Considere como um presente – ele falou ao passar os produtos no caixa e pagar – em compensação há todos os anos na qual fui um lixo com você.

- Vai precisar de muito mais do que um estoque de doces Malfoy – ela deu um soco de leve no braço do garoto.

- Me esforçarei.

Agora eles caminhavam em direção ao três vassouras, ao chegar lá, se sentaram em uma mesa bem no fundo, afastada dos olhares curiosos.

- Você vai acabar com minha reputação ruivinha – ele falou tomando um pouco da sua cerveja amanteigada.

- E você com a minha – ela riu.

O garoto constantemente olhava para os lados, como se estivesse com pressa para algum compromisso. Logo um grupo de alunos entraram eufóricos no lugar, todos possuíam um olhar aterrorizante de medo.

- O que será que houve? - Gina falou olhando para o grupo de alunos, uma garota chorava um pouco.

- Talvez levou um fora do namorado.

- É obvio que não é isso Draco – Gina parecia preocupada, ela se esforçou para ouvir o que o grupo dizia.

"Foi a Katie Bell, da Grifinoria" – uma garota de vestes amarelas, que simbolizava que era uma aluna da Lufa-Lufa.

"Ela estava com um pacote nas mãos, e o abriu". Era um colar muito bonito, mas estava amaldiçoado" – outra garota do grupo disse – Ela não se lembra de quem lhe deu o pacote.

"Ela quase morreu" – uma terceira garota conclui. Todos do grupo pegaram uma cerveja amanteigada, e saíram do local.

Draco Malfoy sussurrou algo para si mesmo, e seu rosto se fechou. Ele parecia nervoso.

- Tudo bem Draco? – Gina falou preocupada.

- Sim, sim - ele deu mais um gole em sua cerveja amanteigada – É que esse lugar tá tão cheio de sangues-ruins, que chega a me dar náuseas. – pausa – Uma pena que uma aluna puro sague tenha sido amaldiçoada se fosse a Granger, não faria falta.

A ruiva revirou os olhos, e chutei a perna do garoto por baixo da mesa, em forma de desaprovação.

-Ah Gin – ele riu – Sabe, você é uma garota incrível, e realmente gosto de te ter por perto. Mas, o fato de eu te aturar, não significa que mudei meus princípios.

- Isso é nojento – ela falou olhando para sua bebida – O modo como você vê as coisas, como você se sente superior – ela falava de forma grosseira – Hermione é uma ótima garota! A melhor da turma. Ninguém merece ser amaldiçoado Draco. É horrível.

- Não que eu me sinta superior Gin, eu sou. – ele continuava a olhar para os lados – Você também seria, se seu pai não gostasse tanto de proteger os trouxas.

- Já falei para não falar da minha família – ela parecia realmente brava.

- Desculpe-me – ele tomou mais um gole de sua bebida – Força do habito. Mas, não da pra negar que você se daria muito bem desse lado do jogo.

- Do lado mal? – ela arregalou os olhos – Meu pai protege as pessoas, ele ama os trouxas, e me orgulho disso – ela falou ríspida – Ao contrário do seu, um comensal idiota, que segue Voldemort como um cachorrinho. E que quase me deixou para morrer.

O garoto abriu a boca para rebater, mas percebeu que havia passado dos limites.

- Sinto muito por esse lance. Mas, não ofenda minha família.

- Para de se desculpar Draco, desculpas não mudam nada.

- E então o que posso fazer para te compensar?

- Só – pausa – Seja o bom amigo que vem sendo nos últimos dias, e não me de motivos para me arrepender de te defender de todos ao meu redor – ela deu mais um gole em sua bebida. – E para de agir feito um idiota. Você não é melhor que ninguém. E todos sabemos disso.

- Serei um bom amigo – ele sorriu de lado, ignorando o resto da frase da garota.

Draco por um instante realmente queria ser bom, se sentia bem ao lado da garota, sentia que quando ela estava por perto, ele talvez pudesse ser bom. Mas logo esses pensamentos voam para longe, e o garoto volta a realidade, a realidade a onde ele está bem longe de ser bom. Ser gentil e pagar doces para a garota, realmente não chegariam nem perto de compensa-la do que estava por vir. Ser gentil não o tornaria o orgulho da família. Ser gentil não lhe traria gloria alguma.

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