Capítulo 23 - A fuga

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Assim que Harry contou aos amigos o que havia acontecido, Gina Weasley correu até o salão comunal da Sonserina, conseguiu entrar junto com a multidão que entrava, e com o tumulto, ninguém notou a presença da ruiva. Ela subiu até o dormitório masculino, e encontrou o que Draco estava.

Draco Malfoy arrumava suas malas, seu olhar estava cansado e frio. Mais frio que o normal. Ele estava pálido como a neve.

- Draco.

- Gin – ele falou surpreso – O que está fazendo aqui?

- Harry – pausa – Ele estava embaixo da torre, com a capa de invisibilidade.

- Oh – ele engoliu em seco – Potter te contou o que viu?

- Você não o matou – Gina falou cautelosa – Você teve a chance, mas não o matou.

- Não – ele carregava um tom frio em sua voz – Um completo covarde, eu sei.

- Não Draco – ela se aproximou do garoto – Acho que foi muito corajoso.

- Corajoso? – ele riu – Gina, eu os deixei entrarem. Eu fiz essa merda toda. E nem ao menos para fazer direito.

- Talvez você não seja de todo mal.

- Não começa Weasley. – ele terminou de fechar sua mala – Não tenho tempo para o seu papinho motivacional.

- Eu só to dizendo, que você pode ser bom, se quiser.

- Não quero – ele puxou sua mala e caminhou em direção à porta.

- Você vai simplesmente fugir?

- Gina querida, escute – ele falou olhando atentamente para a garota – Eu abri uma passagem para os comensais da morte entrarem no castelo. – pausa – Eu presenciei o assassinato de Dumbledore, que até então eu estava planejando – pausa – Isso significa que todos seus amigos idiotas da ordem irão atrás de mim. – pausa – Como você bem sabe, minha covardia me impediu de realizar minha missão, sendo assim, Voldemort não deve ter ficado muito feliz. Então, eles também virão atrás de mim.

- Tem que ter uma saída Draco.

- Não tem Gin. Eu sou o vilão aqui. Eu preciso ir.

- Você pode se entregar – a garota se aproximou dele novamente – Eu sei que a ordem vai entender. Você pode dizer nomes, podemos te proteger Draco.

- Gin, não vou entregar ninguém – ele bufou – Não sou o herói da historia, e nem pretendo ser. Eu só quero viver a porra de uma vida comum.

- Porque fez tudo isso? – ela não conseguia olhar para o garoto.

- Você sabe a resposta Gin – ele fungou – Faz parte de quem sou, um babaca nojento e idiota. Coisas ruins é o que eu faço, é o que eu sempre fiz.

- Fica, por favor – ela suplicou – Podemos dar um jeito. Podemos realizar nosso pedido da estrela cadente.

- Não – ele falou decidido e friamente – Estrelas cadentes não passam de uma lenda idiota.

- Você está cometendo um grande erro Draco. – ela falou segurando as lágrimas.

- Eu sempre cometo – ele fungou – Quer saber de uma coisa Gin? Minha vida já tá uma merda.

- Não entendi.

Então o garoto se aproximou da ruiva, e a pressionou contra a parede, Gina deu um gritinho, havia se assustado com a ação do garoto.

- Não vou mais viver de arrependimentos – ele sussurrou, seu rosto estava muito perto do da garota – Pelo menos não daqueles que poderiam ter sido evitados – então o garoto a beijou. Diferente das outras vezes, não foi um beijo calmo. Draco a beijava com intensidade, percorria suas mãos sobre o corpo da garota, que não resistiu ou o empurrou, apenas retribuiu, a ruiva arranhou o pescoço do garoto, e suas costas, puxou seu cabelo com força, ela deu baixinhos gemidos de acordo com as mãos do garoto. Ele desceu sua boca para o pescoço da ruiva, e ali depositou inúmeros beijos e chupões. As pernas da garota ficaram bambas, e ela lutava para permanecer em pé.

- Dr-Draco – ela falou entre gemidos.

O garoto subiu sua boca novamente para os lábios da garota, e a beijou novamente, mordeu os lábios da garota, e enfim, se afastou.

- Se cuida ruivinha – ele pegou sua mala, e desaparatou, deixando a garota ali, sozinha. Com o pescoço roxo, as pernas bambas, com um pouco de sangue em seu lábio mordido. O coração acelerado. E a mente a mil. Draco Malfoy havia fugido. E deixando-a ali. Sozinha. Implorando por ele.

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