11 - Natal

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Eu era a única que ainda restava naquela mansão, as outras meninas haviam saído durante os intervalos entre a  madrugada e aquela manhã

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Eu era a única que ainda restava naquela mansão, as outras meninas haviam saído durante os intervalos entre a madrugada e aquela manhã. Ainda não tinha ido porque no inicio da semana o Victor, vulgo Coringa, havia me mandado mensagem oferecendo carona, já que o mesmo pegaria a estrada sozinho, visto que a Babi já se encontrava em BH e a Tainá iria passar o Natal com os pais. Então como não sou besta, prontamente aceitei.
Iriamos de carro, e já estava com tudo pronto apenas esperando ele dar o ar da graça.

Fizemos uma viagem tranquila, porém bem cansativa. Me esforcei ao máximo pra não dormir e pra não deixar o Coringa sozinho, sempre que o sono apertava eu aumentava bastante o som pra que eu não acabasse cochilando.

Guiei o Victor até que ele parasse com o carro em frente a casa da minha mãe. Afinal, apenas um mês depois de me mudar pra São Paulo eu acabara decidindo devolver o apartamento que eu tinha aqui em BH, pois o mesmo não tinha nenhuma utilidade além de ser apenas depósito para minhas tralhas, então acabei pedindo pros meus pais pegarem minhas coisas que sobraram, eles acabaram por doar a maioria e só levaram pra casa o que era estritamente indispensável. Assim que desci do veiculo, fui recebida por um abraço bem forte da minha matriarca, que exagerada que só ela faltou me partir ao meio com tanta força.

Coringa adiantou o processo, tirando a única mala que eu havia trago - afinal passaria apenas o Natal com minha família, já que havíamos combinado junto com alguns outros players de Frifas de passar a virada em Buzios onde a Mari disse que sua família tinha uma casa sobrando - burguesa que fala, né galere.

- Bem gatinho seu colega filha. Tem certeza de que é só isso que vocês são mesmo? - minha mãe perguntou após Coringa sair cantando pneus com o carro

- Mulher, pelo amor de Deus! Estou em São Paulo a trabalho, não tenho tempo pra ficar atrás de macho - a repreendi, revirando os olhos e puxando minha mala

- Mas não tem tempo nem de dar uns beijinhos? Não venha com essa que a mim você não engana - bufo, lembrando que era exatamente essa a minha situação, já não beijava fazia um bom tempo, nem mesmo sabia se ainda saberia como fazer quando o fizesse. Outras coisa nem se fala, já deveria até está criando teia lá embaixo - Olha aquele menino é um bom partido, vocês me dariam netinhos tão lindos

- Parou dona Carmem! Que conversa mais doida, até filhos já meteu na minha barriga. Eu e o Coringa não vai rolar, ele namora e nem mesmo faz meu tipo - falei já irritada com aquela conversa. Mal cheguei e já lembrei porque eu preferia morar sozinha

- Meu Deus, mas que nome é esse? Coringa? A mãe dele foi bem infeliz ao escolher esse nome. Pobre desse garoto que tem que conviver com esse karma, deve ter sofrido muito com bulling nos tempos de escola - minhamatriarca disparou, ela fizia jus ao adjetivo de "lingua de chicote". Não me aguentei e comecei a gargalhar, vendo sua feição ser tomada por confusão - O que foi doida?

- Esse não é o nome real dele mãe. Porra, a senhora é uma figura! Coringa é só apelido por causa do nick do jogo, o nome real dele é Victor

- Ah, vocês jovens! Não sei porque tendo um nome tão bonito desses, inventam um apelido desses.

VERMELHO - NOBRUOnde histórias criam vida. Descubra agora