Draco Malfoy estava arrumando sua mala, iria passar o feriado na toca. Na toca. Na casa dos Weasley. O lugar que durante toda sua vida, o garoto havia humilhado, ofendido e desrespeitado. Para Draco Malfoy, a toca era um lugar asqueroso, sujo e nojento. Nem ao menos poderia chamar aquilo de casa, já que era um prédio grande e todo torto. Parecia que varias casas haviam sido construídas uma em cima da outra. Mas, o que Malfoy mais detestava na toca, eram seus donos. Desde criança, por influencia de seu pai, Draco Malfoy tinha nojo dos ruivos. Acreditavam que eles eram traidores da linhagem de sangues-puros. Já que a grande família além de apoiar e seguir Harry Potter, eram favoráveis a conviverem em harmonia com trouxas e sangues-ruins. Coisa que os Malfoy abominavam mais que tudo.
Quando Draco se aproximará de Gina Weasley, tinha certo receio de tocar na garota, por causa dos princípios idiotas de Lucius. Mas, a garota foi lhe provando o contrário, sem nem ao menos perceber Gina Weasley havia mostrado para o loiro que não havia problemas em se misturar com trouxas e sangues-ruins. Eles eram seres humanos, e tinham seus valores. Gina Weasley havia mostrado que havia um mundo fora da bolha que ele vivia. Havia um mundo todo que ele desconhecia.
- Vai passar o natal com seus pais Draco? – Pansy, uma das amigas mais antigas de Draco falou entrando em seu dormitório.
- Não – ele falou fechando a mala – Vou para casa de Gina.
- Casa? – a garota fez careta – Desde quando aquele barraco imundo pode ser chamado de casa? – ela riu – E desde quando você se atreve a entrar naquele lugar? É sujo.
- É um belo prédio – o garoto falou se sentando ao lado de sua mala, que estava em cima de sua cama.
- Quem é você e o que fez com o Malfoy? – a garota riu.
- É só uma casa Pansy – ele falou frio – E vou ficar só dois dias lá.
- Tempo suficiente para se contaminar – a garota fingiu que ia vomitar – Dois dias com aqueles imundos dos Weasley, Draco, o que irá fazer com você?
- Nada. Para de chama-los de imundos.
- Você mesmo os chamavam assim querido.
- Mas não chamo mais.
- Claro – risos – claro. Sua namoradinha, é claro, ela deve ter enchido sua cabeça falando de como os trouxas são incríveis e admiráveis. O que mais ela inventou? Que eles não fedem?
- Trouxas não são a melhor espécie, mas são uma boa espécie – o garoto deu de ombros - Contanto que não entrem no meu caminho.
- Ah, vamos Draco, pare – risos – Esse papinho de bom moço não combina com você – ela se aproximou do garoto – Diga-me, quais são suas intenções com aquele lugar? Fogo? Seria hilário ver os gêmeos gritando por causa de um foguinho – ela riu.
- Eu não vou fazer nada Pansy. – o garoto não tinha expressão alguma em sua voz.
- Se você não vai para aquele lugar asqueroso para destrui-lo, então porque vai?
- Para passar o natal com Gina – ele fungou.
- Ahá – a garota se aproximou ainda mais – Agora eu entendi. Draco querido, se você acha que vai conseguir dormir com sua namoradinha enquanto todos aqueles imundos estiverem na casa, está enganado. Ela nem deve ter um quarto próprio – a garota riu. – E convenhamos Draco, se aquela ruiva nojenta engravida-se, o que seria de você? Que desonra para sua linhagem perfeita. Seria uma criança realmente peculiar.
- Da pra calar a boca Pansy? – Por mais irritado que estivesse, Draco tinha princípios e valores, e um deles, era nunca atacar fisicamente uma garota.
- Ficou irritadinho é? – a garota riu – Bom, só passei pra dizer que quando aquela nojentinha te dar um pé na bunda, sabe onde me encontrar – a garota piscou um olho, e saiu do quarto, deixando o garoto sozinho com sua mala.
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Gina Weasley estava no salão comunal da Grifinoria, jogava xadrez bruxo contra seu irmão. Harry Potter, Hermione Granger, Neville Longbottom observavam atentamente. Os ruivos eram os melhores naquele jogo. E os outros costumavam fazer apostas para ver quem ganharia mais partidas.
- Draco vai com a gente para o natal – Gina falou movendo uma de suas peças.
Um silencio tomou conta do lugar por alguns segundos, até que Ronald Weasley teve um acesso de raiva e jogou o tabuleiro longe.
- COMO ASSIM VAI PASSAR O NATAL COM A GENTE? – Ele gritou, atraindo a atenção de todos para eles.
- Mamãe e papai concordaram. Querem conhece-lo melhor.
- NÃO TEM O QUE CONHECER, TODOS SABEMOS QUE ELE É UM PANACA.
- É só um fim de semana Ron, da um desconto. – a garota se levantou e caminhou em direção ao tabuleiro que estava caído no chão.
- Gina, levar Draco para sua casa é um ato suicida, ele pode matar a todos sem esforço algum – Agora quem falava era Harry.
- Você é bom em sobreviver Harry – ela falou voltando para a mesa, e organizando o tabuleiro – Todos somos.
- EU NÃO CONCORDO COM ISSO, EU NÃO QUERO AQUELA COISA NA MINHA CASA. – Rony.
- Para de agir feito criança Rony, Draco é só uma pessoa.
- UMA PESSOA CRUEL.
- Ron, para de gritar, estão todos olhando – Hermione falou puxando a camisa do amigo.
- Você ouviu isso Mione? Ela quer levar Draco Malfoy para casa! Draco Malfoy! Aquela doninha idiota. – Rony.
- Já disse que mamãe e papai concordaram. Não tem volta Rony. Se quiser ficar no castelo, fique a vontade – Gina falou começando uma nova partida no jogo que fora interrompido.
- Ron, já prometemos para sua mãe que ia, ela já deve ter organizado tudo. Seria desrespeitoso mudar de ideia assim em cima da hora – Hermione.
- Harry, Harry diga para elas como isso é inaceitável. – Rony.
- Realmente não é nada agradável. Mas Hermione está certa, já prometemos que íamos Ron.
- Então é assim? Vocês vão concordar com essa loucura? Você vai concordar com essa loucura Harry?
- Não concordo Rony. Odeio Malfoy mais do que qualquer um de vocês. Presença dele me enoja. Mas se Gina decidiu consultar seus pais antes de quaisquer outro, não podemos fazer nada. Só ficar de olho nele. E se caso ele tentar algo, chamamos Remus no mesmo instante.
- Draco não vai fazer nada – Gina falou tranquilamente – Espero que vocês também não façam – pausa – Sua vez Ron – ela apontou para o jogo.
- Inacreditável – Rony falou, e voltou sua atenção para o jogo. Não tinha mais o que discutir. Eles iriam passar o feriado com Draco Malfoy.
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There's a light in you
FanfictionDraco Malfoy foi convocado para uma tarefa, uma na qual poderia destruir sua vida. Mas, do que importava? Sua vida já não valia de nada. Não teria nada a perder. Ele estava disposto a ir até o fim, de fazer o que era necessário. Estava disposto a de...