Gina havia acabado de sair de um treino de Quadribol, estava praticamente sem voz, de tanto gritar com os garotos do time que se distraiam o tempo todo. Ela caminhava em direção ao salão principal para tomar café da manhã, estava morrendo de fome.
- Você está bem Gin? – Harry estava ao seu lado – Seu pé parece machucado.
- Devo ter torcido – ela sorriu – Estou bem Harry.
- Nem para me esperarem – agora era Rony, que corria em direção aos dois – Me deixaram sozinho, guardando as bolas – ele parecia irritado.
- É para isso que servem os irmãos mais velhos Ron – Gina riu.
- Espero mesmo ganhar a taça esse ano – Harry disse com os olhos brilhando.
- Sempre ganhamos – a ruiva sorriu.
- Para esfregar a taça na cara do Malfoy, aquele babaca. – Ron.
- Rony, não fala assim, ele é meu amigo – Gina tentou forçar sua voz, que estava bem rouca.
- Draco Malfoy não tem amigos Gina – Harry falou sem expressão na voz – Ele é um idiota, você não notou como ele anda agindo estranho? Ele falta às aulas, se atrasa, e está sempre sumindo, se não fossemos obrigados a ter que ver vocês perambulando pelo castelo ao fim das tardes, mal o veríamos, como se ele não existisse.
- Ele é realmente um babaca, não faria falta se desaparecesse para sempre – Rony falava dando passos mais largos estava realmente com fome.
- Draco só gosta de privacidade – Às vezes Gina errava algum passo, seu pé ainda doía um pouco, como o resto do seu corpo. – Se vocês dessem uma chance a ele, veriam como ele realmente é.
- Você ainda vai ver que estamos certos irmãzinha – Rony bagunçou o cabelo da garota – Vamos Harry, Hermione está nos esperando.
Então os dois saíram correndo, deixando a garota sozinha, ela caminhou lentamente até o salão principal, sentou-se ao lado de seus amigos, e pegou um pedaço de torta de abobora, ela olhou para frente, para a mesa da Sonserina, mas não encontrou o olhar acinzentado do amigo.
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Draco Malfoy estava no banheiro dos monitores, era um dos poucos lugares na qual ele poderia ficar sozinho. Já que ninguém frequentava ali. O banheiro era lar da murta-que-geme, uma garota, ou melhor, um fantasma de uma garota, que havia morrido na primeira vez em que a câmara secreta foi aberta. O garoto estava debruçado sobre uma pia, e havia algumas lágrimas escorrendo de seu rosto.
- Você parece triste – o fantasma apareceu ao seu lado.
- Não enche sangue-ruim
- Só vim oferecer um ombro amigo – a garota começou a chorar.
- Não preciso.
- Pode me contar o que está acontecendo Draco, o que eu posso fazer? Sou um fantasma rejeitado.
O garoto realmente não tinha para onde recorrer, e o fantasma realmente não era uma ameaça.
- Alguém que amo se feriu, por minha causa.
- Malfoy é capaz de amar? Sabe, ouço muitas coisas aqui. E uma delas, é que você é mal.
- Maldade é algo relativo – ele falava olhando para seu reflexo.
O garoto não suportou mais, e deixou mais lágrimas escorrerem pelo seu rosto.
-Bom, se você ama mesmo, então não permita que ela se machuque de novo, e certifique se que ela saiba de seus sentimentos. – e então a murta desapareceu pelos boxers.
Draco permaneceu ali. Toda a dor que havia guardado durante todos os meses, ele libertou. Em lágrimas, e um pequeno grito. A dor que sentia tanto física quanto emocional chegava a ser quase insuportável. Mas, nada que não pudesse piorar. Draco imaginava como o mundo seria melhor sem ele.
- Malfoy – era a voz de Harry, que entrará no banheiro – Estava te procurando.
- O que você quer Potter? – o loiro secou suas lágrimas.
- Gina estava ferida hoje – o moreno falou irritado – Mal conseguia andar, quase caiu da vassoura diversas vezes.
- E?
- E que ela só anda com VOCÊ. Fico imaginando o que você fez e como a machucou.
- Eu não fiz nada Potter.
- Se esconder no banheiro dos monitores não me parece uma atitude de um inocente.
- Potter, eu jamais machucaria a Gin.
- Você pode ter conseguido manipula-la. Mas eu sei quem você é Malfoy. Um garoto mimado e esnobe que não se importa com ninguém além de si mesmo. Filho de comensais, os mais fieis a Voldemort. Você é um imbecil, o maior que já existiu em nossa época Malfoy. Gina é uma garota inteligente, não consigo entender como ela não percebe isso. Como ela não percebe o completo babaca covarde que você é.
- Cala a boca Potter.
- Não ouse encostar em um fio de cabelo dela Draco, ou irá se arrepender amargamente.
- Tudo isso é ciúmes Potter? Ciúmes porque Gin não gosta de você? – o loiro riu – Ciúmes porque ela prefere a mim?
- COVARDE – Harry gritou, e apontou sua varinha para o loiro.
- Não vou machucar Gin – o loiro rangeu os dentes. – Mas, não me importo com você. – Draco apontou a varinha para o moreno e sussurrou "Crucio".
Mais que rapidamente, entre gemidos, Harry gritou algo que havia lido em um livro, não fazia ideia do que o feitiço fazia. Mas foi a única coisa que passou em sua mente.
- SECTUMSEMPRA.
Nesse momento Draco Malfoy caiu no chão, com o corpo ensanguentado. A sensação que tinha era de que havia sido esfaqueado por diversas facas ou espadas. Ele sangrava. Sangrava muito.
Harry ficou parado, apavorado, não sabia o que fazer, olhava a imagem do garoto caído no chão, gemendo de dor, e inundando o banheiro de sangue.
- O que está acontecendo? – Severo Snap, o professor de poção apareceu. Viu o loiro caído no chão e correu até ele, e sussurrou um contra feitiço.
- Você está muito encrencado Potter – o professor falou, pegou o corpo desmaiado do garoto e o levou em direção à enfermaria.
Harry ficou ali parado, suas mãos tremiam. Ele quase havia matado o garoto.
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There's a light in you
FanfictionDraco Malfoy foi convocado para uma tarefa, uma na qual poderia destruir sua vida. Mas, do que importava? Sua vida já não valia de nada. Não teria nada a perder. Ele estava disposto a ir até o fim, de fazer o que era necessário. Estava disposto a de...