Gina Weasley havia pulado nas costas de Draco, que agora corria pelo jardim com a garota agarrando seu pescoço. Havia um pouco de neve no chão, o que dificultava os grandes passos do garoto.
- Me põe no chão.
- Ninguém mandou pular – ele segurava as pernas da garota, para que ela não caísse.
- Não gosto disso – a garota riu, e o garoto passou a correr mais rápido.
- Vamos cair Draco – ela falou apertando o pescoço do garoto com força.
- Ta com medinho é Weasley? – agora ele corria em círculos, e fazia ziguezagues.
- DRACO – ela gritou.
O garoto estava tão distraído em irritar a amiga, que não percebeu que havia uma pedra em seu caminho, fazendo-o tropeçar, e os dois caírem na neve.
- Eu disse – ela falou rindo, olhando para o garoto que havia caído ao seu lado. – Eu disse.
- Foi divertido, confessa – ele ria.
- Não nego – a garota riu, raspou um pouco de neve e jogou na cara do garoto.
- Como ousa – ele riu e fez o mesmo.
A ruiva tentou se levantar para fugir dos ataques de neve, mas Draco a puxou pelas pernas, fazendo com que ela caísse em cima dele.
Gina encarou os olhos acinzentados do garoto. Tinha algo de espetacular naquele olhar. Ao mesmo tempo em que brilhava e reluzia, parecia sem vida, sem cor. Eles ficaram ali, jogados no chão por alguns minutos, apenas observando cada detalhe no rosto do outro.
- Porque você sempre tem que me derrubar ruivinha? – ele falou quebrando o silencio.
- Porque – ela pegou rapidamente um pouco de neve, jogou no cabelo do garoto e se levantou – não sei – ela riu – Você tem cheiro de baunilha.
- Vai se arrepender por ter molhado meu cabelo Weasley. – ele riu, e saiu correndo atrás da garota.
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Já era comum ver Gina Weasley conversando com Draco Malfoy pelos corredores, ele costumava ir busca-la ao final da última aula, para passearem pelo jardim, ou quando a nevasca ficava forte, simplesmente ficavam andando pelos corredores do colégio, observando os quadros se mexendo. Os olhares e os múrmuros sobre eles já haviam desaparecido, os únicos que permaneciam no assunto era o trio de ouro, formado por Harry Potter, Hermione Granger, e Rony Weasley, que insistiam em ficar falando para a garota se afastar, não era segredo nenhum que o trio, e Malfoy eram inimigos declarados.
Era sexta-feira, Gina saiu da aula de feitiços na esperança de ver o amigo a esperando, mas ele não estava na porta como de costume, então ela foi até o salão comunal da Grifinoria, Rony e Harry jogavam xadrez bruxo, Hermione observava atentamente ao lado.
- Sou a próxima – ela falou se aproximando e se sentando ao lado da garota.
-Não vai ver o Malfoy hoje? – Hermione falou baixinho.
-Ah, hoje não – a ruiva sorriu.
E então ela ficou ali com eles, jogando até tarde da noite, até que se cansou se despediu dos amigos e foi até seu dormitório, ao se deitar na cama, ficou imaginando a onde Draco estaria. Certamente importunando algum aluno do primeiro ano, ou puxando o saco de Snap, o diretor de sua casa, ou apenas dormindo, era evidente que o garoto não andava dormindo muito fazia tempo.
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Draco Malfoy estava em uma rua escura e gelada, havia saído escondido do castelo por uma das passagens secretas, ele tremia um pouco de frio. A expressão no seu rosto era fria e sem vida.
- Draco, querido – uma voz extremamente gelada e mórbida o chamou, ele olhou para trás e o viu. Estava encapuzado, escondendo o rosto, mas não havia dúvidas. Era aquele-que-não-deve-ser-nomeado.
Há alguns meses, por pressão de sua família, e pelo desejo de conquistar poder, Draco acabou se aliando ao Lorde das trevas. Achava que assim, seus pais teriam orgulho dele, e que teria poder suficiente para fazer o que quiser, para ter a atenção daqueles ao seu redor, e consequentemente, dar uma boa lição em Potter. Mas com o tempo, ele percebeu que havia feito uma péssima escolha. Seu desejo pelo poder era grande. Mas, seu desejo pela vida, e agora, pelo amor, era maior.
- Tom – ele falou ríspido.
- Como ousa – a figura encapuzada se aproximou, seu rosto era horrível, branco e sem vida, com olhos pretos, e furos a onde deveria ser o nariz – Como ousa insultar seu mestre dessa forma. – Voldemort, o lorde das trevas, pegou sua varinha, apontou para o garoto e sussurrou algo que o fez voar longe e bater contra um poste. – Nunca mais diga esse nome. – ele se aproximou do loiro caído no chão, que resmungava de dor – O que te deixou tão rebelde Draco? – o homem tirou o cabelo do rosto do garoto, deixando a vista um corte ensanguentado.
Draco permaneceu em silencio.
- Não costumo aparecer para meus servos Draco – ele se afastou e se virou de costas – Mas, você tem uma missão muito mais importante do que o outros. Como estão indo as coisas?
- Está tudo ok.
Voldemort virou-se novamente para o garoto.
- Não gosto de mentiras Malfoy – ele riu – Não seja covarde como seu pai.
- Não sou.
- Creio que não – a figura riu novamente – Sabe, há boatos de que você anda perambulando por ai com a Weasley caçula, aqueles sangues traidores nojentos – ele apontou a varinha novamente para o garoto – Não gosto de meus servos envolvidos com essa gente nojenta.
- Não fale assim dela – o garoto falou se levantando.
- Vai dizer que está apegado a aquela nojentinha? Ela nem ao menos usa roupas decentes.
- Não vim aqui para falar de Gina.
- Oh, não – mais uma risada – Você veio aqui para que eu me certifique de que você irá até o fim – ele continuava com a varinha apontada para o loiro – Espero que me dê orgulho Draco, e que vá até o final de sua missão. Dumbledore precisa estar morto antes do final do ano letivo.
- Estará. E quando estiver, estarei livre.
- Oh, sim – outra risada – Livre – ele riu – Draco, querido. A brincadeira só começa com ele morto. Ai sim iremos nos divertir.
- Não farei mais nada para você.
- Oh, vai – ele continuava com a varinha apontada – Você pertence a mim Draco, tal como seus pais. Mas, cansei de conversa. Não suje o nome da sua família ficando com aquela garota. – pausa – CRUCIO.
E Draco sentiu uma dor como nunca sentirá antes, ele caiu no chão se contorcendo de dor, era inevitável gritar.
- ME MATA DE UMA VEZ – Draco gritou – ME MATA, E ESTARA FAZENDO UM FAVOR A MIM, E A TODOS.
- Ainda não chegou a hora, seja um bom servo Draco. E guardarei um lugar ao meu lado, juntos, dominaremos o mundo – e então o bruxo desaparatou, deixando o menino ali, caído, gritando de dor.
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There's a light in you
FanfictionDraco Malfoy foi convocado para uma tarefa, uma na qual poderia destruir sua vida. Mas, do que importava? Sua vida já não valia de nada. Não teria nada a perder. Ele estava disposto a ir até o fim, de fazer o que era necessário. Estava disposto a de...